Clipping Service
pacotes e sobram
cotas de patrocinio
CLIENTE: GILBERTO GIL
VEÍCULO
CARNAVAL
OASIVAIM
aMA ON
Apagão aéreo reduz ritmo da festa em Salvador
A poucos dias da 992
US
folia, foram vendidos
apenas 85% dos
adidos
GAZETA MERCANTIL-SP
SEÇÃO: ADMINISTRAÇÃO & SERVIÇOS
DATA:
07.02.2007
PÁG: C8
A expectativa para este ano,
no entanto, não é de expansão
dos negócios. A festa baiana,
que vai de 15 a 20 de fevereiro,
não deve passar incólume à crise
no transporte aéreo. "O apagão
aéreo tem sido um fator inibidor
do turismo no estado neste ve-
rão", diz o presidente da Emtur-
sa, Fernando Ferrero
A uma semana da festa, a Pe-
trobras fechou com a prefeitura
uma cota de R$ 1,2 milhão e en
tra também como patrocinadora
oficial do camaval, ao lado da
Nova Schin (R$ 1,6 milhão) e
Coca-Cola (R$ 1 milhão), no to-
tal de R$ 3,8 milhões. Faltam
ainda outras seis cotas que tota-
lizariar R$ 7 milhões em receita
para o custeio da festa.
Há 57 anos, o rádio-técnico
Adolfo Nascimento e o mecâni-
co Osmar Macedo adaptaram
bocas de alto-falantes num Ford
modelo 1929, a chamada Fobi-
ca, e amplificaram o som do fre-
vo que tocavam em suas rudi-
mentares guitarras, os "paus elé-
tricos", lançando o trio elétrico e
revolucionando o carnaval de
Salvador. Ninguém imaginava
que, a partir daquela invenção, a
festa popular se transformaria
num negócio de entretenimento
que hoje movimenta R$ 300 mi-
lhões, levando às ruas cerca de
dois milhões de foliões durante
os seis dias do evento.
A característica romântica e
artesanal do início do carnaval
de Salvador ganhou dimensão
econômica e industrial. Segundo
a Emtursa, órgão da prefeitura
municipal, no ano passado,
456.708 turistas, dos quais
96.401 estrangeiros, e mais cer-
ca de 600 mil visitantes de ou-
tros municípios baianos, foram
atrás do trio elétrico. Geraram
uma receita de cerca de R$ 200 A superestrutura no carnaval
milhões na cidade, que agregada de Salvador exigiu a profissiona-
à movimentação financeira da lização dos segmentos integran-
A população local, que participates desse grande negócio do en-
diretamente do evento, totalizou
cerca de R$ 300 milhões.
tretenimento. Os trios elétricos
são hoje montados em cima de
carretas com sofisticados e po-
tentes sistemas de som. Além de
palco para os artistas, funcionam
como outdoor ambulante para as
marcas que patrocinam blocos
onde milhares de pessoas dan-
çam ao som da música baiana.
O acesso aos blocos depende
da compra do abadá, conjunto de
camisa e short utilizado como in-
gresso, cujo preço por dia, este
ano, oscila entre 50 e R$ 900
a depender da atração. Ivete San-
galo e as bandas Chiclete com
Banana e Asa de Águia puxam
os blocos mais valorizados.
A comercialização é concen-
trada em centrais, como a Cen-
tral do Carnaval que em 2006
vendeu 60 mil abadás. Um dos
mais cobiçados blocos, o Cama-
A crise causa impacto na ven-
da de pacotes. De acordo com o
presidente da Associação Brasi-
leira de Agentes de Viagens
(Abav-Bahia), Pedro Costa, no
ano passado, em janeiro, todos
os pacotes já estavam vendidos.
" O índice atual de vendas é de
85% a poucos dias da festa,"
Le
EXPOSIÇÃO DAS MARCAS
A festa atraiu investimentos
de marcas como a Smirnoff
, que
incluiu a folia na sua agenda glo-
nana, que têm como atração a
Banda Chiclete com Banana.
bal de eventos e está alocando
70% dos R$ 8,5 milhões previs-
tos para o verão baiano em ações
de mídia e marketing de relacio-
namento na folia carnavalesca.
