CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO: O Globo - RJ
CLIPPING SEÇÃO: Info Etc
SERVICE DATA: 18/02/2008
festa nerd
Evento realizado
em São Paulo, o
primeiro fora do
país de origem,
a Espanha, teve
três mil
participantes
André C. Gurgel
• Semana passada, durante
a Campus Party Brasil, o
prédio da Bienal de São Pau-
lo, desenhado por Oscar
Niemeyer, abrigou mais uma
grande exposição de idéias
e performances. Ali foi o no
central de encontro das co-
munidades da Internet. Cer-
da de três mil participantes
literalmente ficaram acam-
pados, tomando na veia a
cultura da grande rede du-
rante os seis dias de du-
ração do evento.
Esta foi a primeira edição
da Campus Party, que che-
gou a ser chamada de "Wo-
odstock tecnológico", reali-
zada fora do país de origem, a
Espanha. O Brasil foi esco-
lhido por ser um dos mais
importantes no contexto da
comunicação em rede.
- Somos os maiores con-
sumidores das chamadas Re-
des Sociais - disse Marcelo
Branco, diretor-geral do even-
to, que completa:
- Será uma oportunidade
para o Brasil conhecer o Bra-
sil que faz sucesso no exterior
nessas áreas,
Evento foi realizado pela
primeira vez em 1997
A Campus Party começou
em Málaga, em 1997, por ini-
ciativa de Paco Regageles, e
contou, à época, com modes-
tos 250 participantes e uma
conexão discada de 28Kbps.
Este ano, em São Paulo, no
quesito infra-estrutura a pa-
trocinadora oficial, a Telefó-
nica, disponibilizou nada me
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A CAMPUS PARTY E SUA MEGA
ESTRUTURA
Wagner Gomes/Globo Online
JOGADORES SE divertem durante a Campus Party: conexão de 5.5 Gigabits/s disponibilizada pela patrocinadora, a operadora Telefónica
nos que 5,5Gbps. É isso mes.
mo: Gigabits.
Na verdade, trata-se de
dois canais redundantes de
10 gigabits, que trafegam em
dois feixes de fibra ótica do
local do evento até duas
centrais distintas da Tele-
fônica, de onde saem dire-
tamente para o backbone da
rede mundial de computa-
dores. No sentido ciberné
tico, a Campus Party foi um
evento que transitou dire-
tamente dentro da rede glo-
bal, pouco tocando o ter-
ritório nacional.
A infra-estrutura de rede
que torna o evento possível
é impressionante. A não ser
os últimos metros de cabo
com fios, todas as demais
conexões são óticas, inclu-
sive os gigantescos rotea-
dores, que não lidam com
elétrons, mas sim com 16-
tons. Da central instalada
no mesmo piso dos parti-
cipantes saem fibras óticas
para cada uma das grandes
mesas onde cerca de 50
usuários se instalam.
Ali existem switches que
distribuem os cabos de rede
para cada micro. No final das
contas, um usuário poderia
teoricamente baixar material
a cem megabits, desde que
ele acessasse servidores com
tal capacidade.
FESTA, SIM,
MAS COM
VIÉS SÉRIO
• A Campus Party não
foi só uma festa que reu-
niu nerds tão apaixona-
dos por tecnologia que
nada menos que 1.8 mil
decidiram estender bar-
racas e dormir la mes-
mo, na Bienal do Ibira-
puera, em São Paulo.
Foi também palco para
discussões sobre inclu-
são digital (o guru do
software livre, Jon Mad-
dog Hall, deu uma pa-
lhinha), palestras sobre
tecnologia com feras co-
mo Steven Johnson, ex-
colunista da revista "Wi-
red" e até convidados inu-
sitados como o astronau-
ta Marcos Pontes. E como
não podia deixar de ser, o
evento registrou a pre-
sença de Gilberto Gil, mi-
nistro da Cultura.
O ponto alto, no en-
tanto, foi a interação en
tre blogueiros — foram
muitas as "festas" da blo-
gosfera-e gammers. Es-
tes puderam participar
de torneios de Quake, Un-
real Tournament e War-
Craft, etc. Por último, o
Ministério da Defesa
apresentou, em seu es-
tande, a tecnologia usada
pelas Forças Armadas
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