Carregando

Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
  • Transcrição:
    Véio Mangaba mostra o potencial pop do pastoril Grupo de Walmir Chagas vai se apresentar amanhã em Recife para lançar primeiro disco ao lado do padrinho Gilberto Gil Letícia Lins RECIFE á quem diga que ele está para o pastoril assim co- mo Chico Science, e ago- ra a sua Nação Zumbi, para o maracatu. E é na qualidade de mestre do lado profano dessa manifestação folclórica do Nor- deste que o ator e cantor Walmir Chagas lança o seu primeiro CD, "Vélo Mangaba e suas pastoras endiabradas", pelo selo Geléia Geral, de Gilberto Gil e Celso Fon- seca, com distribuição da WEA. O Véio Mangaba mostra amanhā, no Circo Maluco Beleza, em Reci- fe, ao lado do padrinho Gil, a tra- dição da canção popular. Valmir é a última revelação de uma safra de artistas pernambu- canos que buscam motivação pa- ra desenvolver sua música nas raízes nordestinas. Assim já fize- ram o próprio Chico Science, Fred 04, Mestre Ambrósio e o Grupo Cascabulho Para se entender o trabalho do Véio Mangaba, é necessário que se explique o que vem a ser o pas- toril. Ainda muito comum no Nor- deste, ele existe em duas formas, a religiosa e a profana. A primeira normalmente ocorre nos pátios das igrejas, durante o ciclo nata- lino, quando as pastoras, dividi- das em dois cordões, entoam cân- ticos festejando o nascimento de Jesus. Na religiosa, as danças são comandadas pela Diana, a mes- tre-de-cerimônias. Já o profano não tem conotação religiosa. o Véio Mangaba incorporou o personagem do mestre de pasto- ril profano há seis anos. Sua figu- ra e suas pastoras são persona- gens comuns no cotidiano do Re cife. Valmir tem formação musical erudita, conclulu curso no Con- servatório Pernambucano de Mú- sica. Ainda criança, acostumou- se ao picadeiro, acompanhando o irmão mágico, que chegou a tra- balhar no Circo Tihany. Mas foi no bairro de São José, onde mo- rava, que Walmir travou contato com os ritmos pernambucanos. - Se eu fosse escolher o ritmo dos caboclinhos, só usaria um ti- po de instrumento - diz Walmir. - Se optasse pelo frevo, tinha que me dobrar aos seus metals. Se dançasse xaxado, tinha que me render à zabumba, ao triângu- lo, à sanfona e ao pandeiro. Esco- lhi o pastoril de ponta de ru por- que é a música mais universal que existe Aos instrumentos tradicional- mente usados no pastoril, ele adi- cionou o baixo, a guitarra, os trompetes. O resultado é uma surpreendente miscelânea de co co com maracatu O trabalho de Walmir já cha- mou a atenção do escritor Ariano Suassuna -Sobre Walmir Chagas baixou a figura endiabrada de um velho de pastoril que fez com ele o que as divindades da religião afro-bra- sileira fazem com seus devotos, transformando-os em seus cava- los - diz Suassuna. -O velho as- senhoreou-se dele e avassalou de tal maneira o seu espírito e seu corpo que muita gente ignora que em Pernambuco tem um artista chamado Walmir Chagas.
    Ocultar TranscriçãoMostrar Transcrição
Instituto Gilberto Gil

Download do app

Visite museus e divirta-se com os recursos Art Transfer, Pocket Galleries, Art Selfie e muito mais

Você tem interesse em Artes cênicas?

Receba atualizações com a Culture Weekly personalizada

Tudo pronto!

Sua primeira Culture Weekly vai chegar nesta semana.

Página inicial
Descobrir
Jogar
Por perto
Favoritos