A tapeçaria de Portalegre dá os seus primeiros passos em 1946 e nasceu da iniciativa de dois amigos, Guy Fino e Manuel Celestino Peixeiro, que pretendiam reviver a tradição dos tapetes de ponto de nó em Portalegre. A primeira tapeçaria surge então no ano seguinte, em 1947.
«As tapeçarias de Portalegre são tecidas manualmente em teares verticais. A técnica de Portalegre difere da técnica francesa porquanto esta consiste num cruzamento simples entre os fios da teia e da trama, enquanto na primeira a trama decorativa envolve completamente os fios da teia, levando a uma densidade que pode variar entre os 2.500 a 10.000 pontos/dm2.» (em Pagela da emissão «Tapeçarias de Portalegre») As tapeçarias de Portalegre reproduzem sempre um original, num suporte e escala distintos. «(...) mais do que uma simples reprodução a tapeçaria é, por si, também uma obra de arte original, pelas suas características e qualidades». (Ibidem) Esta Tapeçaria foi encomendada para decorar o auditório do edifício-sede dos CTT Correios de Portugal, no Palácio Sousa Leal em Lisboa. A sua execução, na Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, interpretou rigorosamente o cartão original da autoria de Luís Filipe de Abreu. A obra integra actualmente a exposição «O Ponto e o Píxel», patente no Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino, na cidade de Portalegre. www.mtportalegre.pt