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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    2 I VIVA Trauma acústico Continuacio da capa A Nilo perturbe pelos do tipo mente os de pele beanca e olhos "leve 10 mil caros. O médico curense chama musicas no seu atenção para os perigosa que bolo fazem a tho sujeitos os jovens: Si existem alegria dos trabalhos na literatura médica usuários de que indicam perdas auditivas sig iPods, um malsificativas populares players portáteis digi- de 2 horas diárias em intensido tais. Tecnologia a parte, a emis- des próximas a 100 decibéis são ininterrupta de sons literal (day, Informa mente dentro do ouvido se constitui em uma agressão direta à saude aditiva, principalmente dos mais jovens. "A ausência de educação sobre poluição sonora em nossas escolas, torna esses podo em grande volume, ou se tentes aparelhos de reprodução musical, um problema prevalente prejudicial, caracterizado por um e crescente em nosso meio", numero expressivo de vibraçoes atesta o médico Francisco Assis acusticas, com relações de fase e dos Santos Filho, com especial amplitude muito elevadas. zação em Otorrinolaringologia Na marca dos 50 decibéis, o Há uma pela Universidade Estadual de ruido pode imitar, perturbare ti- Campinas (Unicamp) rar qualquer um do sério, mas é susceptibilidade adaptável e suportável. Mas individual de cada quando ultrapassa os 55 dB, o som é suficiente para provocar um estresse leve e excitante, O é som é uma entidade físicae de qualquer natureza pode se tornar indesejável quando emiti- Embora exista uma susceptibi lidade individual de cada arga nismo à exposicio sonora, é sabi do que os homens são mais pro pensos a problemas dessa nature A escala do som comes real za que as mulheres, principalmente a incomodar após os 65 organismo à exposição sonora. Ruídos em excesso tornam o sono menos reparador. Provocam danos fisiológicos, psicológicos e de intelecto. Cansaço, cefaléia, nauseas e a redução da libido são distúrbios que podem ter origem no excesso de sons. Nosso foco é a sua saúde ocular Centro Visual Valter Justa Check up para Glaucoma, Retina e Catarata Cirurgia de Catarata por Facoemulsificação (tecnologia Legacy) Procedimentos a Laser Lentes de Contato Tomografia de Coeréncia Optica (OCT) OO USO DEMASIADO de aparelhos de reprodução musical causam perturbações no organismo como um todo. FOTO: SELECHAR Direção: Dr. Valter Justa Podobne w nas Pero en la connes Brasil Dra. Telma Freitas Bwin Per Eyes Med FC www.centrovisual.com.br - Nogueira Acioli, 1146 - (85) 3254.7700 PARA QUEM PROCURA VARIEDADE EM UM MESMO LUGAR. SEGUNDA A SEXTA 15h45min tarde RE FORTALEZA, CEARÁ - DOMINGO, 25 DE FEVEREIRO DE 2007 DIÁRIO DO NORDESTE TV DIARIO decibéis, uma vez que o estresse é para mais de 200 dB. prolongado, havendo uma dimi. Além da perda auditiva, o in nuição acentuada na resposta divíduo pode apresentar distúr imunológion. Significa dizer, por bios do sono, transtornos neuro- exemplo, que tal situação torna a lógico e de comportamento, de pessoa mais vulnervel a ter in socdens do equilibrio, alterações fecções. Quando o ruido está digestivas e infecções/disturbios próximo a 100 dB, aumentam cardiocirculatorios. consideravelmente as chances de Muitos transtornos psicologi- lesão auditiva irreversivel. Classicos também podem ter origem camente, argumenta o médico no excesso de ruidos. Sio altera especialista, o limiar de ruido ções que causam reações como aceitável para perda auditiva . irritabilidade, cansaço, cefalea, ria de 80 a 85 decibels náuseas, instabilidade emocio Passado o Carnaval, quando anal, reduçdo da libido, ansieda- maioria do nosso povo cal literal mente na folla - seja atria do trio elétrico, em Salvador, ou de al gum bloco, nas ladeiras de Olin da é vistvelo aumento no nú mero de acidentes provocados par traumas acústicos de, nervosismo, perda de apetite, insônia e deficits de atenção e concentração. Os sons em dema- sia também podem prejudicar a qualidade do sono, tornando-o mais leve e menos reparador, com repercussões