A evolução dos comboios procurou sempre responder aos objetivos do aumento de velocidade, conforto e comodidade, rentabilizando os serviços prestados. Aumentou, assim, a necessidade de veículos com maior capacidade e de diferentes tipologias. Os primeiros veículos automotores - veículos motorizados de transporte de passageiros sem utilização de locomotiva - apareceram no final do século 19. Já nesta altura, os comboios convencionais, compostos por locomotiva e carruagens, apresentavam custos elevados nos serviços regionais. Vários países europeus, como Portugal, desenvolviam esforços para reduzir estes custos, ao reduzir o número de manobras, aumentar a autonomia dos veículos e a lotação das composições. Assim, adquiriram ou fabricaram automotoras movidas a diesel, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial.
Estes veículos combinavam na mesma unidade o meio motor com o transporte de passageiros. A automotora My 304 fez parte de um conjunto de 35 automotoras encomendadas ao fabricante holandês Allan. Com uma cabine de condução em cada topo, podiam circular em ambos os sentidos da marcha. A sua carreira foi longa. Prestaram serviço em linhas da zona centro do país - como as Linhas do Oeste ou do Leste ou os Ramais de Cáceres e Tomar. Entre 1999 e 2003, as Allan que estavam ao serviço foram modernizadas, originando a série 350, com exceção da My 301 e desta My 304, que manteve a configuração original.
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