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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    larga não é para mim. É para esse probu eu já estava vivendo CLIPPING SERVICE CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: Diário da Região - S. J. do Rio Preto SEÇÃO Vida & Arte DATA: 14/11/2008 Igor Galante orgedriweb.com GIL POR INTEIRO . soola Gilberto Gil, que faz show hoje em Rio Preto, se revela nesta entrevista exclusiva ao Diário da Região Ferdinanda Ramos 13/11/2005 PÁG.: 1C osse uma Cláudia Leitte, não seria espanto. Mas dois shows de Gilberto Gil em Rio Preto no mesmo ano, é bem o tipo de coisa que não se repete. Depois de se apresentar em margo no Sesc, cle retorna, desta vez para uma apresentação no Monte Libano, hoje, em turne patrocinada por uma empresa dete- lefonia. O que diferencia esses dois momentos é que, há oito meses, Gil ainda não havia lançado "Banda Larga Cordel", seu primeiro disco de inéditas em llanos (e que dá no- me a essa turne). E naquela época, ele ainda era ministro O disco leva adiante o interesse do artista pela integração do ho- mem com as novas tecnologias, al- go já identificado a partir de alguns discos da década de 90, como "Para- bolicamar" e "Quanta". No show, ele canta 21 músicas, das quais a me tade é de "Banda Larga Cordel", canções como "Não Grude Não", "Despedida de Solteiri", "A Facne o Queijo". O restante celebra a obra consagrada do artista Ontem, Gil recebeu a reporta- gem do Diário para uma entrevista exclusiva. Chegou vestindo uma ca- miseta em homenagem ao presiden- te eleito dos EUA, Barack Obama, onde lia-se "Barack and roll". Co mopou falando do calor e da primei ra grande amiga que fez em Rio Pre- to, Dinorath do Valle. Depois tudo seguiu assim: ter assumido aquelas responsabili dades, vivido aquelas aflições, as frustrações de não poder fazer o que gostaria de fuer, e de ter frustrado muita gente, ao mesmo tempo ter surpreendido positivamente outras tantas, se refletirá daqui pra frente em mim e no meu trabalho. Gilberto Gil realiza show esta noite na cidade: "Claro, há quem use o palco como mera reprodução do que faz no estúdio. Eu não" Diário - Como você avalia sua atuação à frente do Ministério da Cultura e por que decidiu sair an- tes do término do govemo Lula? Gil - Cumpri misades interes santes, tarefas importantes, provo- quei uma discussão saudável sobre cultura no Pais e estendi essa dis- cussão a amigos de outros povos. Fi- zemos programas interessantes na área do patrimônio histórico, na área das manifestações populares, como o Mais Cultura, os Pontos de Cultura. A nota que cu doua mim é acima da média para passar no exa- me. Acho que o ministério Gil é um ministério que passou na pro- va. E minha decisão de sair foi por causa da minha voz. Estava cansaço vocal muito acentuado, ti- ve de operar, remover um calo, ca recomendaçlo de minha fonoau- dióloga foi que eu diminuísse o uso falado da voz, que é um uso mais exigente, e que normalmente tem mais impacto na qualidade vocal do que o canto. Quando o presiden- se cu Diário. Mas você sente que, pa ra você, é esse o caminho? vida. Mas quando sal daquele pal- , alguma coisa ti- nba se modificado 00, experimentar, saber que o públi- co vem para o show conhecendo as meira vez que pisou no palco? eles (os artistas) têm de pensar é em músicas etc. Essa é uma forma. Ou- Gil - Sim, foi aos nove, dez anos que medida querem interessar seu tra coisa é fazer espontaneamente, de idade. Eu estudava na escola de público pelo seu trabalho de dife- cantar uma canção nova para um acordeon e me lembro da agonia rentes maneiras, absorver as dire público que nunca ouviu aquela que foi para mim tocar na festa de ções que esse público está tomando canção. Era assim que a gente fazia fim de ano. É um dos momentos etc. We 20 anos nós gravávamos dis antigamente. As pessoas iam para o dos mais inesquecíveis que tenho cos. Hoje estamos postando músi. show ouvir os artistas cantarem na minha vida, porque foi uma das cas, baixando pela internet. nio necessariamente as músicas maiores aflições que eu já passei. que já fossem conhecidas. Hoje, ape- Uma coisa só com- Diário da Região - O públicosar de tudo, ainda resta a possibili- parável a outras pode esperar por um show bem di- dade de fazer experiências. Mas os grandes dores mo- ferente em relação ao repertório, meninos, os artistas de hoje, eu per- rais que eu tive na comparado ao de março, no obo que a maioria se sujeita às re- Sesc? A gras do mercado. Pouca gente arris- cu Gilberto Gil - Potica diferença. ca, se aventura, sai do que é correto, co Naquela ocasião, ainda não tinha economicamente correto (risos). lançado o disco, mas estava experi- AL mentando as canções novas. Agora há duas novas a mais e algumas mo- dificações nas músicas antigas. Diário - Mas as canções no- vas tomam metade do show. Não sou é