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VEÍCULO: Brasil Econômico -SP
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Pedro Venceslau
pvenceslau@brasileconomico.com.br
Agora é para valer. Dilma Rous
seff (PT), José Serra (PSDB) e Ma-
rina Silva (PV) saem da era "pre"
e entram na campanha propria
mente dita a partir desta semana.
Os três presidenciáveis tinham
até o dia 30 de junho, mas opta-
ram por não disputar as manche-
tes com a Copa do Mundo.
O PV será o primeiro a rea-
lizar sua convenção. Cerca de
dois mil delegados e militantes
são esperados para aclamar
Marina Silva, nesta quinta-
feira, no Centro de Conven-
ções Brasil 21, em Brasília. A
expectativa é que, além do rito
burocrático, a homologação da
candidatura renda uma boa
exposição na mídia. O partido
espera levar ao evento uma
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constelação de artistas que já
déclararam voto na senadora,
entre eles Caetano Veloso e
Gilberto Gil. Segundo dirigen-
tes do PV, a convenção apre-
sentará uma plataforma de
propostas, mas o programa de
governo definitivo só deve fi-
car pronto em agosto. Depois
da Copa, claro.
No fim de semana, será a vez
de PSDB, PT e PMDB fazerem
seus encontros nacionais. De
olhos nos votos do Nordeste,
onde o presidente Lula ostenta
seus maiores indices de popula-
ridade e aprovação, José Serra
faz sua festa em Salvador, no sá-
bado. Os tucanos prometem um
evento grandioso. Estão inves-
tindo alto para levar 6 mil mili-
tantes do Brasil inteiro ao Cen-
tro Espanhol, um clube à beira-
mar no bairro de Ondina.
Marina Silva, do Partido
Verde, é a primeira a
referendar sua candidaturana
convenção desta quinta-feira
Marina Silva e
Dilma Rousseff
escolheram Brasília.
Já José Serra preferiu
o Nordeste, onde
o presidente Lula
ostenta seus maiores
índices de aprovação
e popularidade
A expectativa é que o nome do
candidato à vice de José Serra seja
anunciado lá, em grande estilo. Já
o PT lançará Dilma Rousseff em
Brasília mesmo. A convenção foi
marcada para domingo, no Cen-
tro de Eventos Unique Palace,
com organização assinada pelo
marqueteiro João Santana,
Um dia antes, também em
Brasília, acontece o evento mais
esperado, a convenção do PMDB,
no Centro de Convenções Ulys-
ses Guimarães. O partido corre
contra o relógio para resolver os
nos regionais que estão atrapa-
lhando o acordo com o PT.
ENTENDA AS REGRAS
As convenções acontecem
entre quinta e domingo, mas
a propaganda eleitoral será
permitida a partir de 6 de julho.
O que muda
O cientista político Fernando
Abrucio, da PUC-SP, explica
que a campanha de fato não
começa logo após as conven-
ções. "Ainda que hajam como
É vedada a propaganda
eleitoral por meio de outdoors.
A multa para quem desobedecer
a regra pode chegar a R$ 15,9 mil.
Convenções
partidárias marcam
início oficial da campanha eleitoral
PV, PSDB e PT antecipam convenções para antes da Copa e levam milhares de militantes ao referendo das candidaturas
É proibido distribuir chaveiros,
bonés, canetas, camisetas,
cestas básicas e brindes.
Caminhadas, carreatas,
carros de som e distribuição
de material gráfico são
permitidos até as 22 horas
do dia que antecede a eleição.
É permitida a colocação
de cavaletes, bonecos
e bandeiras ao longo de vias
públicas, desde que móveis.
. É permitida a propaganda
na internet após o dia
5 de julho do ano da eleição.
. É proibido programação
de rádio e TV, usar trucagem,
montagem ou outro recurso
que, de qualquer forma,
degradem ou ridicularizem
candidatos, partidos
ou coligações.
tal, eles ainda não serão com-
pletamente presidenciáveis até
o dia 30. Esses eventos servem
apenas para os partidos ganha-
rem espaço na mídia. Nenhuma
campanha é definida na con-
venção, onde apenas se confir-
ma o que todo mundo sabe". A
resolução nº 23.191 do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), define
que a propaganda eleitoral "so-
mente será permitida a partir
de 6 de julho de 2010".
Na quinzena anterior a essa
data, os postulantes podem fazer
"propaganda intrapartidária aos
convencionals com vista à indi-
cação de seu nome, inclusive
mediante a fixação de faixas em
local próximo da convenção. Mas
é vedado o uso de rádio, televisão
e outdoor" (veja acima). Quem
leu jornal nos últimos meses sabe
que, na prática, a teoria é outra.