Desde seus primeiros trabalhos, o artista vem desenvolvendo uma obra sob o signo da decomposição e da subtração das formas expressivas. Esse processo de redução, em que somente elementos mínimos são utilizados, é perpassado por uma desconfiança à respeito da linguagem e das narrativas que ela mobiliza, tendo equivalência no processo de perda da importância da superfície bidimensional, em relação ao vídeo e à música. É como se fosse preciso recuar até a imaterialidade do som para construir um objeto artístico legítimo, livre tanto quanto possível de condicionamentos. Sua produção envolve experimentações visuais e sonoras em mídias eletrônicas, mas o artista não se acomoda em apenas uma vertente. Como produtor de música eletrônica, suas apresentações mesclam diversas sonoridades que estimulam os sentidos do ouvinte, oscilando de timbres doces a experiências sonoras agressivas.