O príncipe que sonhava com o fundo do mar

A história das primeiras campanhas oceanográficas portuguesas

Plano geral da vitrine original central. Exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Foi a 1 de setembro de 1896 que D. Carlos lançou, com uma pequena tripulação, a bordo do Amélia, a 1ª campanha oceanográfica portuguesa.

Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

No total, o monarca realizou 12 campanhas recolhendo muitas espécies raras de profundidade, como demonstram estes exemplares de tubarões expostos nesta vitrine do Átrio.

Primeiro plano de carta manuscrita. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Algo notável acontecia nos projetos científicos de D. Carlos. Todos resultaram de extensas colaborações com os mais diversos e improváveis parceiros.

Desde o seu mentor, o Príncipe Alberto do Mónaco, com quem trocou intensamente correspondência, até ao respeito pelo saber duramente adquirido de pescadores e caçadores, com quem aprofundou artes e técnicas.   

Módulo da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar” e visitantes. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

A coleção do Museu Oceanográfico D. Carlos I revela o fascínio dos naturalistas da época com os organismos do mar profundo e o entusiasmo com a oceanografia como ciência pioneira no final do século XIX.

D. Carlos reúne um número considerável de exemplares raros, conservados com grande rigor, certo de que o valor do conhecimento científico da sua coleção serviria o bem-comum. 

Esponjas. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-12) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Hyalonema lusitanicum. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-12) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Tunicados. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

D. Carlos montou um laboratório com aquários na Cidadela, em Cascais, para transferir exemplares que eram mantidos a bordo em baldes com água do mar.

Tunicados. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Obteve resultados magníficos como é o caso destes tunicados, que mantêm um estado notável de conservação, passados mais de 100 anos.

Ilustrações de nudibrânquios, detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

D. Carlos teve professores de desenho e um mestre de pintura, Enrique Casanova, tendo deixado uma vasta obra artística.


Contudo o monarca ilustrou apenas algumas espécies de animais e cenas de trabalho a bordo, combinando as linguagens da arte e da ciência.

Fotografia de preparação microscópica de plâncton. (1896) de Carlos de BragançaAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

As primeiras fotografias de preparações microscópicas com plâncton na Europa foram realizadas por D. Carlos durante as suas campanhas.


O monarca sabia que o estudo do plâncton explicaria a abundância e a distribuição de muitas espécies marinhas exploradas comercialmente para alimentação.

Loligo vulgaris. Detalhe da exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Escadas do museu representando um mergulho no mar profundo "Esta viagem começou há muito tempo". Exposição “O príncipe que sonhava com o fundo do mar”. (2016-11) de José VicenteAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

Aguarela sem data, assinada por Enrique Casanova, que representa um Aquário público. de Enrique CasanovaAquário Vasco da Gama. Onde o mergulho começa

A coleção de D. Carlos I tem uma aguarela sem data, de Enrique Casanova, que representa a visão futurista de um aquário público.

Hoje somos também chamados a usar o poder da nossa imaginação, de uma forma diferente. É urgente imaginar um futuro para os nossos habitats e espécies aquáticas. 

Créditos: todos os meios
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