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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    GUIA NOVOS CDS Madame Saatan *** Madame Saatan Roquenrou Beibe Hard rock com toque feminino e letras confusas sem perder a agressividade WWW. NO BRASIL, FAZER HARD rock mais elaborado não é missão fácil. Para muitas bandas, parece que basta arrebentar os instrumentos e gritar no microfone. Resultado: tosqueira. Como Madame Saatan, banda do Pará que tem uma mulher nos vocais, é dife- rente. Além de autora de todas as letras deste primeiro CD, que está sendo lança- do de forma totalmente independente, Sammliz tem o maior vozeirão. Como microfone em punho, a loura tatuada é agressiva e lembra, em alguns momentos, a Pitty dos tempos de Inkoma. Destaque para o início meio balada da música "Ele Queima Ela Sorri". E para a química en tre os músicos, que se entendem até mes- mo quando interrompem a pauleira para deixar rolar uma batucada na música "Cine Trash". Bem que as letras podiam ter um tanto mais de lógica." "Eu sinto a solidez de um corpo estranho/Em meus olhos agora/O tempo dispara, suicida personagem em nós / As horas, silêncio , lugar", canta Sammliz em "Molotov". "Messalina" parece fazer menção aos tempos do Império Romano, mas não dá para garantir que seja isso. Com "Prome- teu", acontece a mesma coisa: o mito gre go dá titulo à faixa, mas a letra não conta uma história. Mesmo assim, a banda agi- ta e deixa a esperança de que não esteja sozinha por aí. Confusões assim são boas de encontrar. CHRISTINA FUSCALDO Guillemots */ Red Polydor UK Banda britânica cai na armadilha pop em segundo álbum EM 2006, QUANDO AS guitarras e o revival do pós-punk pareciam ter dominado a Gra-Breta- nha, o Guillemots foi uma grata surpresa com sua estréia, Through the Windowpane. O disco era carregado de faixas emotivas e melodias bem trabalhadas, de clima qua- se onírico. Natural, portanto, que a ex- pectativa pelo sucessor desse disco, que ganhou o Mercury Prize do ano, fosse grande. Acontece que Red está fadado a ser uma decepção retumbante. E não é preciso muito para fazer essa constata- ção. "Kriss Kross", que abre o disco e a seguinte, "Big Dog" (essa é a mais cons- trangedora), mostram que o líder Fyfe Dangerfield resolveu apostar os tubos no pop descartávele sem qualidade. Salvam- se, ao menos, "Falling Out of Reach" e a balada "Words". Triste dizer isso, mas Redé forte candidato para figurar na lista dos piores do ano. LEONARDO DIAS PEREIRA MUDHONEY Dois discos e show na festa de aniversário da Sub Pop Garotos Ícone do grunge de Seattle lança dois discos para celebrar 20 anos Mudhoney Superfuzz Bigmuff: Deluxe Edition Sub Pop **** Mudhoney The Lucky Ones Sub Pop A GRAVADORA SUB POP E O MUDHONEY ESTÃO COMEMORAN- do 20 anos juntos e não poderiam selar a parceria de forma mais simbólica. A Sub Pop lançou simultaneamente no dia 20 de maio dois discos de sua banda-patrimônio. O primeiro é uma versão especial de Superfuzz Bigmuff, o álbum de estréia. Lançado originalmente em outubro de 88, é o início e, ironicamente, o ponto máximo do que o grunge viria a representar. As músicas não são sujas, mas imundas e no melhor sentido da palavra. "if i Think", "Burn It Clean", "Mudride” chegam a ser estúpi- das de tão divertidas. Além dos clássicos, a nova edição traz a sombria "The Rose" (da coletânea Sub Pop 200), além de impagáveis versões demo e registros ao vivo. O > segundo é The Lucky Ones, nono álbum de inéditas. As músicas es sestão estruturadas a partir do ritmo, e não ape- nas de um riff, como antes. "Running