Pote bojudo de grandes dimensões destinado a armazenar azeite ou outras substâncias alimentares, ou poderá apenas ter tido uso decorativo.
Uma peça modelada nas oficinas da Real Fábrica do Rato, em Lisboa, por Tomás Brunetto, natural de Turim (Itália), convidado por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, para as funções de primeiro mestre daquela indústria (entre 1767 e 1771).
Trata-se de um objeto que exprime uma qualidade refinada, conseguida pela exuberância da sua decoração ao gosto rococó, influenciado pelas porcelanas azuis e brancas chinesas. Nela se desenha uma paisagem fantasista, assimétrica, inspirada em motivos orientalistas, revelando uma natureza luxuriante com rochedos, troncos de árvores retorcidos e algumas flores sobre as quais esvoaçam duas aves. Também neste cenário surge um arco triunfal, vagamente inspirado na arquitetura oriental.
O curto período de laboração de Tomás Brunetto na Fábrica do Rato, constituiu um dos mais extraordinários na história da cerâmica.
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