Pintora autodidata de origem popular. Integrante de uma família de vocação artística, era a filha mais velha de oito irmãos. Desde cedo aprendeu a bordar e costurar com sua mãe. A infância difícil a fez abandonar os estudos muito cedo e a trabalhar como empregada doméstica e bordadeira. Sua produção artística construiu-se no período de 1967 a 1974. Em 1968 integrou o Núcleo Artístico de Embu da Artes criado pelo teatrólogo negro Solano Trindade e voltado para a temática afro-brasileira. Mineira que migrou aos três anos para São Paulo, declarou que não tinha lembrança de Minas Gerais e que pintava através das histórias da mãe como as colheitas e festas juninas. Desenvolveu técnica original de pintura em relevo com uso de cabelo. Para Mario Schenberg (físico e crítico de arte) a riqueza da criação rítmica e colorística na arte de Maria Auxiliadora é o que primeiro se faz notar.