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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
  • Transcript:
    CLIENTE: Gilberto Gil VEICULO: Gazeta de Alagoas - Maceió CLIPPING SEÇÃO: Caderno B SERVICE DATA: 19/06/2007 De quem é o domínio? DE UM LADO, ARTISTAS E COMPOSITORES. DE OUTRO, USUARIOS E ENTUSIASTAS DAS CHAMADAS "NOVAS TECNOLO GIAS". E ENQUANTO O DEBATE SOBRE O LICENCIAMENTO PU BLICO DE MÚSICA NÃO CHEGA A UM CONSENSO, O MINISTRO DA CULTURA, GILBERTO GIL, ANUN- CIA A LIBERAÇÃO DE GRAVACOES E FOTOGRAFIAS DE SEUS SHOWS - COM SEUS CELULARES OU CAMERAS, OS ESPECTADORES PODERAO TRANSMITIR AS IMA- GENS E SONS PELA INTERNET, TUDO LEGALMENTE E DE GRAÇA à Warner. Vou regravar todo o meu público que, na primeira turne, repertorio pela minha gravadora, a conhecia nossas músicas mesmo Geleia Geral aonde ainda não havia chegado o Rio de Janeiro, RJ - Dos últimos Perguntado se seu projeto Ban CD. O objetivo das bandas, com a três anos para cá, pelo menos, da Larga poderia se refletir numa boença pública, e divulgar seu tra- show que se preze tem que ter po orientaço do Ministério da Cultura balho ao máximo para alcançar um blico de mãos levantadas com celu a favor de licença pública de musicachê interessante nos shows. as lares a postos. Agora Gilberto Gil, ca, Gil disse que a postura do Minasim que artistas como nos ganham musico vai legitimar o que a real é de "revisto do marco legal bra- dinheiro hoje". dade já mostrava em sua próxima sleiro", mas preferia não detalhar turme, chamada apropriadamente quais mudanças o ministério pode de Banda Larga, e que terá inicio la sugerir ao texto da lei autoral. a partir de 7 de julho por lluropa e Criado em 2004, o site Trama Africa, ele vai autorizar gravaçoes Virtual, da gravadora Trama, lan e fotografias dos shows por celula- cou esta semana o download remu res ou cameras dos espectadores, nerado de musicas. Que nenhum que também poderão transmitir as usuário do site pense que a partir imagens e sons pela internet, tudo de agora ele tera de pagar para cu legalmente e de graça. vir ou baixar músicas, ou que o ar Ja Gilberto Gil, o ministro da Cul. tista que ponha seus trabalhos la tura, é mais cauteloso e prefere ape passe a ter de pagar por isso: esses nas sugerir uma revisto da legisla serviços continuam gratuitos, mas ção brasileira de direitos autorais, desde a última segunda-feira, cada O assunto divide os profissionais do download de uma musica faz com setor, que vêem na licença pública que parte da renda que o site ga. de música o que defende a sonha com publicidade á para o a ciação mundial Creative Commons Tista daquela faixa (que precisa ser baixada, não só ouvida). - tanto uma forma de desvalorizar e tirar a remuneração do trabalho do músico quanto uma maneira de solucionar a crise atual do merca- do de CDs. A turné Banda Larga deve vir ao Brasil, mas, segundo Gil, o modo co. mo isso vai acontecer dependerá do resultado dos shows na Europa e na Africa. A primeira apresentação da turnê será em Agadir, no Marrocos, o tipo de pensamento expresso pelo Momojo é um dos alvos da critica do compositor Ronaldo Bas- tos, que é com desconfiança o s. cenciamento público de música. Se gundo ele, daqui a dez anos esses músicos nio vão ter a obra deles com eles". "Isso sempre passa uma imagem moderna, mas uma pessoa pode passar por moderna mesmo que defenda uma idéia reacionária. i defender o fim do direito do autor é reacionário. Não há maquina ou sistema tecnologico novo que justi fique você derrubar conquistas co- mo o direito autoral. Segundo Bastos, a legislação bra- sileira já prevé que o autor de uma obra pode abrir mão dos direitos so- Do catálogo da Trama, o gru- bre ela. Bastos sugere como solução po pernambucano Mombajó é 00 a queda de venda de Casa CDs a criação tro a favor da licença pública: seu de selos independentes: "Assim co- primeiro disco, Nada de Novo, de mo festivais estão passando a ver 2004, nasceu ligado ao Creative a associação ao Creative Commons Commons. "Há vários niveis de como requisito para as bandas, cença pública. No nosso caso, per acho estranho a ligação a esse mo mitimos a reprodução da obra des- vimento ter se tornado requisito de que o autor seja citado, e desde pedido por editais do Minc. Etor- que no seja com fins lucrativos". nar o movimento algo semi- oficial "Estou querendo encaminhar meu explica Marcelo Campello, violão e Tudo bem o ministro, meu amigo, trabalho artistico cada vez mais a cavaquinho do Mombojo e que es achar que a tecnologia vai mudar a te ano lançou um disco solo, Pro História, mas ele não pode Institu jeções, também licenciado publicacionalizar isso". mente. "E permitimos ainda obras A advogada Deborah Sztajn- derivadas da nossa obra, desde que berg, da Comissio de Direitos Au contenham a mesma licença que a torais da Ordem dos Advogados do nossa, para a corrente não ser que Brasil, sugere uma ferramenta vis- brada". ta