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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

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  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    CLIENTE: Gilberto Gil VEICULO: Gazeta Mercantil - SP SEÇÃO: Politica DATA: 18/08/2008 POLÍTICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Lula pouco fala com equipe de ministros Dificuldade de comunicação e consequência do gigantismo do governo KARLA CORREIA BRASILIA aprofundado sobre a agenda com o Plano de Aceleração do presidencial nos últimos anos Crescimento (PAC) so exemplo joga luz sobre peculiaridades de claro dessa ineficiencia. Ele cita Lula como "Co federal Titu os entraves entre o Ministério lares de ministérios criados no de Minas e Energia, com uma governo Lula como a pasta de longa lista de projetos a execu igualdade Racial configuram tar no plano, e a pasta de Meio em raras aparições nas audien Ambiente, com a demora na Uma estrutura formada por cias no gabinete do terceiro an beração das licenças ambientais um executivo chefe, o conhecidar do Palácio do PlanaltoJun desses projetos, como amostra tos, os tres ministros que já ocu do problema. "Está claro que o param a pasta - Benedita Silva, governo do conversa interna Matilde Ribeiro e Edson Santos mente. Isso é resultado de uma -- aparecem exatas 15 vezes em máquina pesada demais, com audiencias particulares nos seis gerentes demais e excessiva anos da gestão de Luiz Início mente centralizada no presiden Lula da Silva te e na chefe da Casa Civil, Dil O ex-ministro da Cultura Gilma Rousseff", argumenta o coor- berto Gil foi recebido apenas em denador do Ibmec. seisocasiões pelo presidente - la. No mesmo período, o minis- tro da Secretaria Geral da Presi dencia, Luiz Dulci, foi recebido 159 vezes no gabinete presiden- cial. Sem contar, bem entendi- ficer) e 38 diretores, onde al guns desses funcionários red nem-se quase diariamente com o executivo principal, enquan to outros colecionam raros en contros na sala de seu superior. em sua passagem pela organiza ço. O estilo de gestão do gover no de Luiz Inácio Lula da Silva - com 38 ministros espremi. dos nos 19 prédios da Esplana- da dos Ministérios para er pecialistas em gestão empresa rial, um modelo de ineficiencia e burocracia que fatalmente le do com as reuniões extra-agen varia o empreendimento à fa da. Com um ano e cinco meses lencia. Visto, entretanto, em de governo, o ministro da Co seu ambiente natural, esse momunicação, Franklin Martins, delo apenas reflete as mazelas impostas à administração pú blica pelo que é visto como o principal propósito de um go vernante, neste ou em qualquer país democrático: o desejo de perpetuação no poder A centralização diminui o po foi recebido 47 vezes, enquanto Tosé Gomes Temporio da Saú- de apenas 12. "Como em qualquer governo e em muitas empresas, a comu nicação, o marketing, ocupam espaço privilegiado nas priori Enquanto o principal ince dades do comando central do tivo da iniciativa privada é gerar governo. O Planejamento e os lucro, diminuindo despesas e assuntos económicos em geral aumentando eficiencia, o incentem destaque porque o desem- tivo do politico ser reeleito compara o coordenador das fa culdades Ibmec de Minas Ge rais, Paulo Henrique Cotta Pa checo. A multiplicação de mi nistérios, baseada, sobretudo, na necessidade de acomodar apolos políticos dentro do governo, 6 uma demonstração clara dessa logica, afirma o especialista em gestão empresarial. penho da economia é funda mental para manter o capital eleitoral de Lula restante da agenda governamental val para o fim da fila", comenta Cotta Pa checo, que ressalta a falta de co municação entre as diversas dreas do governo como o prin cipal sintoma da ineficiência do modelo adotado por Lula Para o especialista, as dificul dades enfrentadas pelo governo Um olhar só um pouco mais Como empresa, o governo federal já estaria falido KARLA CORREIA E MARCOS SERBIA BRASIUA E SAO PAULO seria uma empresa invidel do ponto de vista administrativo e A adoção do pensamento ex. só no estaria também no aspecto clusivamente empresarial na financeiro porque a fonte de re gestão pública é apenas uma cursos e praticamente inesgotá utopia que todos nós, como vel", disse Marconi. contribuintes, desejaríamos ver Para o professor da FGV. pelo aplicada", reconhece Paulo Henfato de não faltar dinheiro nos rique Cotta Pacheco, do Ibmer.cofres da União, o governo no "Ainda assim, existem princi se preocupa em gerir bem amb pios de eficiencia que poderiam quina administrativa. "A grande perfeitamente ser aplicados na diferença para uma empresa e esfera pública, a bem da eficien que a receita é cada vez maiore cia", pondera. Os especialistas a fonte nao acaba, vai dar não se são unânimes em afirmar que o preocuparem com a gestão pior efeito de uma estrutura pe acrescenta o professor. Para ele, sada sobre a administração do governo não se preocupa em blica é o aumento de gastos saber quanto custa sustentar a Para o presidente da Federação estrutura. "Não há, por exemplo, das Indústrias do Estado de São um sistema que apure os custos, Paulo (Fiesp), Paulo Skal, um go se há eficiência ou não na ma verno menor e o controle das quina', diz Marconi. despesas do governo poderia, A criação de ministérios, por por exemplo, reduzir os juros no exemplo tem motivação políti Pais. 'A Fiesp já mostrou por ca na avaliação do professor da meio de estudos que um contro: FGV " motivação para a cria le de gastos que eleve o superação de ministérios deixa trans- vit primário em 1% a mais do parecer apenas a motivação po PIB permite uma reducio da se latica, onde se pode criar cargos lic de 2% ao ano. Acreditamos para uma acomodação política, que a saída é uma maior coor critica. Ainda que possa não denação entre as políticas mo concordar com o excesso de in- netária e fiscal", afirma. tervenção do governo em al O especialista em políticas po guns setores, não haveria neces- blicas e professor na escola de adsidade da criação de ministérios ministração da Fundação Getulio se a opção fosse essa " otimo Vargas de São Paulo, Nelson Mar que o governo queira apoiar o coni, avalia que já estaria na "ban setor pesqueiro, por exemplo, carrota" uma empresa que ado mas não há a necessidade da tasse a estrutura administrativa criação de um Ministério da Fes- do governo federal "Com certeza ca para isso", acredita Marconi. Modelo administrativo atende desejo de perpetuação no poder equipe de governo: ministros que chegam ou que saem, mas que der das "diretores em tomar providencias. O tamanho da es trutura aumenta o caminho en- tre os problemas e quem tem de fato o poder de decisão nas mãos. "Seria perfeitamente pos pouco falam com o chefe Sivel cortar pelo menos uns 20 Além dos problemas de comu ministérios dessa estrutura e is nicação, diversos ministros agem so não faria falta a ninguém. Pe como a maioria dos deputados e lo contrário, a eficiência aumen- senadores, ficam três dias em Bra- taria muito", acredita o coorde silia e o restante da semana em nador do Ibmec seus estados de origem . .
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