Baseada em pequeno desenho de um caderno de anotações, no qual Segall registrou várias cenas da região do Mangue carioca, esta gravura sintetiza a relação entre a prostituta e seu cliente. A mesma composição está presente em outro trabalho, uma pintura sobre papel. Linhas sumárias e extremamente precisas delineiam a figura masculina de costas, protegendo seu anonimato. Em contraste com a mancha negra que marca a silhueta do homem, o rosto branco da mulher, cavado na matriz de madeira, olha-nos de frente. A luz que define o contorno das duas figuras vem do segundo plano, do retângulo branco que indica uma porta ou janela.