Este grupo, inspirou-se na obra épica de Virgílio, a «Eneida», cujo herói principal, Eneias, teve um dia que abandonar Tróia em chamas, carregando às costas o seu velho pai Anquises, seguido do filho Ascânio, nesta obra representado como criança de tenra idade. Eneias era tido como exemplo de vida, pois cumprira com excecional zelo o seu dever ético, quer perante os deuses (os Penates que seu pai transporta), quer perante os homens, na figura do próprio pai que recusou abandonar. O grupo pode ainda representar as três idades do Homem: Eneias representa o presente, aquele que toma para si a missão de transformar o mundo; Anquises, seu pai, representa o passado, tomado como referência; o filho Ascânio será a promessa de futuro, auspicioso e risonho, com todas as potencialidades inerentes.
Este grupo monumental que ornamentava a entrada do Palacete de Calouste Gulbenkian na Avenue d’Iena em Paris, fez anteriormente parte das coleções do Marquês da Foz, Tristão Guedes Correia de Queiroz, instaladas no Palácio Castelo-Melhor, nos Restauradores, atualmente conhecido como Palácio Foz.
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