EM MEIO A UMA CHÁCARA CELEBRA-SE A HISTÓRIA NO MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO
Em meio ao burburinho do trânsito da movimentada Avenida Tiradentes, artéria que rasga o coração da cidade rumo à zona norte, eis que aos olhares mais atentos pespontam o torreão e o frontão do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Quando nos aproximamos de sua fachada nos perguntamos o que será que se vê ali. Será apenas uma igreja? Ao adentrarmos no edifício nos deparamos com parte da história de uma temporalidade, que pouco conhecemos ou da qual nos restaram poucas evidências materiais na paisagem da cidade que se agigantou e engoliu a chácara conventual em que estamos instalados. É assim que boa parte de nossos visitantes se sentem ao adentrar o espaço do Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição que em 29 de junho de 2020 celebra seus cinquenta anos de criação. Nessa exposição os convidamos a refletir sobre os objetos aqui expostos que para alguns são uma forma de arte, para outros uma experiência de transcendência. Mas o que é a arte senão aquilo que nos permite imaginar um mundo melhor?
Vista aérea da Chácara da Luz (Construído no Século XVIII), de Alexandre MachadoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
O MAS está instalado no último exemplar de chácara conventual da cidade. Neste complexo além do museu, situado na ala esquerda térrea do edifício, ainda se encontra a Igreja de Frei Galvão.
Aqui também residem as monjas concepcionistas que vivem no regime de clausura.
O recolhimento fazia parte de um projeto político pedagógico para a organização do papel social da mulher.
Convento da Luz em 1862
Os primeiros registros fotográficos do local hoje ocupado pelo Museu de Arte Sacra foram feitos por Militão Augusto de Azevedo, um fotógrafo carioca. Na foto destacam-se duas jovens em frente ao prédio do mosteiro, antes da sua ampliação ao norte.
Recolhimento da Luz - Início do século XX
Benedito Calixto pintou essa tela a partir da fotografia feita no século anterior por Militão Augusto de Azevedo. É interessante notar que o pintor alonga a torre da igreja do Mosteiro a fim de monumentalizar o edifício.
Toque para explorar
O fluxo intenso de automóveis na Avenida Tiradentes contrasta com a edificação do Museu de Arte Sacra de São Paulo, remanescente de um período que antecede a própria criação da avenida em 1916. O traçado da avenida segue o mesmo da antiga estrada do Guarepe, caminho feito em terra batida.
Altar da Nossa Senhora da Luz - Século XVIII Altar da Nossa Senhora da Luz - Século XVIII (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Altar | Nossa Senhora da Luz
A área da várzea ao redor dessa pequena ermida tornou-se um ponto de parada para os tropeiros que seguiam em direção às feiras de muares em Sorocaba e para as regiões das minas. Com isso o local se popularizou como campos da Luz, região que viria a abrigar o bairro de mesmo nome, muito antes da chegada da estação de trem e da luz elétrica. A relevância que essa imagem tinha para o local pode ser notada por meio do altar construído para exibi-la no Mosteiro da Luz, já integrado à edificação. Esse espaço era chamado de sala capitular, onde as recolhidas se reuniam para ler e ouvir os capítulos e outros ensinamentos religiosos.
Nossa Senhora da Luz (Final do Século XVI), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Antes mesmo da construção do edifício do Mosteiro essa obra já se encontrava na região dos campos do Guaré, nome dado a um pequeno riacho entre os rios Tamanduateí e Tietê.
A imagem encontrava-se em uma ermida construída por um português que aqui vivia.
Aos pés da imagem vemos a inscrição N.S da Lvs.
Cristo Crucificado (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Essa escultura de grandes dimensões pertencia ao Recolhimento de Santa Teresa, primeiro recolhimento feminino de São Paulo.
Repare na pedraria aplicada nos ferimentos do seu corpo com o intuito de aumentar a dramaticidade da obra.
A desproporção entre o tamanho da cabeça e corpo tinha o intuito de evidenciar o rosto para aqueles que viam a imagem de longe.
Recolhimento de Santa Teresa (Século XX), de Benedito CalixtoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Recolhimento de Santa Tereza, pintura de Benedito Calixto. O edifício foi demolido no início do século XX.
Mapa da capital da província de São Paulo (1877), de Jules MartinMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Mapa da província de São Paulo em 1877
Nesse mapa feito pelo arquiteto e pintor Jules Martin é possível identificar três edificações que foram demolidas em função das transformações urbanas ocorridas nas primeiras décadas do século XX: o recolhimento de Santa Teresa, a antiga Sé de São Paulo e a Igreja de São Pedro dos Clérigos com seu torreão duplo.
Ao centro da tela as construções demolidas: o recolhimento de Santa Teresa, a antiga Sé de São Paulo e a Igreja de São Pedro dos Clérigos com seu torreão duplo.
