Bernarda de Sousa comprou sua alforria com as economias que conseguiu juntar vendendo produtos vegetais no Rio de Janeiro. Com o intuito de aumentar sua renda, adquiriu uma escravizada para servi-la. Pouco tempo depois, comprou também a própria mãe, Marta de Sousa. Em 1755, já viúva, sem herdeiros e doente, Bernarda foi ao cartório local para finalmente alforriar sua mãe. Ela sabia que, nas leis vigentes, os bens de uma pessoa morta sem testamento iriam para o Estado. Nesse caso sua mãe seria leiloada. Bernarda compareceu, então, ao cartório local e registrou que havia comprado sua mãe porque se sentia na obrigação de protegê-la. Disse que, se a mantivera no cativeiro, fora apenas para “conservá-la em sua companhia, tratando-a com a veneração devida”.
Você tem interesse em Visual arts?
Receba atualizações com a Culture Weekly personalizada
Tudo pronto!
Sua primeira Culture Weekly vai chegar nesta semana.