por ela nos Estados Unidos e no Segundo Campello, o fato de o Canadá: "La, estão se tornando co- grupo não ter controle sobre o uso muns quiosques em que voces comercial legal que se possa fazer colhe as musicas que quer na in de um download particular iso o temnet e grava na hora seu CD, per faz tirar sua música da internet:sonalizado". "Nosso dinheiro não vem dal, vemo presidente da Associação Bra do caché dos shows e do que ven sileira de Produtores de Discos demos de CDs nos próprios shows, (ABPD). Paulo Rosa, e enfitico na com um preço menor que os dos pl. critica a licença pública: "No só o ratas nos camelos. O Mombajó não artista é titular de direitos; há edi- tinha verba de divulgação alguma tores e produtores que financiam a e so contava com duas mil coplas gravação e a distribuição. Conte do primeiro CD, depois que fomos do musicale para profissionais que para a internet, conquistamos um querem ser remunerados" ra o ambiente digital. E tudo isso envolve a grande mutacio tecno- Topica que é a banda larga. Daí o nome da turné. Vamos ver como se rá esse projeto em funcionamento na excursão da Europa. Mas, daqui para a frente, vou procurar fazer is 50 com todos os meus shows. Pode filmar, fotografar... afirmou Gila reportagem Giljá tentou loncar publica mente trabalhos antigos seus como Realce, mas foi impedido pela gra vadora e editora Warner, que detém os direitos de boa parte de sua obra 08 a execução ao vivo dessa obra, como ele fará na turné, não está sob licença da companhia, segundo a produção de Gl: "Devo colocar mi nha obra à disposição por meio de novos fonogramas, não vinculados "A realidade vai à frente de tudo", avalia Gilberto Gil A turné Banda Larga será o inl- cio de uma liberação de trans- missão gratuita de shows que Gilberto Gil pretende manter & partir de agora. Num intervalo entre reuniões no Palacio Capa nema como ministro da Caltura, Gil falou a reportagem sobre os rumos de sua carreira artistica e também sobre como isso pode repercutir em sua atuação no governo Lula na prática, essa negociação? Não sel ainda. Primeiro, no te nho mais vinculos diretos com a Warner, tenho contrato para a gravação de mais um CD apenas. Mas o acervo da minha obra es tá na mão deles. Por isso, devo colocar minha obra a disposição por meio de novos fonogramas, que não estejam vinculados a Wamer. Vou regravar todo o meu repertorio pela minha gr vadora. Entho, ele poderá ser posto em dominio público PERGUNTA - A liberação de gravação e transmissão de seus shows na turné Banda A Banda Larga poderia se re. Larga val se manter nos shows fletir em alguma ação do mi posteriores? nistro Gil a favor da licença GILBERTO GIL - Estou queren pública de música? do encaminhar meu trabalho A iniciativa que o ministério está artistico cada vez mais para o tomando é de propor a Casa Civil ambiente digital. Quero apro- (da Presidência da Repúblicale veitar todas as possibilidades aos ministérios da Educação e mais atuals de broadcasting, da Ciencia e Tecnologia, ou seja, webcasting, ipodcasting.. E tudo todos que estejam envolvidos isso envolve a grande mutação em questões de direito do autor, tecnologica pela qual a internet propriedade intelectual e paten vem passando que é a banda lartes, uma revisto do marco legal ga. Daí o nome da tuma. Vamos brasileiro, que a legislação bre- ver como será esse projeto em sileira de direitos autorais seja funcionamento na excursio da revista. Já encaminhamos essa Europa. No sabemos em que proposta a Casa Civil, a partir extensão vamos conseguir leva da nossa Diretoria de Direitos lo adiante la Mas, daqui para a Autorais. frente, sim, vou procurar fazer isso com todos os meus shows. Todo mundo pode filmar, foto grafar, transmitir por celular... Como o artista que quer aderir a licença pública resolve isso o Creative Commons não exclui com sua gravadora? a remuneração do artista. Uma Tem de haver negociacio. Acho das finalidades dele é estimular que as gravadoras estão transi- a circulação das obras, o que tando de uma posição de resis. cria novas formas de remunera tência absoluta contra isso para ção de seus autores. Em muitos uma postura de negociação e discos, uma, duas, no máximo compartilhamento. Agora mes quatro faixas são mais divulga mo, a EMI resolveu por todo o das: as outras ficam esquecidas. repertorio dela na Amazon.com A circulação dos trabalhos por (com venda sem sistema de presses novos meios possibilita a teção anticópia). divulgação de todas as faixas, inclusive dessas abandonadas, que praticamente foram para o lixo. A resposta a essas criticas é a realidade. A realidade vala frente de tudo IAD Uma das principais criticas à licença pública de música é a eventual perda dos direitos autorais. O que o senhor acha disso? O senhor havia tentado - cenciar publicamente alguns de seus trabalhos, mas a War ner não permitiu. Como seria,
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