As figuras do primeiro plano – mãe e filho – têm como cenário a arquitetura instável da favela. As casas se acotovelam nessas construções improvisadas, de ângulos quebrados, janelas fora de prumo e roupas nos varais, revelando um mundo em que a fragilidade não é apenas da arquitetura, mas da própria vida. O rosto das personagens é apenas esboçado. Essa mãe, com seu filho, é o anônimo habitante desse mundo marginal. Segall vivia nessa época em Paris, e o Brasil, lembrança distante, vai ficando com os contornos menos nítidos, mas é homenageado por meio das tonalidades quentes da terra brasileira, que ele tanto admirava.
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