Até meados do século 20, os comboios em Portugal eram feitos com locomotivas a vapor, com exceção da Linha de Cascais. Apesar de algumas experiências realizadas ainda antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a tração diesel só foi introduzida no país após o fim da Guerra, com a ajuda dos fundos recebidos do Plano Marshall, iniciativa norte-americana de apoio financeiro à Europa Ocidental.
As locomotivas da série CP 1500 vieram substituir as locomotivas a vapor. Começaram por fazer os comboios de passageiros da Linha do Norte, mas foram também usadas nos comboios de mercadorias da mesma linha. Entre os vários comboios rápidos da Linha do Norte, do Algarve e do Alentejo, destaca-se o célebre Flecha de Prata, com carruagens metálicas, modernas e confortáveis. O Flecha de Prata tornou-se icónico por reduzir bastante o tempo da viagem entre as duas cidades (sendo o antecessor do Foguete ou do moderno Alfa) e pela cor prateada das carruagens.
Com a eletrificação da Linha do Norte, muitas destas locomotivas foram mobilizadas para as linhas do Sul e Oeste. Foram modernizadas a partir de 1970, permitindo aumentar a sua potência. Nos finais do ano 2000 foram retiradas do serviço comercial. A locomotiva CP 1501 foi batizada de “Almeida e Castro”, em homenagem ao engenheiro que se destacou pela introdução da tração diesel em Portugal.