Out", por exemplo, está firmemente enraizada no garage rock dos anos 60, só que sem o elemento punk. "New Meaning" traz o humore a ironia que se tornaram marca da banda, sobre uma batida dançante e certa aura mod. O Mudhoney amadureceu, o ímpeto puro do começo continua ali, só que agora é mais abrangente. Citando "Im Now", a faixa de abertura: "The past makes no sense / The future looks tense" (algo como “O passado não fazia sentido/O futuro parece tenso"). Para uma banda que do nada, eles che bem longe. E, enquanto houver espaço para um rock genuíno, eles estarão por aí, os mesmos garotos elétricos de sempre. CARLOS MESSIAS Download: Vídeo Damn Laser Vampires *** "Next Time You Ride" Uma das bandas mais originais da cena indie gaúcha, o DLV mistura Psychobilly e atitude punk. Nes te clipe de "Next Time You Ride", POR MÁRCIO CRUZ dirigido pelo próprio trio, Ronal- do Selistre empresta seu vocal poderoso a um demônio de moto cicleta que apavora a estrada de Cachoeirinha (reduto dos aman- tes do motociclismo perto de Por- to Alegre) e clama por salvação gritando "Johnny" (Cash?). Ari Borger **** AB4 ST Records Jazz-funk de gente grande marca novo disco do pianista SE A PALAVRA "TECLA- BORGER dista" faz você lembrar de Luiz Schiavon com um sintetizador verme lho no pescoço ou do cãozinho dos teclados mandando brasa no forró, esqueça, com Ari Borger o buraco é mais embaixo: Pia- no Steinway, órgão Hammond B3, Fen- der Rhodes e clavinete são os instrumen- tos que fazem parte da cartilha desse pianista que consolidou sua carreira acompanhando - e gravando com os mais importantes artistas de blues do Brasil. Apesar desse histórico-Ari che- gou a gravar seu próprio disco de blues em 2001, época em que morou em New Orleans - AB4 navega pelos suingantes caminhos do jazz-funk. No melhor estilo Jimmy McGriff, Lonnie Smith e compa- nhia, Ariarrasa seu Hammond nos funks "Na Pressão", "Acid Groove", "Soul 61" "No Caminho do Bem", aquela mesmo do Tim Racional. Em "Señor Blues", "Blue Monk" e "Tributo a Oscar Peter- son", impossível não ficar impressionado com sua técnica ao piano, impossível também não lembrar de Ramsey Lewis na belíssima "Trip Song". O bom gosto na escolha de instrumentos, timbres e sonoridade vintage, imprescindível ao estilo, é a cereja do bolo. RODRIGO PIZA Al Green **** Lay It down Blue Note Lendário soulman volta à forma com novo comparsa, ?uestlove, do The Roots AL GREEN VOLTOU CO- mo se nunca tivesse ido. Não que ele estivesse sem fazer nada bom, mas seus últimos dois discos, I Can't Stop Everything's Ok, soam mais como bons trabalhos de alguém meio sumido. Lay It Down soa exatamente como Al Green deveria soar. Está lá a bateria marcada, o soul sensual que corteja o ouvinte com cordas elegantes e o inconfundível false- to. Após 62 anos, Al Green parece mais Al Green do que nunca: nos gemidos de "All I Need", nas harmonias e no alcance vocal que ele esbanja em "No One Like You". Grande parte da culpa é de Ahmir "?uestlove" Thompson, baterista do The Roots e produtor do disco. Profundo co- nhecedor da música do mestre do soul, ele fazo esperado com perfeição e adicio- na modernidade na medida. As partici- pações dos metais do Dap Kings, de John Legend e, principalmente, Corinne Bai- ley Rae em "Take Your Time" são à altura da obra do reverendo - que ganha com este álbum versículos fundamentais para seu evangelho. FILIPE LUNA ***** Clássico /**** Excelente / *** Bom/** Regular / * Ruim Rankings supervisionados pelos editores da Rolling Stone.
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