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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    Carter Anderson . O ministro da Cultura, Gilber- to Gil, anunciou ontem que o crítico e cineasta Orlando Sen- na será o secretário nacional de Audiovisual. Depois de qua- se ter desistido do cargo, por sentir-se pressionado a no- mear petistas, Gil chama para o governo mais um nome liga do ao PT: subsecretário esta- dual de Audiovisual na gestão da governadora Benedita da Silva, Senna coordenou o semi- nário nacional feito pela equi- pe de transição, no qual foram debatidas as prioridades para o setor. Gil disse que, até o fim da semana, antes da viagem da equipe ministerial ao semi-ári- do nordestino, deverá anun- ciar o nome do novo diretor da Biblioteca Nacional. 8. O PAÍS Segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 NOVO GOVERNO: O cineasta Orlando Senna, ex-auxiliar de Benedita, será o secretário nacional de Audiovisual buat Gil anuncia mais um petista no ministério Centro ligado à Funarte formará especialistas em captação de recursos e implantação de projetos culturais Sérgio Borges - Ainda não fiz o convite pessoal a ele, mas já mandei a notícia para o Orlando Senna. Tenho a impressão de que até amanhã (hoje), isso estará de- cidido. A indicação parece tranqüila. A aceitação também parece tranqüila, mas tenho que bater o martelo com ele - afirmou Gil, durante visita às quadras das escolas de samba Mangueira e Império Serrano, que estão sendo reformadas com recursos do ministério. Projetos prioritários serão elaborados em dois meses Gil disse que nos próximos dois meses se dedicará com sua equipe a elaborar projetos que, segundo ele, marcarão o inicio de sua administração. Uma das prioridades, adian- tou o ministro, será a criação de um centro nacional de for- mação de gestores de cultura, sediado em São Paulo. O obje- tivo, explicou o ministro, é re- crutar pessoas e capacitá-las para a captação de recursos e a implantação de projetos cul- turais. O centro deverá ser ad- ministrado pela Funarte, que será dirigida pelo ator Antonio Grassi, ex-secretário estadual de Cultura do Rio. - Gestores de cultura são agentes ligados às comunida- des, as unidades administrati- vas municipais, estaduais ou federais, que vão criar projetos com a comunidade; vão se ca- pacitar para captar recursos e implantar atividades artísticas e culturais - explicou. Apesar da restrição orça- mentária imposta pelo presi- dente Luiz Inácio Lula da Silva, Gil disse que pretende ampliar os projetos que o ministério desenvolve com as escolas de samba. Na companhia de seu antecessor, Francisco Weffort, e da secretária estadual de Cultura, Helena Severo, Gil co- nheceu ontem as iniciativas que sua pasta financia na Man- gueira e na Império Serrano, orçadas em R$ 1,025 milhão. Do total, R$ 785 mil são do mi- nistério e o restante foi capta- do com patrocinadores. Centros culturais nas escolas de samba Na Mangueira, as reformas incluem a instalação de um te. to retrátil, que permitirá à es- cola ensaiar na quadra, ao ar li- vre. Está sendo reformado um prédio do IBGE, onde em seis meses será instalado o Centro Cultural Cartola, com ativida- des e cursos voltados para a comunidade, entre elas a cria- cão de uma orquestra. Na Im- pério, a quadra está ganhando tratamento acústico e novos ventiladores. Gil comprome- teu-se a se esforçar na capta- ção de mais R$ 1,5 milhão, ne- cessários para a execução da segunda fase do Centro Cultu- ral Cartola. O ministro disse que pretende transformar as escolas em centros culturais. - As escolas de samba ja são centros culturais. O que precisa? Que se incorporem a esses embriões, que vêm cres- cendo ao longo das últimas dé- cadas, as visões mais modernas de centros culturais. Que se adicione uma série de novos projetos, de atividades, de pro- cessos. A gente precisa comple- mentar as escolas de samba pa- ra que se tornem centros cultu- rais mais modernos e comple- tos - disse, NO GLOBO ON LINE: Mais fotos da visita de Gil www.globo.com.br/pais Ministw gil O GLOBO GIL BEIJA dona Zica, na Mangueira: a quadra da escola ganhará um teto retrátil para ensaios ao ar livre Chope, chinelos e informalidade • De sandálias de couro, calça, camiseta e blusa brancas, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, cantou, sambou e distri- buiu beijos na primeira visita a projetos financia- dos por sua pasta. Na quadra da Mangueira, Gil deixou claro que a infor- malidade em sua gestão não se limitará às rou- pas. Ao lado do presiden- te da escola, Álvaro Cae- tano, ele não vacilou ao ouvir os apelos dos fotó grafos, que lhe pediram para não ficar estático, enquanto era fotografa- do. Começou a sambar diante de Caetano Na sede do Império Serrano, segunda etapa da visita, Gil quis conhe- cer todas as dependên- cias da quadra. Após uma rápida conversa re- gada a chope, Gil e os di- retores da escola impro- visaram uma roda de samba, cantando o sam- ba-enredo da escola des- te ano: "Onde houver tre- vas, que se faça a luz". Gil recusou educada- mente o segundo chope, dizendo que era cerv jeiro de um copo só, pa- ra depois confessar: - Rapaz, bateul Im- pressionante, tomo dois, três copos de uísque e não acontece nada. Mas basta um copo de chope e eu fico meio assim. Gil disse que aos pou- cos vai se acostumando à vida de ministro: - Não é tão diferente assim, não. Estou numa atividade na minha área. Eu estou me acostuman- do com a palavra minis- tro, com terno e gravata.
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