MOLDAR A TERRA
A localização geográfica da vila de São Paulo entre inúmeros rios foi um elemento definidor da produção aqui exposta. O barro tornou-se o elemento norteador da materialidade construída, do morar ao moldar as esculturas que configuram parte do acervo mais antigo do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Sua principal obra é seu edifício, moldado a partir do barro e da areia extraídos das regiões alagadiças entre os rios Tamanduateí e Tietê. Sua permanência na paisagem, em meio a cidade que se expandiu em direção a região das minas de ouro e se tornou uma metrópole de tráfego intenso, deve-se ao saber fazer daqueles anônimos que apiloaram o barro. Desse trabalho nasce o espaço do Recolhimento da Luz que hoje além da função do morar, acolhe o ensinar, o pensar e o imaginar por meio da presença do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Pesquisas mais recentes ajudam-nos a identificar aqueles mestres santeiros paulistas que moldaram esculturas complexas. Da técnica apurada, empregada na queima do barro nasce a forma sublime de São Francisco que recebe as Chagas ou do imponente trono em que repousa Santana.
Pedidos e fotografias deixadas por fiéis (Construído no Século XVIII), de Aleff RodriguesMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Patrimônio Imaterial
Desde a abertura do MAS em 1970, os visitantes deixam bilhetinhos escondidos nos cabodás (cavidades dos blocos da parede em razão da retirada dos caibros que travam o taipal).
Patrimônio Imaterial
Nos bilhetes deixados pedem graças à Frei Galvão, sabemos que nos mais antigos era comum a súplica por um bom casamento, acompanhada da foto 3x4 do candidato à marido.
São Francisco das Chagas e o Cristo Seráfico
MESTRE DE ANGRA - O formato das mãos e orelhas, assim como as barbas encaracoladas, indicam que essa obra foi provavelmente produzida por um santeiro franciscano de identidade desconhecida apelidado de Mestre de Angra dos Reis, que atuou no sudeste brasileiro no século XVII.
São Francisco das Chagas - Cristo Seráfico São Francisco das Chagas (Século XVII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Essa cavidade evidencia o processo de ocagem que assegurava que o barro, ao perder água durante a queima no forno, não trincasse ou quebrasse.
Essa cavidade evidencia o processo de ocagem que assegurava que o barro, ao perder água durante a queima no forno, não trincasse ou quebrasse.
Na representação de Cristo durante o momento que confere às chagas para São Francisco há três pares de asas, provavelmente os outros dois eram feitos de madeira e ficavam encaixados nesses orifícios.
Santana Mestra (Século XVIII), de Atribuída ao Mestre do Bolo de NoivaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Santana Mestra - Século XVIII
MESTRE DO BOLO DE NOIVA - Esse santeiro paulista ficou
conhecido como "bolo de noiva" em razão da complexidade de suas obras moldadas em
barro que tinham uma sucessão de camadas ornamentadas assim como os bolos de
casamento. Acredita-se que tenha produzido obras na transição do século XVII
para o século XVIII na região do Vale do Paraíba.
EXPANDIR A FÉ
Escolheu-se no século XX que o marco definidor da fundação da cidade de São Paulo seria uma missa, aquela realizada no planalto de Piratininga pelo padre Manuel de Paiva e imortalizada nas tintas do óleo sobre tela do pintor Oscar Pereira da Silva. Os padres jesuítas foram os agentes elegidos pela metrópole para expandir a fé entre os que aqui viviam em nome do rei quando da sua chegada ao Brasil em 1549 ou pelo pintor em 1907 para simbolizar a fundação de São Paulo. Entretanto a materialidade das obras aqui expostas não nos deixa esquecer aqueles que a talharam. As populações indígenas imprimem suas marcas na talha do porta-toalhas de sacristia da Igreja de São Miguel Paulista. Negros e mestiços com o domínio da tecnologia, trazida da terra de seus ancestrais, forjavam o metal, talhavam a madeira e a ornamentavam com o colorido da pintura.
Toque para explorar
Pátio do Colégio - Centro Histórico
O atual prédio do Pátio do Colégio é uma réplica das primeiras edificações, concluída em 1979 pelo arquiteto Adolpho Lindenberg. Da edificação original restam apenas uma parede de taipa, que pode ser vista no jardim, feita em 1585; os alicerces em pedra, da antiga cripta datada de 1757, que integra o circuito de visitação do Museu Anchieta e a estrutura do torreão da igreja, reformado entre 1904-1908, quando abrigou o Palácio do Governo. No centro da praça Pátio do Colégio há um monumento comemorativo da fundação de São Paulo, esculpido pelo italiano Amadeu Zani em 1913 e instalado no local em 1925, quando se chamava Largo do Palácio por abrigar um edifício de arquitetura eclética com a função de sede do governo.
