Óleo sobre cobre representando a passagem do Mar Vermelho pelo povo judeu. À direita da composição, está representada uma multidão de gente, destacando-se, no primeiro plano, uma figura feminina montada num jumento, que parece passar a criança que traz ao colo a um velho que a recebe, à sua esquerda. No plano seguinte, sobre uma rocha, vê-se Moisés, com o cajado, observando o fenómeno da abertura do mar. A parte esquerda da composição representa o trecho de mar que se abriu, onde se afogam muitos guerreiros egípcios, que marchavam na vanguarda do exército, cujo grosso da coluna se pode ver à esquerda. Os planos mais afastados são preenchidos, de ambos os lados, por rochas, montanhas e mar.
A obra deve corresponder ao n.º 31 da lista de partilha de bens de 1889, elaborada por morte de D. Luís, sendo então avaliada em 67$500 réis. Conforme a inscrição existente no verso da moldura, terá sido herdada pelo rei D. Carlos. Segundo o Arrolamento Judicial, no início da década de 1910 estava colocada na décima nona casa do corredor do lado norte, tendo sido então inventariada sob a verba K'' 246. Mais tarde foi transferida para o Corredor Largo e, depois, para o Corredor Administrativo, onde se mantém.