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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    Capa pa dirigido por Andrucha Waddington e Lula Buarque, que nasceram no dia do santo homenageado. "Sebastian, Sebastião/Diante da tua imagem/Tão castigada e tão bela/ penso na tua cidade/Peço que olhes por ela" Com Duas sanfonas, os dois pensaram em falar de sua infância e da sanfona como primeiro instrumento de seus dias de juventude. A música tem a participação de Sandy e Júnior, que imprimiram o tom sertanejo na canção. Se as pessoas vão gostar ou não da presença da dupla juvenil no CD, Gil e Milton não estão preocupados. "Música é o hino da liberdade. Quando gravei o 'Clube da Esquina', também diziam que eu estava acabado e depois o disco virou sucesso", diz Milton. Gil completa: "Tem gente que vai gostar, mas vai dizer que não gostou". Depois vêm Trovoada, cuja primeira parte é de Gil e a segunda, de Milton, Lar hospitalar e Dinamarca, ambas com música de Milton e letra de Gil. O disco tem produção de Guto Graça Mello, que costuma viajar, procurando novos e bons corais. Foi quem descobriu as Meninas de Petrópolis, que dão um toque muito especial a Bom dia. O maestro Gil Jardim é o arranjador e regente das cordas e dos metais. Além disso, a produção tem a presença sempre bem-vinda de Wagner Tiso. (Leia mais sobre o CD Gil & Milton na seção Lança- mentos de CDs desta edição, na página 40.) Show "Gil & Milton" vai percorrer Brasil, Europa, EUA e Japão Começam no Rio de Janeiro, dias 23, 24, 25 e 26 de novembro, no Canecão, os espetáculos de Milton e Gil. Depois será a vez de São Paulo, no início de dezembro, com casa ainda não definida. Na sequência, recebem o show as cidades de Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Florianópolis. A dupla também deve estar na Europa em breve. Estão incluidos no roteiro França, Inglaterra, Alemanha, Portugal e Espanha. Em seguida vêm os Estados Unidos e, possivelmente, o Japão. O repertório do espetáculo deve abranger 1/3 das músicas do novo disco e 2/3 de obras da carreira de Gil e Milton e de compositores como Chico Buarque e Caetano Veloso. A banda será uma composição mista, reunindo quatro músicos de Gil e cinco de Milton. Integram o grupo Kiko Continentino e Cláudio Andrade (teclados), Lincoln Cheib e Jorge Gomes (bateria), Marco Lobo e Gustavo di Dalva (percussão), Arthur Maia (baixo), Dudu Caribe (guitarra) e Paulo Guimarães (sax e flautas). Gil e Milton assinam em conjunto a direção musical do espetáculo, mas não sabem se entregarão a direção geral para alguém. O cenário é de Isabel Diegues que, junto com Cristina Portella, assina a capa do disco. O público pode esperar dois artistas contentes com o encontro que realizaram. Milton comenta: "O palco é a nossa casa. As coisas estão bonitas e a expectativa é grande. Nosso trabalho merece isso." Milton e Gil no palco é celebração do passado, presente e futuro. Pele e pêlos arrepiados. 10 Poetas, profetas da Terra As parcerias de Gilberto Gil são antológicas. Em 1966, ao mesmo tempo em que inscrevia Ensaio geral para concorrer ao II Festival da Record, cantada por Elis Regina, o baiano estreou no Rio de Janeiro, com Vinicius de Morais e Maria Bethânia, no Teatro Opinião, o espetáculo "Pois é". Alguns anos mais tarde, depois de um exilio de três anos na Inglaterra e outros trabalhos realizados no exterior, Gile Jorge Ben lançam "Gil-Jorge", disco duplo que traz compo- sições e interpretações de ambos. Em uma terceira parceria, o grupo Doces Bárbaros, Gil se reuniu com três dos grandes nomes da música popular brasileira: Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, numa das mais significativas passagens de sua carreira. Seu primeiro LP individual, "Louvação", já imprimia a pluridimensionalidade desse tropicalista. E Gil comparava a passagem da procissão à uma cobra se arrastando pelo chão. Arte "meditativa e esfuziante, brasileira e internacional, negra e multirracial, pura e comprometida", nas palavras do escritor Luiz Carlos Maciel. O carioca da Tijuca - de coração mineiro de Trespa (apelido de Três Pontas, onde viveu toda a juventude) - Milton Nascimento tem sua vida marcada por preciosas parcerias. Dois trabalhos chamam a atenção pela força poética de seus intérpretes e autores. O primeiro é o espetáculo que Milton gravou com a cantora, compositora e embaixadora do Unicef na Argenti- na Mercedes Sosa, ganhadora do recente Grammy Latino pelo disco "Misa Criolla" O repertório era um tributo à música latino-americana, sempre tão presente no trabalho dos dois: Volver a los 17, Sueño con serpientes, San Vicente, Cio da Terra, entre outras. A segunda parceria histórica foi com dom Pedro Casaldáliga, o incansável bispo de São Félix do Araguaia, e o poeta Pedro Tierra. "Missa dos Quilombos", o resultado desse encontro, é um canto de esperança. O canto de Bituca e dos Pedros. A música secular de Milton mesclada às vozes de rapazes e moças de Belo Horizonte. “O que se viu e ouviu foi de arrepiar. Celebrantes, músicos, coro, maestro e povo compuseram, juntos, um espetáculo que comoveu até as pedras da praça do Recife", escreveu Fernando Brant, outro parceiro de Bituca. Pedro Casaldáliga aumenta o coro de Gil para falar do deslocamento de universo que a voz de Milton Nascimento provoca. "O Milton Nascimento canta a dura vida dos pobres. Há um modo, ainda, de dizer a verdade: com o violão... Digo Canta Milton. Gritam, livres, os pobres. Não é possível que continuem, as estrelas, impassiveis!". Gil & Milton Dias 23, às 21h30, 24 e 25, 22h, e 26, às 20h30 Canecão - Av. Venceslau Brás, 215 - Botafogo Tel. (21) 543-1241 Ingressos a confirmar Home page: www.gilemilton.com.br
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