Os Preparativos Da Viagem

Em 1505, Magalhães foi de Lisboa para a Índia, tendo permanecido no Oriente e participado em diversas expedições até 1513, altura em que regressou a Portugal com grande experiência de navegação. 

Entretanto foi um dos portugueses que em 1512 chegou às Molucas, região aonde depois quis voltar por ocidente através de um projeto concebido em Lisboa entre 1516 e 1517 que lhe viria a permitir completar uma volta ao mundo.

Magalhães entrou em conflito com D. Manuel e por isso foi para Sevilha em 1517 com a intenção de propor a Carlos V a realização de uma viagem às Molucas por uma via ocidental e não oriental, como aquela que era seguida pelos portugueses. 

Dessa forma o navegador visava proporcionar-lhe riquezas com as especiarias dessas ilhas, por alegar que lhe pertenciam, de acordo com o estipulado no Tratado de Tordesilhas que em 1494 dividira o mundo entre Portugal e Espanha. 

A maior parte do trajeto de Magalhães ia ser feito no desconhecido, sem qualquer cartografia aceitável. Havia cartas com rumos magnéticos para a travessia de mares, mas diziam sobretudo respeito ao Mediterrâneo.

Carlos V apoiou a realização do seu projeto e deu-lhe a direção de uma “armada da especiaria” com cinco navios e 237 tripulantes originários de mais de dez nacionalidades.