O Shopping Iguatemi investe
R$ 1,5 milhão em ações variadas
de marketing, Um setor que re-
A Smimoff e a Credicard City duziu participação foi o de tele-
patrocinam o camarote Expressofonia móvel. A TIM, que por oi-
2222, organizado por Flora Gil, to anos patrocinou oficialmente
mulher de Gilberto Gil, por onde a folia, ficou de fora este ano.
passarão celebridades como
Quincey Jones, Carlos Santana e
Robert De Niro. A marca tam-
bem estará presente nos blocos
Camaleão, Voa-Voa e Nana Ba-
Durante a folia passada houve
empregos temporários para
201.354 trabalhadores. Nos 25
quilômetros de ruas, se apresen-
taram 329 entidades camavales-
Inflação de abadás chega a 40%
da marca implica reajuste anual
do preço. Em 2005, o dia custava
RS 450 e no ano passado foi R$
600, alta de 33%. Neste ano, a
valorização foi mais acentuada e
o abadá do Camaleão custa 40%
mais que em 2006. Entretanto,
existem opções mais baratas, co-
mo o bloco Requebra, que cobra
R$ 70 pela participação no des-
file na sexta-feira de carnaval.
Os blocos dispõem de estru-
turas de serviços para atender
os foliões que participam da
festa em movimento, percor-
rendo três quilômetros de cir-
cuito com duração média de
quatro horas. Bares e restauran-
tes se especializam neste tipo de
atendimento e também faturam
na festa em parcerias com os
blocos. De acordo com o diretor
da Abrasel, Luiz Henrique do
Amaral, o movimento dos seis
mil bares e restaurantes da ci-
dade cresce 30% no período.
- (J.P.M)
MOEDA DA FOLIA
Preço do abadá* (em R$)
2005
2006
2007
Force Bloco Camaleão - Preça oficial
leão, já não tem mais abadá para
o domingo. O preço oficial de
R$ 840 pode ganhar um ágio de
100% no mercado paralelo.
Segundo Joaquim Nery, dire-
tor do Camaleão, a valorização
cas, 11.750 artistas e mais de
100 trios elétricos. Foram mon-
tados 60 camarotes e realizadas
ações de marketing com a expo-
sição de 329 marcas. A prefei-
tura investiu R$ 20 milhões na
infra-estrutura da festa.
Na capital baiana há 3.000
meios de hospedagem e 45 mil
leitos, segundo a Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis
(ABIH-BA). "Ainda temos es-
perança de que a possível queda
na taxa de ocupação causada pe-
lo apagão aéreo possa ser supri-
da por turistas que optem pelo
transporte rodoviário", diz o ge-
rente-executivo Luiz Blanc.
Os cruzeiros marítimos pro-
gramados para o período do car-
naval vão trazer 15 mil visitan-
tes. "É uma alternativa que vem
crescendo", diz Pedro Costa.
COBERTURA INTERNACIONAL
As marcas que se associam
ao carnaval de Salvador não
têm visibilidade apenas para os
foliões presentes. A expectati-
va é que mais de dois mil jor-
nalistas nacionais e internacio-
nais se credenciem para fazer a
cobertura da festa que, além de
noticiada em jornais, rádios, re-
vistas e redes nacionais e inter-
nacionais de televisão, tem
transmissão integral da Rede
Bandeirantes.
Desde 1999, o carnaval de
Salvador ganhou espaço de des-
taque na tela da Band. São 70
horas de transmissão da festa
baiana para todo o Brasil, Por-
tugal e paises de língua hispâni-
ca. Uma mega-estrutura é mon-
tada e 200 profissionais transfor-
mam a afiliada baiana na cabeça
da rede durante a folia. "É O
maior evento da Bandeirantes
depois da Copa do Mundo e das
Olimpiadas", diz o diretor geral
da Band Bahia, Cláudio Noguei-
ra, idealizador do projeto.
São comercializadas cinco
cotas nacionais ao valor unitá-
rio de R$ 3,5 milhões e quatro
locais a R$ 320 mil.
Hide TranscriptShow Transcript