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LUIZ CARLOS AZEDO
DO CORREIO BRAZILIENSE
Gilberto Gil
: Diário de Pernambuco - Recife
Política
01/08/2008
A dança dos ministros
Paulo de Araujo/CB/D A Press - 3/5/06
em o presidente
Luiz Inácio
Lula da Silva a desejar, come
cou a reforma ministerial que
costuma ocorrer após as eleições
municipais. A saída de Gilberto Gil
da Pasta da Cultura retoma o proces
so iniciado com a substituição de se
nadora Marina Silva, que pediu de
missão, pelo ecologista Carlos Minc
no Meio Ambiente. Três ministros
já estão na berlinda: o da Saúde, Jo-
sé Gomes Temporão, o da Fazenda,
Guido Mantega; e, agora, o das Re
lações Exteriores, Celso Amorim,
que amargam desgastes políticos
por causa do próprio desempenho.
Lula não gosta de substituir auxi-
liares, como demonstrou ao susten-
tar ao máximo o ex-ministro da De
fesa Valdir Pires, que acabou trocado
por Nelson Jobim. Mas também não
é de segurar alça de caixão. O ex-mi-
nistro chefe da Casa Civil José Dir-
ceu que o diga. A bola da vez na Es-
planada é Temporão, cujo desempe
nho aftene da pasta frustra as ex-
pectativas presidente. Temporão
apostou numa agenda considerada
negativa pelo governo: a legalização
do aborto, a liberação das pesquisas
com células tronco e a transformação
dos hospitais públicos em fundações,
dentre outros temas polêmicos.
A maior irritação de Lula é com
o fato de que Temporão lança pro-
postas no ar e depois não as execu-
ta. Na reunião dos ministros da área
social, Temporão levou um pito pre
sidencial porque pediu a liberação
de verbas para uma campanha pu-
blicitária. Segundo Lula, se o proje
to fosse realmente importante, não
precisaria da campanha, teria a ade
são da mídia. No Congresso, a ani-
mosidade contra o ministro é gran-
de. Temporão assumiu muitos com-
promissos com a cúpula da legenda,
mas a burocracia do ministério bar-
ra a execução dos acordos conside
rados fisiológicos e clientelistas.
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O desgaste de Mantega junto a Lu-
la decorre de suas previsões erro
neas na Fazenda. O ministro mante
ve uma longa queda de braço com o
presidente do Banco Central, Henri-
que Meirelles, mas perdeu a bata-
lha porque subestimou a inflação.
TEMPORÃO (SAÚDE) APOSTA NUMA AGENDA NEGATIVA E DESAGRADA O GOVERNO
de muito do presidente do Supre-
mo, Gilmar Mendes, relator do pro-
cesso contra Palocci por causa da
quebra do sigilo de um caseiro.
Foi atropelado pelo impacto da cri-
se nos EUA e seus reflexos na econo-
mia mundial. As medidas que ado-
tou para segurar aos preços foram in-
suficientes. A salvação da lavoura foi
o BC elevar a taxa de juros. Lula já
sonha com o retorno do ex-minis-
tro
Antonio Palocci ao posto de mi-
nistro da Fazenda. Hoje, isso depen-
Celso Amorim entra na lista por
causa do fracasso da Rodada de Do-
ha, que jogou por terra todos os es-
forços pessoais de Lula para conso-
lidar sua política externa.