ECONOMIA & NEGÓCIOS
A guerra dos
bancos pelo
CARNAVAL
Bradesco e Itaú travam batalha
de marketing em Salvador
e patrocinam a festa em várias
cidades do País
MILTON GAMEZ
no. Seu logotipo azul
e laranja já pode ser
visto pelas ruas de
Salvador (foto) e irá
brilhar nos circuitos
de Campo Grande,
Barra-Ondina e no
centro histórico. Para
estampar a marca nas
ruas onde só não vai
atrás do trio elétrico
quem já morreu, o
Itaú vai gastar cerca
de RS 2 milhões.
Mas o Bradesco
não ficou de fora e
deu o troco com toda
a elegância: irá patrocinar mais de 20
blocos de afrodescendentes, como o lle
Aiyê e o Filhos de Gandhi. "É um pro-
jeto inovador, que respeita a cultura
e as características naturais dos blo-
cos e viabiliza o Carnaval aberto para
muitos deles", diz Luca Cavalcanti, di-
Bradesco Be Ble
Brades
LIMPU.
D
epois da guerra das cervejas,
chegou a vez de os grandes
bancos medirem forças na
maior festa popular do plane-
ta, o Carnaval. A principal ba-
talha das marcas Bradesco e Itaú será
travada em Salvador, na Bahia, palco
da folia mais animada e incansável do
País - os baianos são sempre os últi-
mos a deixar as avenidas na Quarta-
Feira de Cinzas. Se a estratégia dos
banqueiros der certo, eles continuarão
celebrando por muito mais tempo.
Os dois bancos investiram peque-
nas fortunas para conquistar o cora-
ção e o bolso
foliões. O Bra-
desco, que nos últimos oito anos foi o
grande patrocinador da Prefeitura de
Salvador na festa de Momo, desta vez
perdeu o trono para o Itaú. O concor-
rente, ajudado pelo publicitário baia-
no Nizan Guanaes, da Africa Propa-
ganda, ficou com a cota de patrocina-
dor master do Carnaval soteropolita-
R$ 4,5 milhões estão sendo gastos pelos maiores ban
ISTOÉ/1996-6/2/2008
retor de marketing do
Bradesco. Além dos
blocos, o banco irá co-
lar sua marca verme-
lha em vários trios elé.
tricos, como o Cama-
rote Andante, de Car-
linhos Brown, o Olo-
dum, a Banda Eva e o
da animadíssima Ivete
Sangalo. E estará pre-
sente em camarotes
badalados, tais como o
Expresso 2222, do mi-
nistro da Cultura, Gil-
berto Gil, o Cerveja e
Cia e o Axé Mix.
E o que o Carnaval tem a ver com
bancos, instituições normalmente si-
sudas e conservadoras? Tudo, respon-
dem os executivos que comandam as
incursões nas avenidas e nos camaro-
tes. "O Carnaval é a cara do Brades-
co", diz Cavalcanti. E explica: "So-
CAVALCANTI, do Bradesco:
investimento nas massas
Hide TranscriptShow Transcript