São Paulo São Paulo, de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Paulo - Século XVI
Essa escultura está entre as mais antigas das que se tem vestígio na cidade de São Paulo. Pertenceu à primeira igreja do Pátio do Colégio.
São Paulo - Século XVI
Uma das esculturas mais antigas do acervo do MAS.
Toque para explorar
Igreja de São Miguel Paulista
A capela de São Miguel é a edificação religiosa mais antiga na cidade de São Paulo, erguida em 1622 com a técnica da taipa de pilão. Foi um dos primeiros bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na cidade de São Paulo no ano de 1938. A capela integrava o aldeamento fundado pelos padres jesuítas em 1560 enquanto parte do projeto de evangelização dos indígenas Guaianazes.
Ostensório da Igreja de São Miguel (Século XVII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Pertenceu à capela de São Miguel Paulista, região limítrofe à leste da cidade por muito anos, esse objeto tem dupla função, pois na base há um cálice e, no topo, um resplendor para exibir a hóstia.
Porta-toalhas de Sacristia (Século XVII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Porta-toalhas de Sacristia - Século XVII
Os toalheiros, presentes aos pares na sacristia, eram utilizados para colocar toalhas de mão utilizadas no ritual do celebrante de lavar as mãos antes e depois das missas. As figuras humanas com línguas estendidas para segurar o varão remetem às carrancas, figuras com feições indígenas, que nessa peça aludem ao simbolismo das gárgulas nas catedrais medievais.
São Miguel Arcanjo (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Miguel Arcanjo - Século XVIII
Entre as diversas representações do arcanjo, uma das mais conhecidas é aquela em que segura uma balança. Nela seriam colocadas as almas e aqueles considerados justos se tornariam imortais. Essa tradição foi muito popularizada pelos Livros de Horas durante a Idade Moderna. Nessa obra que pertencia à antiga Igreja da Sé de São Paulo, o arcanjo porta vestes que aludem aos soldados romanos.
Divino Espírito Santo (Século XVII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Divino Espírito Santo - Século XVII
Essa representação do Divino Espírito Santo produzida em madeira policromada pertenceu à antiga matriz de Araçariguama, uma capela dedicada à Nossa Senhora da Penha, nos arredores de Santana do Parnaíba. Sua talha é característica da fase inicial do barroco brasileiro e traz influência estética dos padres jesuítas que instalaram oficinas no colégio de São Paulo.
São Benedito (Século XVII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Benedito - Século XVII
As imagens de roca eram utilizadas durante as procissões, tradição implementada pelos padres jesuítas aqui em São Paulo. O corpo vazado feito a partir de uma base no formato de um cone com ripas de madeira tornava a escultura mais leve para ser carregada ao longo das procissões.
Nossa Senhora das Dores (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Nossa Senhora das Dores em Marfim - Século XVIII
A circulação de esculturas feitas em marfim no Brasil deu-se sobretudo por uma grande influência da Companhia de Jesus. Os padres jesuítas tinham missões ao redor do globo e por sua característica missionária acabaram por promover o intercâmbio de obras produzidas em marfim. Essa escultura, trazida de Goa (Índia), evidencia elementos da cultura hindu como o véu que encobre os cabelos de Maria, sendo amarrado na cintura como o sari indiano e a flor de lótus na base da peanha.
DETALHES
Observe os elementos da cultura hindu como o véu que encobre os cabelos de Maria, sendo amarrado na cintura como o sari indiano e a flor de lótus na base da escultura.
Cristo (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Cristo Crucificado em Marfim - Século XVIII
Durante o período de colonização portuguesa, a região de Goa, na Índia, foi um importante centro de produção e comércio de objetos em marfim, dos quais se destacam os objetos de uso religioso.O marfim é um material orgânico obtido a partir dos dentes dos elefantes. Sua semelhança com o dente, chifre e ossos de outros animais fez com que o termo fosse aplicado aos mamutes, rinocerontes etc. O tamanho dos ângulos formados pelas hachuras e linhas é o elemento que nos permite identificar tratar-se ou não de um elefante como é o caso desse crucificado proveniente da matriz de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.
Sofá (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Sofá Lira - Século XIX
Esse sofá pertenceu ao foyer da Casa de Ópera do Palácio do Governo, instalado na edificação do antigo pátio do colégio, que a partir da expulsão dos padres jesuítas em 1759 tornou-se sede do governo de São Paulo. A presença de uma série de liras em seu espaldar denota o uso do objeto nesse ambiente. O uso de palhinha no assento indica uma preocupação com o conforto daqueles que nele se sentavam, já que esse material era mais adequado ao clima tropical sobretudo para aqueles ricamente trajados com vestidos e fraques que frequentavam a antiga Casa de Ópera.
