CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO
: DCI - SP
SEÇÃO: Shopping News
DATA:
30/10/2009
Mostra destaca
produções do
cinema nacional
Sinônimo de festival com lon-
gas-metragens internacionais va-
liosos, a 33. Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo também
merece as honras ao ser lembrada
porvalorizar a produção nacional.
No evento, que termina agora, dia
5 de novembro, em várias salas da
capital paulista, um dos destaques
éasessão especial Memória Brasi-
leira, porexemplo.
Na lista de filmes, figura a exibi-
ção da obra da diretora Suzana
Amaral "A Horada Estrela", cujoro-
teiro é baseado no romance de
Clarice Lispector, ecomo excelen-
te ator José Dumont. Roterizado
por Suzana, em parceria de Alfre-
do Oroz, o drama apresentado em
1985 conta a vida de uma imigran-
te nordestina, que trabalha como
datilografanumaempresa peque-
na. Semianalfabeta, ela conhece
um conterrâneo que vive como
metalúrgico, e os dois começam
um desajeitado namoro.
Entre os documentários nacio-
nais, um que tem sido disputado
nas salas que têm filmes da Mostra
é "Alô, Alo Terezinha", que estreia
hoje, agora em circuito comercial.
Dirigido por Nelson Hoineff, o
longa apresenta várias situações
de um dos mais famosos e carica-
tos apresentadores da televisão
brasileira, o eterno Chacrinha, no-
me artístico de Abelardo Barbosa,
o Velho Guerreiro. Que sempre es-
teve na tevê com tudo, e nunca es-
tava prosa, com perdão do troca-
dilho infame-masinevitável!
Fenômeno da comunicação te-
levisiva nacional, Chacrinha en-
cantougerações inteiras com uma
irreverente e extravagante perso-
nalidade, que sempre foi associa-
da a uma visão inovadora do atual
formato dos programas televisi-
vos de auditório. É dele o status de
criador de boa parte dos bordões,
além de ter sido responsável pelo
lançamento de inúmeros artistas
que conquistaram o imaginário
brasileiro, entre eles as antigas
chacretes, e cantores como Rober-
to Carlos, Gilberto Gil, Wanderléia,
Ney Matogrosso e Fábio Jr.
Cheio de imagens arquivadas e
interessantes, o filme alterna
nas de programas do Chacrinha e
depoimentos atuais, traçando pa-
ralelo entre as épocasemostrando
orumoquetomaramos diferentes
integrantes de seus programas.
Totalmente introspectivo, e co-
mo um chacoalhão sobre a reali-
dade dos moradores de São Paulo,
o longa "Solo", de Ugo Giorgetti,
chama a atenção. Monólogo es-
trelado por Antonio Abujamra, o
filme é feito como se ele falasse
com o público e consigo mesmo,
no estilo de uma confissão. Como
arenfático quelhe épeculiar, Abu-
jamra tira o fôlego de quem assiste
aobra, como alguémqueentregaà
câmera e aos espectadores medos
eangústias profundas.
Para quem busca certa reden-
ção, pois apresenta um tipo de tes-
temunho de um homem de
meia-idade, morador de um bair-
ro nobre e que vive na maior me-
trópole da América Latina, com
seus devaneios e em meio a crises
existenciaisepesadelos.
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Retrospectiva
Vencedordeuma Palma de Ouroe
um prêmio do júri ecumênico em
Cannes por "A Eternidade e Um
Dia", o diretor grego Theo Angelo-
poulos ganhou uma retrospectiva
de sua extensa obra na 33a Mostra
Internacional de Cinema, em São
Paulo. Ocineasta, que também di-
rigiu , entre outros, "Paisagem na
Neblina”, apresentou esta semana
seu novo longa, "Trilogia II - A
Poeira do Tempo", segunda parte
da trilogia iniciada com "Trilogial
-O Valedos Lamentos".
Para fãs de Michael Jackson, já
está em exibição o documentário
sobre os ensaios para os últimos
Seguindo o estilo imprevisível
de Abelardo Barbosa, o filme é
homenagem ao Velho Guerreiro,
homem à frente do seu tempo
shows do cantor. Denominado
"This is It", o filme estáem exibição
em3.500 salas nos EUA, eno Brasil,
a Sonyéa distribuidora.
Evento
Entre 4 e 5 de novembro, o Senac
São Paulo e a Revista de Cinema
trazemo 2°Fórum de Produção de
Cinema, primeiro evento brasilei-
ro dedicado inteiramente a cria-
ção, técnicasetendências derotei-
ros cinematográfico, televisivo e
novos meios. O fórum reunirá ro-
teiristas como Di Moretti ("Nossa
Vida não cabe num Opala"),
Newton Cannito ("Cidade dos Ho-
mens"), Thiago Dottori (minissé-
rie "Antonia") e Carolina Kotscho
(“2 Filhos de Francisco").O objeti-
vo é discutir conhecimentos da
área e a função do profissional na
indústria do audiovisual.
CAMILA ABUD
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