Cinema: As
origens dos filmes
sonoros na
Mostrario.4
O GLOBO
SEGUNDO CADERNO
SÁBADO,27 DE SETEMBRO DE 1997
CENA DE SEVEN for a secret over to be toler" da companhia belga Ultima Vez, dirigida por Vandekeybus, que se apresentará no Teatro Carlos Gomes nos dias 13 e 14 do procimo més
Adriana Pavlova e Roberta Oliveira
coreógrafo multimidia Wim
Vandekeybus é um daqueles
criadores que conseguem des
pertar com a mesma intensida-
de reações extremadas de amor e odio.
0
Teia de
Eo público carioca afeito à dance-teatro
sabe muito bem disso. Nas duas vezes
que passou pela cidade, ambas no Carl
ton Dance Festival, o lider da compa
nhia belga Ultima Vez recebeu aplausos
incansáveis e valas retumbantes. Pois
bem, Vandekeybus esta de malas pron
las para voltar a polemizar em palcos
do Rio. Ao lado do diretor alemão natu-
ralizado francês Matthias Langholt, seu
grupo é um dos principals destaques da
segunda edicho do Rio Cena Contempo
Tanea, que movimentará a cidade dos
dias 13 a 19 de outubro
olicial do evento, anteontem, no Centro
de Arte Hélio Oiticica.
Dois diretores brasileiros criaram es-
petáculos especialmente para o Rio Ce-
na Gabriel Villela estreia no dia 17, no
Teatro Glória, a peça "Morte e vida se
verina", de Joto Cabral de Melo Neto,
enquanto Hamilton Vaz Pereira apresen
tará , nos dias 14, 15 e 16, "Ulva e voch
fera", no Teatro I do Armazém
Ainda entre as atrações internacio-
nais, que somam grupos de oito paises,
se destaca a companhia Les Arts Sants,
representante do novo circo francês,
que montar um imenso trapézlo nos
Arcos da Lapa. Além dela, o performer
espanhol Marcelli Antunez Roca, ex-li-
der de La Fura dels Bauls, vai inaugurar
com o espetaculo "Epizoo" um novo pal.
co no Armazém, centro aglutinador do
evento. Paralela a programação dentro
da série Encontros no GLOBO, está pre
vista a palestra do diretor Han Bakker,
do grupo holandes Dogtroep. dia 14. no
auditorio do jornal
Coreógrafo diz que usa dança
e teatro no novo espetáculo
A trupe bela de Vandekeyhus desem
barcará com o desafio de abrir o Festi
val Internacional de Teatro do Rio, com
duas apresentações no Teatro Carlos
Gomes, nos dias 13 e 14 de outubro, tra
zendo na bagagem a mais recente cria
ção do coreógrafo. Seven for a secret
never to be told" ("Sete para um segre
do que nunca será revelado"), que es-
treou em Barcelona em julho, é mais
uma mistura de dança e teatro deste co-
Teógrafo que insiste em chamar seus
bailarinos de atores
-Eu não acredito que o movimento
da dança e o elemento teatral possam
estar separados -diz ele ao GLOBO. -
Eu dirijo os bailarinos como atores, e,
ao mesmo tempo, o ator que escolho
deve ter uma intuição forte para criar os
movimentos da coreografia. Em "Se
ven."a estrutura
coreografica e teatral,
mas a maioria das cenas e dançada
enigmas
viscerais
Wim Vandekeybus é destaque do
Rio Cena Contemporânea
A Ultima Vez abrirá caminho para
mais 14 atrações, que durante os sete
dias de festival vão se dividir entre os
teatras Carlos Gomes e Glória, os tres
palcos do Armazém da Praça Maua e
ainda em apresentações pelas ruas da
cidade. Enquanto o coreógrafo belga
abre o evento, cujos organizadores es
peram repetir o sucesso do ano passa
do, o grave finale estará a cargo da com-
panhia de Langholt, com o espetáculo
lle du salut", baseado na novela "Naco
lônia penal", de Franz Kafka. Com o pa
trocinio do Banco Real, foram investi-
dos R$ 700 mil no festival.