Sofá Lira - Século XIX
LEGAR MEMÓRIAS
Se ao primeiro olhar podemos pensar que com a demolição da antiga Igreja da Sé, moldada em barro e demolida em 1911, a cidade perderia o registro material de um dos marcos fundantes da institucionalização da fé na cidade, ao entender o complexo projeto de Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, percebemos que apenas se iniciava aí a construção de memórias que se eternizaram na criação de um museu. A coleção embrionária do que viria a se tornar o Museu de Arte Sacra de São Paulo surge da coleta de objetos das antigas igrejas de São Paulo e região metropolitana, parte demolida e outra desmembrada para criação de novas dioceses independentes da Sé. A Antiga Sé de São Paulo monumentalizada nas telas do pintor Benedito Calixto que a partir do registro de fotografias antigas, tomadas no século XIX, no século que se sucede a agiganta frente aos pedestres que circulam no seu largo.
Largo da Sé de São Paulo (1865), de Benedito CalixtoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Sé e Cúria de São Paulo
Se por um lado a igreja da Sé estava sendo demolida, o que a apagava da paisagem, por outro Benedito Calixto a eternizava em suas tintas.
E mais que isso lhe dava um caráter monumental, distorcendo suas proporções para que sua aparência ficasse mais compatível com a da metrópole em construção.
Toque para explorar
A Reformulação da Cidade
Em 1911, a Igreja de São Pedro dos Clérigos foi demolida para reformulação do largo da antiga Sé que também veio abaixo. Hoje o local em que ficava a igreja de duas torres dedicada à São Pedro tornou-se parte da zona pedonal, restrita a circulação de pedestres no centro da cidade como podemos ver na imagem.
São Pedro Papa (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Pedro Papa - Século XVIII
Essa obra pertencia a uma das igrejas que não resistiram às transformações urbanísticas da urbe paulistana. O realismo da escultura é resultado tanto de seu tamanho, semelhante ao de um homem em tamanho real sentado no trono de alto espaldar, como também em razão da aplicação de olhos de vidro, cujo brilho lembra a íris do olho humano.
Lampadário da Antiga Sé Lampadário da Antiga Sé (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Lampadário da Antiga Sé - Século XIX
Esse objeto é emblemático para refletirmos sobre as transformações ocorridas na transição do período imperial para o republicano em São Paulo. Afinal se antes era ostentado no altar da principal igreja paulistana, a antiga Sé, enquanto um presente ofertado por Dom Pedro I, torna-se uma obra de museu. O novo arruamento torna-se um símbolo do regime republicano na paisagem, já o brasão de armas português que ornamenta o lampadário teria seu lugar no passado, enquanto uma obra do atual Museu de Arte Sacra de São Paulo.
São Jorge Guerreiro (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Jorge da Antiga Sé - Século XVIII
Essa escultura feita em madeira policromada costumava sair em procissões que saiam da antiga Sé de São Paulo. Suas dimensões simulam às de um homem real, já que circulava montada em cavalo verdadeiro. São Jorge encantou desde Tarsila do Amaral que o representou em um estudo de procissão, transformado no painel exposto na OCA por ocasião do IV Centenário de São Paulo e atualmente parte do acervo do Centro Cultural São Paulo até Lina Bo Bardi, que o escolheu para integrar a exposição inaugural do MASP em 1969, intitulada “A mão do povo brasileiro”.
Nossa Senhora da Conceição Nossa Senhora da ConceiçãoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Nossa Senhora da Conceição - Século XVIII
Confeccionada em madeira policromada essa imagem ficava no altar-mor da Capela do Palácio da Conceição, residência dos bispos na cidade do Rio de Janeiro. Fora trazida de Portugal para o Brasil.Em sua base uma meia lua, característica da representação dessa fase da vida da virgem Maria. A lua crescente alude à gestação de Cristo. A peanha em que está apoiada tem o formato de nuvens com cabeças de anjos alados, conhecidos como querubins.
Credências de Altar (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Credências de Altar - Século XVIII
A credência é uma mesa de apoio, usada geralmente aos pares no altar para apoiar os objetos que serão utilizados durante as celebrações litúrgicas. Nessa obra vemos características do barroco tardio como as conchas com volutas abertas, como se estivessem sendo esticadas terminadas em volutas. As folhagens e motivos florais indicam a força da estética da corte francesa, como nessas rosetas adicionadas posteriormente à peça.
Naveta - Século XVIII
A naveta, recipiente em forma de barco, é usada para armazenar os grânulos de incenso que serão queimados no turíbulo durante as celebrações litúrgicas. A palavra significa "pequena embarcação".
Naveta (Século XVIII), de Prateiro A.A (Não Identificado)Museu de Arte Sacra de São Paulo
No detalhe dessa peça, em formato de caravela, há uma carranca ou figura de proa de leão usando uma coroa. Essas esculturas eram afixadas nas proas das embarcações para protegê-las dos maus espíritos.
