Obra em que melhor se expressa o Surrealismo de Costa Pinto. Pela primeira vez o sonho entra na sua pintura para se resolver numa cena de brando erotismo, tipicamente daliniano, com uma carga simbólica mais complexa do que em qualquer outro dos seus trabalhos, favorecida pelo recurso à metamorfose, à antropomorfização da paisagem e à força expressiva da personagem principal. Ainda em 1949, sete anos após a sua execução, este quadro, exposto numa montra da Livraria Ática, causou "grave perturbação na vida do Chiado". Dalí será nesta obra, como em toda a sua produção, a referência mais importante. Mas o que nas obras do pintor catalão era enigma e expressão crua das inquietações sexuais mais íntimas, em Costa Pinto transforma-se em profunda melancolia. (Maria de Jesús Ávila)
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