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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    ronica em Nova Orleans - A música rege a vida de Nova Orleans, onde tudo é ale- gria. Cresci tocando nas ruas com as marching bands e brass bands. Basta lembrar que Ni- cholas Payton, Leroy Jones, Terence Blanchard, Donald Harrison e Wendell Brunious são de Nova Orleans, sem con- tar o clã dos Marsalis. Segundo ele, a expansão do ensino musical nos colégios e universidades contribuiu para revelar um expressivo número de jovens talentos. - Hoje é muito mais fácil para um jovem aprender músi- ca, os métodos de ensino se desenvolveram enormemente, nos colégios e universidades os alunos recebem instrumen- tos para estudar e praticar. Quando veio ao Rio, May- field ficou impressionado com a semelhança entre os cario cas e o povo de sua cidade Antonio Carlos Miguel N a grande árvore, com todas suas ramifica- ções, da música po- pular, a raiz principal é a africana. Algo que no sécu- lo XX vem sendo confirmado com muito ritmo, do samba ao blues, da rumba ao reggae, do jazz ao maracatu, e que, em ja- neiro de 2001, pautará a pro- gramação da Tenda Raízes do Rock in Rio 3 -Por um Mun- do Melhor. Na noite de anteon- tem, Gilberto Gil recepcionou em seu apartamento em São Conrado Ray Lema, composi- tor e pianista natural do Zaire que atuará como uma espécie de mestre de cerimônias des- se festival paralelo dentro do festival e que, hoje à noite, no Rock in Rio Cafe, participa do anúncio oficial da programa- ção da Tenda Raízes. o Globo Lema diz não ter fronteiras para sua música Lema chegou ao Rio no sá- bado, acompanhado do grupo de músicos marroquinos Tyour Gnaoua. Estes mostra- ram um pouco de sua música para Gil, Flora e convidados como o cantor João Bosco e seu filho e letrista Francisco, o saxofonista Paulo Moura e sua mulher Halina Grinberg, o co- ordenador da Tenda Raízes Toy Lima, o produtor Liminha, o diretor de vídeos Lulu Buar- IRVIN MAYFIELD: "Em nenhuma cidade do mundo encontramos tantos talentos quanto em Nova York" - Os brasileiros são alegres e joviais, muito parecidos às pessoas de Nova Orleans - comenta. - Acredito que os escravos africanos que foram para Nova Orleans e o Brasil eram da mesma tribo. Chego a desconfiar que eles eram em- barcados no mesmo navio, mas para portos diferentes. O trompetista, que vive em Nova York há dois anos, gra- vou sete discos como líder. -Gravei três com Los Hom- bres Calientes. Nos outros contei com os irmãos Wynton e Delfeayo Marsalis, Don Har- rison, Peter Martin e Reuben Rogers. Nós, de Nova Orleans, somos muito unidos. Ainda pouco conhecido no Brasil, Osby começou sua car- reira em 1987 com o trompe- tista Jon Faddis. Depois for- mou a banda M-Base, com o saxofonista Steve Coleman, cuja proposta era desenvolver um novo vocabulário com mé- todos de composição e impro- visação bastante estilizados. – Estive no Brasil por volta de 1984 como parte de um in- tercâmbio de estudantes – diz Osby. - Agora volto para tocar minha música. Osby também tocou com Ja- ck DeJohnette, Andrew Hill e Rodney Jones e Von Freeman. - Tenho 14 discos em meu nome e gravei mais de 200 com outros artistas, incluindo Robin Eubanks, Cassandra Wilson, Jim Hall e Muhal Ri- chard Abrams - lembra. Ray Lema vem mostrar no Rio a raiz Mundo latino vê hoje a entrega principal da música popular mundial do seu Grammy Músico do Zaire e grupo marroquino são recepcionados por Gilberto Gil Rogério Resende/Divulgação Osby tem uma forma pes- soal de harmonizar suas im- provisações e sua música é bastante eclética. Meus discos "3-D lifesty- les" e "Black book" misturam música improvisada não ne- cessariamente jazzística com hip-hop e poesia - comenta. Mas no Brasil vou tocar jazz acústico sem qualquer fusão. Como outros músicos, Osby revela suas influências: - Ao ouvir Charlie Parker pela primeira vez descobri o que eu queria fazer na vida. Outra influência foi Miles Da- vis pelo seu sentido de organi- zação na música, seu faro em descobrir novos talentos e de senvolver sua carreira olhan- do sempre para o futuro. GIL ABRAÇA Ray Lema, que apresenta hoje no Rio a Tenda Raízes que. Acompanhados de um instrumento de cordas típico do Marrocos e de suas palmas, os cinco cantores pareciam entrar num transe similar ao dos terreiros de candomblé. No fim da noite, Lema e Gil juntaram-se para uma música que ganhou também a partici- pação de Paulo Moura no cla- rinete. Lema cantou em "linga- la", dialeto do Zaire. Radicado em Paris há duas décadas, depois de ter enfren- tado problemas políticos no Zaire, Lema tem entre seus discos um trabalho que beira o clássico, "The dream of the Festa em Los Angeles não será transmitida para os brasileiros o mesmo Staples Cen- ter, em Los Angeles, onde foi realizada a festa da última edição do Grammy (o Oscar do disco nos EUA), acontece hoje a pri- meira entrega de troféus do Grammy Latino. A cerimônia de premiação vai ser televisio- nada pela CBS Internacional para diversos países, mas a Latin Academy of Recording Arts & Sciences (Laras), que coordena o evento, não conse- guiu negociar a transmissão com as TVs brasileiras, Das 40 categorias, sete são específicas para a música bra- sileira. Mas alguns artis do Brasil também estão concor- rendo nas principais, junto a gazelle" gravado em 1998 com estrelas do pop latino. Caeta- B uma sinfônica sueca. no Veloso (com "Livro"), dis- - Não acho que estou fa- puta o prêmio de álbum do zendo música clássica. Quis ano com Juan Luis Guerra, usar uma orquestra sinfonica Luis Miguel, Shakira e Carlos como um instrumento, mas Vives: Ivete Sangalo é uma das não me comparo a Beethoven indicadas para revelação, ao e Mozart - conta Lema, que lado do nonagenário cantor está pela primeira vez no Rio cubano Ibrahim Ferrer (revela- mas já tinha se apresentadoção do filme e disco “Buena em Salvador e em São Paulo. Vista Social Club"), do grupo Além desse flerte com o Café Quijano e dos cantores clássico, Lema, que foi o dire- Amaury Gutierrez e Fernando tor musical do balé do Zaire, já Osorio. Já Zizi Possi disputa o gravou nos EUA e é um requi- troféu de melhor interpreta- sitado produtor em Londres, ção feminina pop com "Meu onde trabalhou com a dupla erro", de Herbert Vianna, lan- de reggae Sly & Robbie cada no CD "Puro prazer"..
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