Dom Duarte Leopoldo e Silva (1913), de Henry BernardMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Retrato de Dom Duarte Leopoldo e Silva - 1913
Dom Duarte Leopoldo e Silva foi o primeiro arcebispo de São Paulo, sua posse ocorre em 1908 ainda na antiga Sé. Preocupou-se em construir um legado da Igreja na cidade seja por meio da criação do que seria o embrião do Museu de Arte Sacra de São Paulo e do Arquivo da Cúria ou pela construção das imponentes igrejas da Consolação e da nova Catedral da Sé.
O PRIMEIRO ARCEBISPO DE SÃO PAULO
Observe a cruz peitoral e o anel cardinalício.
Ostensório (1942), de Cleto LuzziMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Ostensório do IV Congresso Eucarístico Nacional de 1942
Esse imponente ostensório feito em platina, ouro, prata, brilhantes e diamantes foi concebido especialmente para o IV Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1942 na cidade de São Paulo. A peça foi projetada na Itália pelo artista Cleto Luzzi e executava no Brasil. O IV Congresso atraiu uma multidão de católicos brasileiros e latino-americanos. Certamente até a vinda do papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude em 2013 o IV Congresso estava entre os maiores eventos católicos já realizados no país.
Palco do Congresso Eucarístico no Vale do Anhangabaú (1942), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Palco do IV Congresso Eucarístico - 1942
Essa estrutura temporária com uma enorme cruz foi montada no Vale do Anhangabaú para a realização das solenidades e celebrações do IV Congresso Eucarístico Nacional em 1942 para o qual foi concebido o ostensório de Cleto Luzzi.
Palco do IV Congresso Eucarístico montado no Vale do Anhangabaú em 1942
Mapa Panorâmico de São Paulo (1942), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Mapa Panorâmico de São Paulo - 1942
Inúmeras pessoas vindas do Brasil e de outros países da América Latina participaram do IV Congresso Eucarístico Nacional. Aos participantes desse grande evento católico eram distribuídos mapas da cidade com a indicação do palco montado no Vale do Anhangabaú - no centro da imagem - e pontos de interesse da cidade de São Paulo.
O POPULAR
Adjetivo utilizado para caracterizar algo característico do povo. No campo das artes esse termo muitas vezes é contraposto a obra dos ditos grandes artistas. O léxico da palavra nos revela ainda que se trata de algo que cativa e atrai. São justamente tais características que nos encantam ao olharmos a inventividade dos artistas populares.Dito Pituba, santeiro de Santa Isabel, começou moldando telhas em uma olaria na região do Vale do Paraíba. Daí para começar a moldar paulistinhas foi um passo. Trilhado por tantos outros que como ele materializaram a fé. Aproximando aquela muitas vezes distante, no alto dos altares da igreja, das casas paulistas ao introduzi-la nos oratórios. Dos materiais mais banais como uma caixa de bacalhau ou um carretel de linha surgiram objetos que nos aproximam do divino, como no oratório em que são feitas súplicas à Nossa Senhora e no pássaro da fauna local que em suas asas alça-nos ao céu.
Santana Mestra - Paulistinha (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
PAULISTINHA | Santana Mestra
Paulistinha é o nome dado a essa pequena escultura feita em barro com base geralmente oitavada ou sextavada. Feita a partir de um molde que permitia ao santeiro reproduzir o modelo à exaustão, tornou-se muito popular em São Paulo, sobretudo na região do Vale do Paraíba. Sua devoção no ambiente doméstico aproximava o santo representado daquele que lhe rendia suas súplicas.
Nossa Senhora da Conceição - Paulistinha (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
PAULISTINHA
Nossa Senhora da Conceição - Século XIX
Santo Antônio - Paulistinha (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
PAULISTINHA
Santo Antônio - Século XIX
São Brás assinado por Dito Pituba - Paulistinha (Século XIX), de Benedito Amaro de Oliveira - Dito PitubaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Brás assinado por Dito Pituba - Século XIX
Benedito Amaro de Oliveira, o Dito Pituba, deixou um vasto legado para a imaginária popular paulista. Esse santeiro, nascido em Santa Isabel, que começou trabalhando em uma olaria passou a imprimir sua marca nas pequenas esculturas feitas em barro, as paulistinhas, que produzia em larga escala para ornamentar as casas dos devotos. Sua assinatura, em um tipo de arte geralmente anônima, era gravada no interior da base das paulistinhas como essa de São Brás, na qual além da data em que a confeccionou “1891”, é possível identificar suas iniciais “B.A.O”.
Divino Espírito Santo sobre carretel de linha (Século XIX), de Benedito Amaro de Oliveira - Dito PitubaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Divino Espírito Santo - Séc. XIX. Dito Pituba
Materiais inusitados eram empregados, como um carretel de linha que serve de suporte para o pássaro em alusão ao divino espírito santo.
