Nos Trilhos da Estação Perdida: A Memória Ferroviária do Jamor

O edifício da estação foi idealizado pelo arquiteto Miguel Jacobetty, que assinou a maior parte dos projetos dos edifícios da primeira fase de construção do Estádio Nacional, bem como de vários projetos não realizados.

… de bicicleta (havia um recinto para acomodar 1000), ou por transporte ferroviário pela estação da Cruz Quebrada. O ramal, bem como a estação do Estádio, ainda não estavam concluídos. Estima-se que 20.000 pessoas se serviram do comboio.

Em setembro de 1946, ainda não estava concluído o edifício de passageiros…

… mas o ramal já facilitava o acesso ao Estádio em dias de espetáculos.

O túnel de acesso, por onde o comboio passava, por baixo da estrada da marginal.

Desde o final da década de 1940 realizou-se este serviço público, diminuindo progressivamente a sua atividade nos finais dos anos de 1970, até ficar completamente inoperacional.

Durante o Campeonato do Mundo de Corta-Mato de 24 de março de 1985, em que Carlos Lopes se sagrou tricampeão, o ramal foi sabotado com pedras e aterros. Esse ato de "puro vandalismo" cancelou a maioria dos comboios especiais para o Vale do Jamor.  

Em abril de 1985 é preciso reconverter a utilização da zona do ramal para execução do novo ordenamento do Plano Geral do Complexo Desportivo do Jamor. Todas as suas instalações fixas são definitivamente desafetadas do serviço público e afeto à Comissão Diretora do Estádio.

O edifício da estação, incluindo a sua emblemática torre, só será demolido na segunda metade da década de 1990.

A antiga estação dá lugar ao Complexo de Piscinas, inaugurado em 22 de julho de 1998. Foi o primeiro equipamento coberto em Portugal suscetível de acolher provas nacionais e internacionais de qualquer disciplina da Natação.