Toda performance apresenta uma transformação física ao longo de uma linha de tempo. Esta performance transforma sabugo de milho em sabugo de pérola e desenha uma circulo de milho sobre o arco central. A presença do corpo humano como parte da obra de arte tem semelhanças com o teatro, onde personagens vivem uma história inseridos em um cenário. Existem, porém sutilezas distintas. O cenário não é mais um suporte do corpo, que por sua vez conta uma história. O peso desses três fatores - corpo, cenário e história - é equilibrado fazendo uma mistura tão homogenia que, por vezes, não percebemos mais corpo, cenário nem história. É uma experiência de percepção que tem como propósito ampliar a capacidade visual. Fazer visível aquilo que é invisível. Formas se transformam em usinas de semântica e a semântica se transforma em usina de formas. Quando observar a obra, experimente um outro observador. Na obra de Tunga flagram-se influências barrocas e românticas. Realizando construções (ambiências) de forte sentido metafórico, o artista surpreende ao empregar materiais aparentemente incompatíveis como imãs, cobre, vidros, líquidos, etc., com os quais alcança renovados significados, aproximando-o das experimentações duchampianas e surreais. Sua obra exibe questões físicas, matemáticas, filosóficas e psicanalíticas. Em muitos de seus trabalhos, Tunga apresenta um forte equilíbrio formal e intelectual sem esquecer de ressaltar o acentuado cunho erótico que envolve, sexo, violência e morte.
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