-Com esta segunda edição, o Rio Ce-
na entra definitivamente para o calendá
rio cultural da cidade - disse Helena
Severo, secretaria municipal de Cultura,
durante o lançamento da programação
Vandekeybus usa movimentos
Viscerais para falar de crendices
Vandekeybus comemora os dez anos
de sua companhia refletindo sobre a
manla de superstições, num espetáculo
quase nada multimidia, uma das carac
Serentes
de do
coreógrafo. "Seven for a secret never to
be told" trazos habituals movimentos
viscerals das obras do belga para tratar
de temas como medo e crendices.
- A peça é inspirada numa rimairlan-
desa recitada por supersticiosos - diz
ele. - Os versos funcionam como um
dicionário para as sete partes da coreo
grafia. Ha desculpa, alegria, garota,
roto prata, ouro e segredo. Conecteic
da palavra a um bailarino e ainda há um
mestre-de-cerimônias e um bailarino-
pássaro.
Di: Nova geração
de artistas discute
a importância do
pintor hoje. 12
Bach e Parabelo
Grupo Corpo
mostra evolução
em obra inspirada
Barbara Heliodora
DANCE Volta o Grupo Corpo
o
ANGA ao Teatro Municipal
CRÍTICA com um belo program
ma que começa com
"Bach' e se completa com o novo
"Parabelo". O trabalho de Marco
Antonio Guimarães, que passein
com intimidade pela obra de Ba
ch, lez Rodrigo Pederneiras criar
uma coreografia em si polifonica,
com os conjuntos divididos em
grupos vivendo as varias vozes,
unindo-se e separando-se com
-
harmonia na diversidade. A ceno
grafia de Fernando Velloso e Pau-
lo Pederneiras tem o despois
mento de Bach, do mesmo modo
que os figurinos de Preusa Zech
meister, as malhas justas que
variam
de cor. Conhecido do po-
bico, "Bach" fol recebido com en
tusiasmo
"Pas-de-deux" é um dos pontos
altos da apresentação
Mas era o novo "Parabelo" que
todos esperavam, e o trabalho
correspondeu amplamente a ex
pectativa. A química da mistura
de Tom Zé com José Miguel Wis
nilik fol perfeita com a cenografia
de Velloso e Paulo, assim como
os figurinos de Zechmeister cola
borando para servir aos valores
Diksicos dos ritmos e cantos co:
lhidos no Nordeste, com cores de
terra que vão do amarelo ao ver
melho e ao marrom. Fortemente
ritmica, a música tem uma singa
sensual, que uma inesperada luz
azul transforma em noite e miste-
rios da natureza. O primeiro pas-
de deux, em particular, é de gran
de beleza, mas toda a coreografia
é inspirada, parecendo ampliar o
vocabulario de Rodrigo
Os bailarinos do Corpo ja so
nossos conhecidos, e se ndo os
menciono individualmente e por
que, em conjunto, esses notávels
mineiros superam ate me
seus talentos individuais. "Para-
belo" é ótimo acréscimo ao reper
tório, que no só exibe os talen
tos do conjunto, mas, como sem
pre, mantém em primeiro plano a
intenção contida
em seu nome o
mérito é do Grupo Corpo
Geléia Geral
lança seus
primeiros CDs
Selo de Gilberto Gil e
Celso Fonseca aposta
na pluralidade ritmica
A
Braulio Neto
canção "Eterno deus Mu
dança" era a parceria mais
conhecida
entre Gilberto
Gil e o guitarrista
Fonseca até esta semana: sob os
auspicios de Torquato Neto, os
dois resolveram desfolhar a ban-
deira do novo, retomando as ati-
vidades do Geléia Geral, selo mu-
sical que há dez anos alçou um
võo curto. O tropicalista mais
"Celsinho", companheiro de GII
nos palcos do mundo há 15 anos,
respondem pela direção artistica
da empreitada que, na área exe
cutiva, conta com as esposas Flo-
ra Gil e Malte Quartucci
Tendo a multinacional Warner
como canal de distribuicho, com
panhia com a qual Gil possui um
contrato para mais tris CDs, a Ge-
Mia Geral Inicia suas atividades
botando no mercado os traba-
Thos de estréia da cantora Adria
na Maciel e o grupo Veio Manga-
ba e suas Pastoras Endiabradas
Gil diminui seu peso no selo
- Apenas sugiro nomes dix
modestamente
Uma de suas opções recai so-
bre a indiana Meeta Ravindra 43
anos, que vive em São Paulo e
canta MPB com instrumentos in
dianos. Connepa