Teste 007 - as respostas
1. Casino Royale é o Bond número 21.
2. Bond é sedento por bolhas, vai de Taittinger, Veuve Clicquot ou Don
Pérignon, mas ocasiões especiais demandam La Grande Dame Bol-
linger, cuvée 1961.
3. Pussy Galore (Honor Blackman), a vilã reabilitada pela versão origi-
nal de Bond, Sean Connery, em Goldfinger (de 1964).
4. Quatro, três delas em You Only Live Twice (Só Se Vive Duas vezes, de
1967, com Sean Connery): Ling (a atriz Tsai Chin), Aki (Akiko Wa-
kabayashi) e Kissy Suzuki (Mie Hama); e Wai Lin (Michele Yeoh)
em Tomorrow Never Dies (O Amanhã Nunca Morre, de 1997, com Pier-
ce Brosnan).
5. Tem, sim. A primeira delas, muito adequadamente, em história com
locação no Rio, é Manuela (Emily Bolton), de Moonracker (O Fogue-
te da Morte, de 1979), namora o então 007 Roger Moore. A outra,
Halle Berry, é a Jinx Johnson de Die Another Day (Um Novo Dia para
Morrer, de 2002), vai para a cama com Pierce Brosnan.
6. Halle Berry ganhou o Oscar de melhor atriz em 2002, por Monster's
Ball (aqui, Amor do ódio).
7. Halle Berry, em Die Another Day. Mas o biquíni é laranja, e não bran-
co, como o de Ursula em Dr. No (O Satânico Dr. No, de 1962).
8. Usando como acessório um tapa-olho preto, perseguiu implacavel-
mente Sean Connery em Thunderball (Chantagem Atômica, de 1965).
9. Hervé Villechaize, o sinistro Nick Nack de The Man With The Golden
Gun (O Homem da Pistola de Ouro, de 1974), fazia o anãozinho Tat-
too, que acompanhava o garboso Ricardo Montalbán em A Ilha da
Fantasia (entre 1978 e 1984).
10. A View to a Kill (Na Mira dos Assassinos, de 1985), com Roger Moore
e a cantora negra Grace Jones (May Day), vilã redimida no final.
11. O James Bond Theme, instrumental, foi composto por Monty Nor-
man e orquestrado por John Barry e faz dueto com o agente de Sua
Majestade desde o pioneiro Dr. No de 1962).
12. Com seu estilo de cavalheiro que beija mas não conta, o Bond de
Moore desempenhou em seis filmes (tanto quanto o o de Sean Con-
nery), mas por período maior (de 1973 a 1985). Moore se aposentou
aos 58 anos, depois de A View to a Kill
13. Anya Amasova (na tela, Bárbara Bach) é espiã e major soviética em
14. David
Niven, que aliás era a first choice
do próprio Ian Fleming para
a saga no cinema, fazia um Bond aposentado e blasé, numa comédia
burlesca, tão surreal que o agente 007 tinha uma segunda persona
(Peter Sellers). Cinco diretores e três roteiristas atestam a balbúrbia
da trama, que elencou o mais estrelado time da história do cinema.
De Orson Welles (o perigoso Le Chiffre) a Woody Allen (Jimmy
Bond). George Raft, o eterno mafioso do celulóide, atuava como
George Raft. E a primeira Bond Girl, Ursula Andress, voltava aos bei-
jos e abraços com o herói no papel biguo da fogosa Vésper Lynd.
15. Paul McCartney cantou e compôs o tema de Live and Let Die (Viva e
Deixe Morrer, de 1973), o primeiro Bond de Roger Moore. E, em The
Spy Who Loved Me (O Espião Que Me Amava, de 1977), Moore fez par
com Barbara Bach, senhora Ringo Starr.
ELA É... 007 na
versão Moore
encara a sra.
Ringo Starr
TEVELÂNDIA
CHOQUE DE REALIDADE
DE
O elétrico Ratinho voltou disfarçado
de jornalista Carlos Massa.
O Casseta & Planeta fica parecendo uma piada
Desde que a Globo resolveu
fazer do seu telejornalismo
uma anedota, em consonância
com a agenda política de seus
interesses, é como se toda a TV,
no Brasil, com uma ou outra
exceção, passasse a encarar a
notícia através da lente
escrachada do liberou
geral.
Nada mais natural, então,
que, em tal cenário, a a gangue
dos xerifes do entardecer -
esses justiceiros balofos que
pregam, da boca para fora, a lei
do olho por olho - dê boas
vindas à volta do Ratinho, ainda
que em horário sempre
incerto, como é norma do
SBT, mas de todo modo
destinado a incomodar a
novela das 7
sátrapas dos talk-shows dos
EUA, mas a verdade é que ele
é genuíno, único, coisa nossa,
com cara e papo de motorista
de táxi, desses sempre
propensos a ensinar ao incauto
passageiro como melhorar
a política e os políticos, sendo
que sua convicção jamais inclui
a penosa obrigação de
percorrer os plurais.
Ao fazer dos fatos um
espetáculo, e de cada notícia
uma opinião, o Ratinho não
está muito distante daqueles
esquetes editorializados do
ORNAL
DA MASSA
Volta o Ratinho mais
Ratinho do que nunca, ele
que, paradoxalmente, no
apogeu de seu estilo Ratinho.
agora obrigado a se
disfarçar atrás da
da máscara
de Carlos Massa. É como
está escrito em seu RG e é
dessa forma que o staff
ff do
Jornal da Massa
se dirige a ele.
como se nome completo
bastasse para conferir crédito
a um programa "jornalístico"
. Enquanto
Carlos Massa, ou
ou Ratinho,
o cara é um
é um
daquela espontaneidade
extravagante que, emoldurada
pelo ventre proeminente, o
bigode preto e o cabelo da cor
a graúna, vai tocando o barco
com uma energia
de, com
licença do Nelson Rodrigues,
remador de Ben-Hur.
é
da
"Tem essa matéria aí?" -
pergunta ele, em improvisação
bem estudada. Se bem
como se trata de SBT, têm vezes
que,
em que não tem matéria, não:
ou, então, ela aparece picotada,
ou de trás para a frente. Um
prodígio de new journalism.
Agente podia comparar o
Ratinho com o Howard Stern,
com o Jerry Springer, com os
"E aí? Dá para
rodar a matéria?
afunda em crateras.
Casseta & Planeta - só que o
Ratinho é mais engraçado, com
aquela sua eletricidade caricata
e seu humor desabrido.
cemitérios, afunda em
escuta as ruas e conversa com
os bastidores, o Ratinho atesta,
com figurino radiofónico, que
nasceu para a mídia eletrônica,
no dominio do timing, na
alternância de ritmos, drama e
comédia, certeza e, acreditem,
dúvida. O homem que brandia
um porrete hoje admite: "Não
sei o que resolve a violência"
O povão lhe envia pedidos e
ele despacha. Com a rapidez
que
e falta aos magistrados e a
generosidade de que carecem
os governantes. Na pele de
Carlos Massa, o Ratinho é um
acontecimento eletrizante. Não
se sabe até quando continua no
ar. O patrão tem ojeriza pelo
sucesso que não o seu próprio.
e-mail: estilo@cartacapital.com.br
CARTACAPITAL 24 DE JANEIRO DE 2007 55
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