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CLIENTE: Gilberto Gil VEICULO: Folha de S. Paulo - SP CLIPPING SEÇÃO: Ilustrada/Acontece DATA: 12/12/2007 CCBB leva às telas o Rei, Magalecia. Mostra Cinema de Estrelas apresenta em São Paulo 14 longas-metragens protagonizados por astros da música popular Divulgação Gêneros diversos e nível desigual dos filmes marcam o ciclo, que apresenta obras como o tosco 'Ela Tornou-se Freira', com Teixeirinha JOSÉ GERALDO COUTO COLUNISTA DA FOLHA O casamento entre o cinema e a música popular no Brasil re- monta aos musicais carnava- lescos dos anos 30 e às chan- chadas das décadas seguintes. Se no mais das vezes a música esteve a serviço do cinema, na mostra Cinema de Estrelas, que começa hoje no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, a equação se inverte: são 14 longas-metragens que servi- ram de veículos a astros da mú- sica popular. Os géneros são os mais diver- sos: do gauchesco Teixeirinha ao tropicalista Gilberto Gil, do iê-ie-ie romântico de Roberto Carlos ao disco-brega das Me- lindrosas, passando pelo caipi- ra "autêntico" de Tonico e T- noco e o sertanejo "bastardo" de Milionário e Zé Rico, tem um pouco de tudo. A qualidade cinematográfica, naturalmen- te, é desigual ao extremo. Os longas que Roberto Farias fez com Roberto Carlos na vira- PÁG.: E8 da dos anos 60 para os 70, por exemplo, permanecem como a tentativa mais feliz de criar en- tre nós um cinema pop voltado para o público jovem urbano. A influência dos filmes que Ri- chard Lester realizara antes com os Beatles é evidente, mas devidamente canibalizada. Já o melodrama musical in- fanto-juvenil "Vamos Cantar Disco Baby" (1979), com Gret- chen e as Melindrosas e dirigi- do pelo veterano J. B. Tanko, é um óbvio caça-níqueis, mais ou menos na linha dos filmes da Xuxa, e sobrevive apenas como curiosidade de época. Ou não: talvez tenha virado cult. Mais divertidas são as aven- turas melodramáticas de Tei- xeirinha, cantor gaúcho de su- cesso em seu tempo. Em "Ela Tornou-se Freira" (1972), uma quadrilha forja o adultério do idolo para arruinar o casamen to dele. A esposa entra para um convento, e Teixeirinha tem de recuperar a amada e dar umali ção nos bandidos. A realização Cena de "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura', de 1967, que está na mostra é tosca, mas quem se importa? Um caso singular é o de "Es- trada da Vida" (1981), tentativa frustrada de Nelson Pereira dos Santos de aderir ao imaginário popular em torno da dupla Mi- lionário e Zé Rico. Vale con- trastar com a eficiência confor- tável de "2 Filhos de Francisco" (ausente da mostra). DESTAQUES >> "Estrada da Vida", de Nel- son Pereira dos Santos (1981), com Milionário e Zé Rico. Hoje às 17h, e sáb. (22), às 15h >> "Amante Latino", de Pedro Carlos Roval (1979), com Sid- ney Magal. Hoje, às 19h, e sáb. (22), às 19h >> "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de Roberto Farias (1968). Amanhã, às 15h, e sáb. (22), às 17h >> "Corações a Mil", de Jom Tob Azulay, 1983), com Gil- berto Gil. Amanhã, às 19h, e dom. (23), às 19h >> "Ela Tomou-se Freira", de Vanoly Pereira Dias (1972), com Teixeirinha. Sáb.(15), as 19h, e sex. (21), às 19h >> "Sertão em Festa", de Os- valdo Oliveira (1970), com Tião Carreiro & Pardinho Sex. (14), às 17h, equa.(19), 17h MOSTRA CINEMA DE ESTRELAS >>Quando: de hoje a 23/12 >> Onde: Centro Cultural Ban- co do Brasil (r. Álvares Pen- teado, 112, tel. 3113-3651, www.bb.com.br/cultura) » Quanto: R$ 2 e R$ 4