um risco, considerando que grande parte do público que vai ao show espera pelo repertório consagrado? Gil - Essa é uma questão de perspectiva. Com o pragmatismo que perpassa todas as coisas boje, você tem no mundo contempora- nco essa coisa de que tudo tem de funcionar segundo uma perspecti- va já estabelecida, tudo tem de se guir uma pesquisa de mercado (ri- Sos). Se você se sujeita exclusiva- mente as regras de mercado, então sim, é melhor primeiro lançar o dis- problema. Ele me pediu para fi- quem ainda não nasceu. Veja que car mais um tempo. Fiquei mais estou aqui com uma banda com um ano. Mas o ministro no podia quatro guitarras. É uma estridència interromper precocemente a vida enorme, uma coisa de rock and roll, do artista. Para mim, aquele palco barulhenta, uma coisa, enfim, dos que eu estava aos 10 anos chegou meninos, não é uma coisa minha bem antes do ministério (risos) Não faço por mim, faço por eles. E Diário - Sobre seu interesse para construir pontes. Inclusive pe pela ciência e pelas novas tecnolo Tao meu público mais velho enten- gias, ele é anterior aos anos 1990? der que eles têm jovens em casa, Gil - Ainda na prisão eu que precisam ser contemplados, crevi "Futurível", uma música atendidos nos seus gostos, nas suas que já falava dessa questão da fantasias, nas coisas que almejam. mutação a partir da ciência, as Não precisaria Gil - Acho que A vida é à esquerda, não é à direita mutações que vão sendo propor- das invenções, permain tema di: A vida pia é conservador, é trans cionadas ao ser humano. E mas eu gosto recentemente sim, houve mensão experimen não do democrata, niko o republicano. A zajamento Correamar ouan esse ciclo mais evidente de en- completamente. E de fazer talista do que de vida é Barack Obama (risos). ", "Quan- uso profissional ta", "Pela Internet", e agora o são que foi ali que porque as Eu tenho 66 anos, Diário - Sobre ele, o que "Banda Larga Cordel". o . nossas tenho uma carreira achou de sua eleição? Será que consolidada. O ele vai dar conta de atender à Diário - Na sua opinião, qual obrigações não mais tranquilo pa imensa expectativa que o mundo foi a conquista tecnológica mais são só conosco ra mim seria sair deposita nele? significativa para o homem? com meu violão Gil - O avião. Para mim é isso, embaixo do braço é voar. E hoje o homem já furou a e dizer: "Aqui es órbita terrestre com seus engenhos voadores e foi para a Marte, man- Diário - Em tou eu com meu dou sondas para descobrir se látem um dos shows dessa tume o públi- violão, quem quer me ver, quem água, se tem vida. É essa coisa de co recebeu fitinhas do Senhor do quer me ouvir?" Não precisaria de şair para o universo, as asas de Bonfim com um código que dava nada dessas coisas novas, das inven Icaro... essa força transformadora acesso a duas canções do novoções, dos experimentos, mas eu gos- do homem através da técnica disco em mp3 e um ringtone. Es- to de fazer porque as nossas obrigat sa deve ser a postura do artista noções não são só conosco, classe dão Serviço Gilberto Gil - Banda Larga Cordel. século 21: descobrir formas criati com as outras pessoas, especialmen- Hoje, as 22h, no clube de campo do vas de fazer sua obra chegar, lan- te com as gerações. O presente é Monte Libano, Pista: RS 60 inteira) e çando mão das novas ferramen- uma plataforma para o futuro. Eo R$ 30 (meia, para estudantes e para quem levar 1 kg de alimento) Area tas? futuro não sou eu. São meus filhos, vip: R$90 (inteira) e R$ 60 (meia) Gil-Não é obrigatório, uma re- meus netos, seus sobrinhos. A ban- Informações (17) 3227-5119 cu virci artista. Cla to, tem quem use o palco como mera Diário. Ainda sobre o palco, eu tenho a impres- o que estar nele significa? Gil - Fazer a coisa que cu mais gosto, que é cantar e tocar. Mas cos- tumo dizer que o primeiro público eu, a primeira pessoa para quem eu canto e toco sou eu. Estava fazendo isso agora mesmo ali no quarto do hotel. Eu ouço, toco e através de mim eu tento interpretar que seria um gosto universal. En tio quando subo no palco eu estou, na verdade, fazendo essas duas coi- sa tocando para mim e tocando pe raos outros, e em conjunto eu e eles reagindo aquilo que eu faço. É o úni- co meio de veicular minha dimen- são artistica. O palco tem ainda uma certa verdade, que é exclusiva. A verdade do estúdio é outra reprodução do que faz no estúdio. Eu não Gil - Acredito que não, mas é como Lula: vai atender a outras ex- pectativas, vai transformar essas ex pectativas. Porque Obama é um arauto, um cavalo, uma encarnação da transformação. O slogan dele era "change", mudança. O espírito de le écomo o meu, está aí a serviço da transformação, do Tempo-Rci. Diário - No seu caso, de que maneira a experienca como politi- co modificou o Gil artista? Gil-Não sei, é dificil foressa transposição. Não sei até que ponto
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