A obra "Seção diagonal", de Marcius Galan, é composta de elementos básicos comuns à arquitetura: parede, teto, piso, tinta, luz e cera. O material é utilizado pelo artista com o objetivo de criar uma ilusão. Ao entrarmos na sala, a tendência é pensar que há um vidro dividindo-a, levando-nos à visualizar uma vitrine vazia. Ao nos aproximarmos, porém, compreendemos que os nossos olhos foram enganados: trata-se de uma pintura no espaço. Uma sensação de desconforto sensorial se instala. De certo modo, o trabalho é um convite à contravenção, instiga-nos a tocar na obra, a provar sua materialidade. A escultura aqui é uma ilusão originada através dos códigos da arquitetura e dos espaços da arte.