Divino Espírito Santo - Séc. XIX. Dito Pituba
Materiais inusitados eram empregados, como um carretel de linha que serve de suporte para o pássaro em alusão ao divino espírito santo.
Oratório de Caixa de Bacalhau (Século XIX), de Benedito Amaro de Oliveira, o Dito PitubaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Oratório Caixa de Bacalhau - Séc. XIX. Dito Pituba
Da caixa de madeira utilizada para guardar bacalhau surge esse belo oratório com preces ao sagrado coração de Maria em suas portas.
Oratório com Nossa Senhora Aparecida (Século XIX), de Benedito Amaro de Oliveira - Dito PitubaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Oratório com N. S. Aparecida - Séc. XIX. Dito Pituba
Paulistinhas como essa representando a padroeira do Brasil eram colocadas em oratórios simples feitos com tábuas de madeira reaproveitadas.
Oratório de Viagem (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Oratório de viagem - Séc. XVIII
Em casa ou transportada durante viagens em oratórios como esse a imaginária popular é um indício do papel central que a religiosidade ocupava na sociedade paulista.
Oratório Bala (Século XVIII), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Oratório Bala - Século XVIII
Esse tipo de oratório era utilizado em viagens, já que devido as suas dimensões reduzidas era considerado portátil (31 x 30 x 11,5 cm).
Oratório Bala - Século XVIII
Sua última viagem foi de Cubatão para São Paulo, quando passou a integrar o acervo do Museu.
Oratório Bala - Século XVIII
O termo oratório bala é dado a esse objeto justamente por seu formato, que quando fechado lembra o da cápsula de uma bala das armas de fogo.
Toni Malau (St. Antônio) | Nó de Pinho - Século XIX
Entre os bacongo - grupo étnico africano - tanto em África como naqueles trazidos para o Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, figuravam pequenas esculturas inspiradas em Santo Antônio. O culto a esse santo foi amplamente difundido pelos missionários católicos e se tornou símbolo de resistência da cultura banto.A postura ereta dessas pequenas esculturas indica a manutenção do equilíbrio e controle da força da gravidade. As mãos pousadas sobre a barriga indica o distanciamento de questões do nível inferior e a elevação da mente e coração à níveis superiores na tradição bembe, povo banto.
Toni Malau (St. Antônio) | Nó de Pinho - Século XIX
Esses objetos mágico-religiosos foram confeccionados pelos bacongos escravizados que trabalhavam na região do Vale do Paraíba. Por meio deles conectavam-se com o mundo dos mortos, além de serem considerados portadores de boa sorte.
Conjunto de Nó de Pinho - Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição (Século XIX), de DesconhecidoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Conjunto de Nós de Pinho
Em meio a esse conjunto de Santo Antônio há uma representação de Nossa Senhora da Conceição.
Nossa Senhora da Conceição com as mãos em oração sobre o coração.
GRANDES NOMES
O que faz com que um artista entre para a galeria daqueles que serão celebrados enquanto grandes nomes? As marcas autorais impressas em suas obras, seu reconhecimento pelos salões de arte, uma biografia escrita por uma personalidade, o desejo de criação de uma identidade nacional.Essas e tantas outras ações são capitaneadas quando da entrada dessas obras em um museu. Ao expormos aqui nossos artistas, aqueles que se destacam em uma infinidade de obras ainda por sair do anonimato de sua autoria, buscamos refletir sobre o papel do museu ao reafirmar esses grandes nomes.No atrevimento de Jesuíno de Monte Carmelo, santista filho de mãe alforriada, vemos o traço daquele que encantou figuras ímpares como Mário de Andrade. Mas não só, percebemos o quanto a inventividade é uma marca que transpassa a geografia de lugares tidos como o berço do barroco nacional. Celebramos aqui a criatividade que não cabe em rótulos e que está além dos grandes centros urbanos, percebida nas tintas de Anita Malfatti e José Antônio da Silva.
Cardeal Arcoverde (1897), de José Ferraz de Almeida JúniorMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Retrato do Cardeal Arcoverde | Almeida Júnior - 1897
O pernambucano Cardeal Arcoverde tornou-se o primeiro cardeal da América Latina nomeado pelo papa São Pio X em 1905. Em razão da notoriedade de sua figura escolheu um pintor acadêmico consagrado para eternizá-lo num retrato, o ituano José Ferraz de Almeida Junior. O artista realizara individuais na Academia Imperial de Belas Artes no Rio de Janeiro e estudos na França, patrocinado pelo Imperador Dom Pedro II.
