bre diferentes entre monitor e P.A. En-
tão, ele dobra via cabo y os canais criti-
cos para ele, que são vozes, sopros e
teclados. No restante, utiliza a equaliza-
ção feita por Kalunga
Lazzaro esclarece que entre os fato-
res externos que influem no som do
monitor de um trio estão as voltas do
P.A. proporcionadas pelo trajeto. "Eu
tenho um sub no piso, então meu mo-
nitor não precisa de grave, ele tem que
ter um realce de média-alta para com-
pletar o som que volta das paredes e
que já está no piso". Entre as soluções
apontadas por ele para amenizar os
problemas de monitoração nos trios
está o ear phone, que facilitou a vida
dos técnicos que o utilizam em conjun-
to com os monitores de chão. Já para
Batata, o ear ajudou em parte. Com re-
lação ao palco, seus músicos não sen-
tem diferença, pois a maioria usa ear
phone, então o som é basicamente o
mesmo do show de palco. Mas Danie-
la, por problemas de adaptação, conti-
nua utilizando os monitores de chão.
A linha TIP/TECHVOX é especial
para grandes sistemas, especial-
mente para subgraves, graves e
médio-graves. Foi essa a linha utili-
zada nos trios Maderada, Expresso
2222, Caetanave e Timbalada. Se-
gundo medições efetuadas confor-
94 www.backstage.com.br
me Norma IEC 268-3 com o amplifi-
cador de potência chaveado para
ganho de 40x, esses amplificadores
apresentam, entre outras caracte-
rísticas, túnel dissipador de calor
com grande massa de alumínio e
aletas com microrranhuras longitu-
dinais, refrigeração por microven-
tilador de alto desempenho; utiliza-
ção de transistores ultra-rápidos e
amplificadores operacionais de bai-
xo ruído, montados em classe H,
com baixa realimentação negativa,
possibilitando alto slew rate (veloci-
dade de resposta): 35 V/ms, e bai-
xíssima distorção harmônica; delay
com relé: 5 segundos (proteção
"Daniela usa dois monitores nas late-
rais, não usa in ear, pois não se adap-
tou ao som, e também, como dança
muito, o body pack acaba incomodan-
do", revela. Quanto à mixagem de Da-
niela, é relacionada ao som do P.A.
também. "Nos monitores ela escuta,
além de sua voz, teclado, metais, gui-
Trio elétrico você não
resolve, você convive
com o problema
Ciclotron nos Trios
tarra, os instrumentos de percussão,
bateria e baixo".
Apesar de adepto dos monitores de
ouvido, Lazzaro aconselha que eles se-
jam utilizados com cautela pelos profis-
sionais. Segundo o operador, um ear
phone pode chegar a um pico de 120
dBs, o que o torna uma arma, se mal
utilizado, podendo ser até mais perigo-
so que um palco cheio de monitores.
"Pesquisando, cheguei a www.hearnet.
contra transientes de acionamento
do aparelho para os alto-falantes);
proteção dos alto-falantes contra
tensão DC na saída do amplificador
de potência (DC); proteção do am-
plificador de potência contra curto-
circuito ou sobrecarga na saída
(OVERLOAD); proteção dos relés de
saída quando estes forem
desenergizados com carga; LIMI-
TER: limitação do ganho do amplifi-
cador de potência (compressão) em
função do sinal de entrada, modu-
lando a dinâmica do sinal dentro da
capacidade total do aparelho, man-
tendo a distorção dentro de 2% má-
ximo, mesmo em condições de ex-
trema excitação, com sinais até 10
dBs acima da sensibilidade de en-
trada para que o amplificador che-
gue à potência máxima. Este recur-
so aliado à fonte de alimentação
aumenta a potência musical útil do
amplificador de potência em até
100%; suporta grande variação de
tensão da rede AC: 220 V = mini-
mo: 165 V / máximo: 242 V.
• Dados obtidos com Neutrik A2
(Audio Test & Service System)
com, uma página que foi criada por
uma vítima do alto volume nos palcos
de rock dos anos 80, a baixista Kathy
Peck, da banda Contractions, de punk
rock. Ela sofreu uma lesão durante um
show que praticamente acabou com
sua carreira", adverte. Para Lazzaro, se
essas coisas não forem divulgadas, os
operadores estarão criando uma gera-
ção de artistas surdos. "Com o advento
dos monitores de ouvido, os técnicos
têm que esclarecer os músicos e
aconselhá-los a visitar um otorrino re-
gularmente"
Os trios não podem ser cobertos,
porque precisam respeitar um limite
de altura devido à fiação da cidade,
Nos projetos atuais de trios elétricos
esse limite está esgotado. Graças a
isso, nos dias de chuva, os proble-
mas do operador de monitor aumen-
tam. A lona colocada para proteger
os equipamentos, somada à volta das
laterais, deixa o som como se esti-
vesse sendo feito dentro de um barril.
A solução paliativa é baixar o volume
para não dar microfonia. Outro pro-
blema é a utilização de microfones
sem fio. Em um evento transmitido
por TVs e rádios, e mais um tanto de
pessoas utilizando UHF, fica difícil es-
tabelecer uma freqüência que não vá
receber interferências. Isso limita a
utilização do microfone sem fio du-
rante o carnaval por causa da confu-
são de freqüência. "Por mais que você
verifique, na hora tem a polícia, a se-
gurança do bloco, e mais um monte
de gente utilizando UHF", justifica
Lazzaro. Segundo ele, o ear phone
ajudou muito nos trios elétricos por-
que, hoje em dia, dá para mixar sem
brigar com a microfonia. "Trio elétri-
co você não resolve, você convive
com o problema", finaliza. N
Colaborou nesta matéria Luizi-
nho Mazzei, técnico de gravação e
operador de monitor do Jota Quest,
que já operou trios elétricos por
cinco anos
Para saber mais
www.ciclotron.com.br
www.monitorland.com.br
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