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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

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Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
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    CLIPPING SERVICE CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: Gazeta do Povo - Curitiba SEÇÃO: Tecnologia 23/06/2008 DATA: “Sou um ministro hacker" ENTREVISTA Gilberto Gil Cantor e ministro da Cultura RIO DE JANEIRO Agência Estado Ele assume sem pudor: "Sou hac ker. Sou um ministro hacker. Sou um cantor hacker." Aos 65 anos, o ministro da Cultura, cantor e com- positor Gilberto Gil resolveu fazer de sua música um "manifesto polí- tico" pela democracia digital. Na fai- xa-título de seu novo CD, Banda } Larga Cordel, lançado na semana passada, ele brada: "Banda larga mais democratizada ou então não adianta nada. Os problemas não terão solução" aquilo que o homem já pode trans- Criador do neologismo banda ferir para a máquina ele transfere, largar (espalhar a banda larga), Gilcriando com isso mais tempo para se tornou uma espécie de garoto novas fantasias, expansões da inteli propaganda e ativista do governo gência. A máquina, por mais difícil para assuntos tecnológicos. "Tenho e condicionadora que pareça ser, é fascínio por esse mundo das tecno libertadora. Ohomem selibera para logias", diz. Na entrevista a seguir, outras coisas, para filosofar, para o Gil diz diz que não é necessário" libe pensamento religioso, afetivo. problema de direitos autorais aumenta e muita gente está viran- do criminosa por baixar filmes e músicas. Isso será resolvido? Tende a ser resolvido. A inclusão cada vez maior da sociedade no mundo da criminalidade nesse campo é uma coisa quejá começa a ser incômoda para todo mundo. Tanto éque você vê a própria indús- rar toda a sua obra para download eexplica porque ainda lançará um CD, mesmo coma crise da indústria fonográfica PÁG.: 03 Como começou essa relação do senhor com a tecnologia? Eu tenho fascínio por esse mundo das tecnologias que substituem pro cessos humanos. A tecnologia é uma extensão do homem. Tudo Gil,cantor, ministro e hacker.CD vai desaparecer, mas só daqui a uns 20 anos. tria fazer gestos no sentido de maior liberalidade. Por exemplo, as grava doras, muitas delas, como a EMI, começaram agora a liberar arqui vos de música sem proteção. co por não querer se "embebe dar".. Não acho que tem que liberar tudo. Algumas vão sendo libera- das para usos não-comerciais, compartilhamentos, recombi- nações. Até para saber a quem vai interessar, por exemplo, usá- las para recombinações... O senhor é defensor do Creative Commons, masjá disse que não irá liberartodas as músicas do novodis- Aindústria fonográfica está em crise e cada vez mais a música salta para a internet. Por que o senhor ainda lança CD? O disco vai desaparecer. Mas vai ser ao longo dos próximos 20 anos, quando todos tiverem computador, quando as televi- sões todas forem terminais de convergência tecnológica múl- tipla, quando os celulares forem terminais também de coisas tec nológicas. Enfim, coisas baratas. Um celular hojeébarato. Está se chegando a cento e tantos mi- lhões de celulares no Brasil No mundo inteiro já são alguns bilhões de celulares. Isso vai fazer com que as pessoas admi- tam (o fim do CD) Mas baixar música deve ser ilegal? (Pausa) Há vários aspectos. A agili- dade dos meios eletrônicos torna quase impossível impedir down- loads. O que a indústria tem feito e O sociólogo Sérgio Amadeu o o que os interesses econômicos a chama de ministro hacker". O serem defendidos têm proposto é o que acha disso? híbrido, onde direitos de explora- Acho bom. Ótimo. Quem são os ção comercial são preservadosecer- hackers? São os propiciadores tas liberdades começam a serdadas.deviabilizações, viabilizam pos- sibilidades novas, através de téc- nicas e tecnologias. E eu me vejo como um hacker. Sou um minis- tro hacker. Um cantor hacker.
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