Evangelista São Marcos (Século XVIII), de Atribuído a Frei Jesuíno do Monte CarmeloMuseu de Arte Sacra de São Paulo
São Marcos | Atribuído a Jesuíno do Monte Carmelo - Século XVIII
Nascido em Santos, em 1764, Jesuíno do Monte Carmelo torna-se pintor em Itu, tendo aprendido com o mestre José Patrocínio da Silva Manso, seu conterrâneo. Entre as características da obra de Jesuíno estão o corpo alongado dos personagens, o nariz criado a partir de traços paralelos e o destaque das mãos.Mário de Andrade escreveu a biografia de Jesuíno do Monte Carmelo com um tom romanceado em que descreve as desventuras desse padre, filho de uma negra alforriada, que queria se tornar frei da Ordem Terceira do Carmo, mas que em razão da cor de sua pele não foi aceito pela Igreja. Para o modernista, a grande contribuição de Jesuíno Monte Carmelo para a pintura paulista barroca foi empregar em suas telas traços autorais ligados às suas experiências pessoais. Em seus traços se reconhecem as diferentes fases de sua vida, da alegria do casamento em Itu à sobriedade dos traços após a ordenação no Carmo em São Paulo.
A Ressurreição de Lázaro (1928), de Anita MalfattiMuseu de Arte Sacra de São Paulo
A Ressurreição de Lázaro | Anita Malfatti - 1928
Anita Malfatti durante o período em que recebeu uma bolsa de estudos do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo para estudar em Paris, executou esse óleo sobre tela de temática religiosa. A artista mantinha essa obra em seu ateliê, após sua morte a pintura foi doada pela família ao acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Em carta trocada com seu mentor, Freitas Valle, em junho de 1925 diz; "Estou fazendo um grande quadro de composição. A ressurreição de Lázaro. Seis figuras. Sigo na composição um motivo rythimico oval ou elíptico. O Christo a divina ordem, Lázaro de pé obedecendo, Maria irmã do Lázaro aos pés de Jesus e três anjos symbolizando o milagre".Ainda que tenha passado um período na Itália, copiando obras de grandes artistas, como Giotto que certamente a influenciou neste trabalho, Anita em sua tela confere um protagonismo maior à Lázaro, deslocando-o para o centro da tela. Jesus Cristo, representado à direita do observador, tem cabelos curtos, olhos castanhos e amendoados e barba rala.Sabemos em razão de correspondências trocadas entre Anita e Mário de Andrade que a artista se reconhecia na figura de Lázaro, aquele que tivera uma vida nova após a ressurreição, assim como ela se enxergava depois do período vivenciado na Europa, quando ficara distante da família e dos amigos, apegando-se às palavras escritas no evangelho de São João, o mesmo que recomendava à leitura por Mário de Andrade.
Cristo Ressuscitado | José Antônio da Silva, 1967
A cena da ressurreição de Cristo foi sugerida pelo Papa João Paulo II como a décima-quinta estação da via sacra. Sua representação é opcional por não integrar a estrutura tradicional. O artista José Antônio da Silva a representou nessa tela que integra um conjunto da via sacra que pertencia à Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Pobres, no bairro do Butantã na cidade de São Paulo.José Antônio da Silva (1909-1996) nasceu em Salles de Oliveira, no interior paulista. Trabalhador rural muda-se para São José do Rio Preto, onde participa da exposição inaugural da Casa de Cultura da cidade em 1946. Autodidata, sua produção, chama a atenção dos críticos de arte paulista. Participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e da 33ª Bienal de Veneza, respectivamente em 1951 e 1966.Na pintura percebemos traços característicos de sua obra, o emprego de cores fortes e marcantes. Além do lugar de destaque para sua assinatura.
Carta de José Antônio da Silva para Maria Fiocca (26 de Julho de 1950), de José Antônio da SilvaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
CARTA DE JOSÉ PARA FIOCCA
Carta trocada após sua exposição individual na Galeria Domus, fundada pelo casal Anna Maria e Pasquale Fiocca.
CARTA DE JOSÉ PARA FIOCCA
Nela o artista indica o sucesso instantâneo de sua mostra que em suas palavras tornou-se o "artista que mais vende na Domus".
Nossa Senhora dos Prazeres (Século XVII), de Atribuído a Frei Agostinho de JesusMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Nossa Senhora dos Prazeres | Atribuída a Frei Agostinho de Jesus - Século XVII
Nascido no Rio de Janeiro, o monge beneditino Frei Agostinho de Jesus (c. 1660 - 1661) foi instruído na produção de imagens em barro pelo também beneditino Frei Agostinho da Piedade, mestre português. As formas arredondadas do rosto da virgem e do menino eram tidas como um sinal de boa saúde da figura representada. Essa obra antes de integrar o acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo, pertenceu à Igreja Matriz de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. As ideias de comoção e transcendência com a pessoa representada são aquelas que deveriam prevalecer na produção da imaginária sacra colonial. Por isso a assinatura de uma obra desse período é incomum e rara.
