"Havia anos que para entender o invisível (que, como uma película, eu via recobrindo tudo o que apresentava), comecei a encontrar metáforas, simbologias e comparações. Para entender do que se tratava uma imagem, comecei a pensar na ideia de monstro, de fóssil, de fantasma, de alien, retrato, ruína, olho; e a caverna de Platão. Pois para mim há uma clara semelhança entre essas metáforas: são estruturas que não se resolvem apenas pela imagem que apresentam. Há nelas uma camada mais espessa disso que entendo por imagem, e que aqui estou chamando de invisível. Tendo as imagens como lanterna e o texto como sombra, o projeto consiste em trazer para o espaço físico tal investigação. Pois não se trata da tentativa de responder a uma pergunta, mas sim de elaborar a sua incógnita."