Em uma visita ao prédio do antigo Hospital Matarazzo, as paredes descascadas e as proporções do quarto me lembraram os ambientes claustrofóbicos dos quadros de Francis Bacon. Usando uma cama como base para a escultura, a obra, de certa forma, manteve a memória do local. E embora por si só, em termos formais, não estabeleça uma relação de representação com o corpo humano, o seu deslocamento para o local deste (a cama), possibilita a projeção do espectador na massa engessada. A ideia de um corpo apresenta-se desfigurada, estabelecendo uma continuidade material com o ambiente deteriorado em que este se encontra imerso. Henrique Oliveira é formado em Artes Plásticas, bacharel em pintura, e mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Pintor por formação, além de obras sobre tela, explora construções tridimensionais na forma de instalações temporárias e esculturas.
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