Nossa Senhora das Dores | Aleijadinho - Século XVIII
Essa obra foi uma das primeiras adquiridas pelo Governo do Estado de São Paulo quando do projeto da criação do Museu de Arte Sacra em fins da década de 1960. Pertencente à um antiquário carioca, a obra recebeu a chancela do IPHAN que atestou se tratar de uma autêntica produção do artista mineiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738- 1814). Os traços angulosos do panejamento das vestes e o formato das sobrancelhas, olhos, boca e nariz foram indicados pelos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como estilemas de Aleijadinho, figura que foi amplamente estudada e disseminada pelos modernistas como um personagem mítico no intuito de construir a história da arte brasileira. Filho de mãe negra escravizada, sabemos que teve um protagonismo na produção colonial mineira onde atuou como escultor, entalhador, arquiteto e carpinteiro.
Nossa Senhora das Dores | Aleijadinho - Século XVIII
A partir da observação da parte de trás da escultura de Nossa Senhora das Dores podemos inferir o seu uso. Provavelmente se trata de uma imagem feita para ficar exposta junto a um retábulo de altar ou estação de um passo processional, já que se observa a ausência de volumetria na região das costas encoberta pelo manto e da própria peanha em que está encimada. Os fiéis sempre a veriam de frente, não a circundando.
Nossa Senhora das Dores (Século XVIII), de Antônio Francisco Lisboa - O AleijadinhoMuseu de Arte Sacra de São Paulo
Nossa Senhora das Dores - Frente e Verso (Século XVIII), de Antônio Francisco LisboaMuseu de Arte Sacra de São Paulo
FICHA TÉCNICA - EXPOSIÇÃO VIRTUAL
Curadoria da Exposição - Vanessa Ribeiro
Assistente Curatorial - Fabio Santana
Textos - Vanessa Ribeiro
Texto Nós de Pinho - Isabel Franke
Produção e Concepção Visual - Henrico Cobianchi
Fotografias - Leandro Fonseca, Iran Monteiro, Fabio Santana, Anna Clara Hokama, Alexandre Machado, Aleff Rodrigues e Henrico Cobianchi
Tratamento de Imagem: Henrico Cobianchi
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
João Doria
Governador do Estado de São Paulo
Rodrigo Garcia
Vice-Governador do Estado de São Paulo
Sérgio Sá Leitão
Secretário de Estado de Cultura
e Economia Criativa
Cláudia Pedrozo
Secretária Executiva de Estado
de Cultura e Economia Criativa
Antônio Lessa Garcia Junior
Coordenador da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM)
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo
ASSOCIAÇÃO MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO
Conselho de Administração
José Roberto Marcellino dos Santos
Presidente do Conselho de Administração
Dom Devair Araújo da Fonseca
Vice-Presidente do Conselho de Administração
Conselheiros
Arnoldo Wald Filho
Demosthenes Madureira de Pinho Neto
Dom Carlos Lema Garcia
George Homenco Filho
Guilherme Werner
Haron Cohen
João Monteiro de Barros Neto
Marcos Arbaitman
Pe. José Rodolpho Perazzolo
Pe. Luiz Eduardo Baronto
Pe. Valeriano Santos Costa
Regis de Oliveira
Ricardo Nogueira do Nascimento
Rosely Cury Sanches
Rosimeire dos Santos
Conselheiros Fiscais
Jussara Delphino
José Emídio Teixeira
Pe. José João da Silva
Conselho Consultivo
José Oswaldo de Paula Santos
Presidente
Conselheiros
Ario Borges Nunes Junior
Ary Casagrande Filho
Beatriz Vicente de Azevedo
Cônego Celso Pedro da Silva
Cristina Ferraz
Luiz Arena
Marcos Mendonça
Mari Marino
Maria Elisa Pimenta Camargo
Padre Fernando José Carneiro Cardoso
Renato de Almeida Whitaker
Ricardo I. Ohtake
Ricardo Von Brusky
Roberta Maria Rangel
Rodrigo Mindlin Loeb
Silvia Aquino
Tito Enrique da Silva Neto
MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO
José Carlos Marçal de Barros
Diretor Executivo
Luiz Henrique Marcon Neves
Diretor de Planejamento e Gestão
Beatriz Cruz
Museóloga
João Rossi
Conservação e Restauro
Iran Monteiro
Fotógrafo
Rosimeire dos Santos
Acervo – Catalogação e Exposição
Ligia Maria Paschoal Diniz
Assessoria e Coordenação
Wermeson Teixeira Soares
Coordenação de Segurança e Montagem
Geraldo Monteiro da Silva
Jose Mauri Vieira
Marcelo Batista Oliveira
Montagem e Iluminação
Henrico Cobianchi
Coordenador de Comunicação
Pedro Paulo de Sena Madureira
Consultor Editorial
Vanessa Costa Ribeiro
Coordenação Ação Educativa
Silvia Balady
Assessoria de Imprensa
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