Desde o século XIX, a capoeira foi também um espaço feminino. Muitas mulheres aparecem nos registros de repressão e nas denúncias em jornais de cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís. Em 1878, o Jornal do Comércio noticiou que algumas “pretas” tinham sido “presas por capoeiras”. Isabel Maria da Conceição e Ana Clara Maria Andrade, juntamente com a escravizada Deolinda, foram detidas após desafiarem as autoridades policiais durante uma “renhida luta”. A notícia as apresenta como “peritas na capoeiragem” e “destemidas”. Na Corte Imperial, essas e outras mulheres certamente faziam parte dos dois grandes grupos de capoeiras, os Nagoas e os Guaimaus.
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