A moita é um antipalco e um antibunker, que se propõe a ser uma outra estrutura, uma alternativa de espaço para socialização e integração coletiva. Contra a ideia de palco e plateia, a moita quebra toda a estrutura segmentaria que distingue autor, artista, ator, espectador. Não há representação, há ação e integração. Como o bunker, a moita se propõe ao abrigo, mas contra o bunker, a moita cria um abrigo orgânico, móvel, permeável, agregador, multiplicador, camuflado, como capim. A moita cria um espaço intermediário e provisório entre o público e o privado, o íntimo e o coletivo; nesse sentido, se assemelha às estruturas espaciais tribais, como a oca.