no organismo como um todo o O som emitido pelos trios elé- tricos é tido, erroneamente, co- mo o mais ensurdecedor com em média 110 dB em seu entor no), mas nada se compara a pro ximidade a caixas de som em shows de forró, comuns no Con A opinião do Ti, onde a internidade pode che especialista qurilor FIQUE POR DENTRO Os aspectos fisiológicos do sistema auditivo O ouvido humano é capaz de distinguir sons de diferentes naturezas, o que só é possivel porque parte das informações recebidas é seletivamente des cartada. Para que um som.de qualquer natureza - seja perce bido, seu significado também é levado em consideração, endo apenas sua intensidade Assim, essas avaliações são realizadas de forma inconscien- te, mas se forem valorizadas serdo tornadas conscientes E justamente esse fato que per- mite ao organismo não ser bombardeado com uma sobre carga de informações. Segundo os principios da neurofisiologia auditiva, esse fenômeno é o nhecido como habituação O ouvido é dividido em três par- tes, cada uma com fundes próprias. As tres são indispen- sáveis ao perfeito funciona mento do ouvido. São eles ou vido externo (que capta o som consiste da orehas o médio (que amplifica o some ouvido interno, onde o som começa a ser efetivamente processado O ouvido humano romalé ca- paz de distinguir cerca de 400 milsons eiensidades diferen tes. Com isso, uma pessoa po de ouvir desde o som de um mosquito numa tarde silenciosa ou de um avião ajato. O DR. FRANCISCO ASSIS dos Santos Filho alerta os jovens. FOTO: GUSTAVO PELLIZON FRANCISCO SILVA CAVALCANTE JR. Querência do silêncio sutar plenamente uma outra pessoa, sendo capaz de adentrar o seu mundo perceptual privado, tem sido a mi nha ferramenta primeira de trabalho. Por esta razão, cui do da saúde dos meus ouvidos, os quais na plenitude da sua acuidade, conseguem ouvir os cantos dos pássaros longinquos em cada nova manhi. A vida silenciosa parece não mais existir, exceto naqueles que optaram por uma reclusão contemplativa ou que descobriram na experiencia do silencio uma ferramenta terapéutica. Venho observando ao meu redor ouvidos quase sempre ocupados, li- teralmente invadidos por fones conectados a celulares, apare Thos de som do tipo iPod, mp3, mp4 e uma outra infinidade de criações tecnológicas que me causam espantos. Assim, vejo-me surpreendido com os novos aparelhos para o desfrute indivi- dual do som. Por outro lado, somos também abusados por uma tecnologia que coletiviza sons, que não atentam pedir permissão para adentrar os ouvidos. Sio poluições sonoras emitidas por car- ros, bares e casas ao nosso entorno, obrigando-nos comparti- Thar do barulho indesejado desse outro. O sillncio, praticado por milhares de anos nas ciências con- templativas, passou a ser uma preciosidade do novo século. Os seus beneficios, entretanto, começaram a ser estudados por neurocientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA). Em 2001, através do "mode default do funcionamento cerebral, descobriu-se que o silenciarmos os nossos circuitos tipicamente sociais, somos, na verdade, capa. zes de desenvolver um estado de quiescencia, ou tranquilidade mental, observados nos exames por meio de MRI (ressonan cia magnética nuclear funcional). O que despontou inédito pa ra a neurociencia, nos praticantes dos mais diversos tipos de contemplaçlo, dos meditadores cristãos aos meditadores bu- distas, já era familiar. O teólogo Martin Laird, no livro "Into the Silent Land (Oxford University Press, 2006), defende a premissa de que "nós somos feitos para a contemplação. Segundo ele, a prática do silencio não se resume a uma técnica espiritual. Ela é, antes de tudo, uma habilidade da experienciaglio do mundo interior. Estamo dalidade de silenciarse interiormente é uma aprendizagem de meditadores, em especial, os praticantes de Samatha. Este vo cábulo, em seu sentido literal, significa qulescência, um gêne- ro de treinamento da atenção plena desenvolvida pela tradição budista há 2500 anos e adaptada no ocidente com o nome de "mindfulness" (atenção plena da mente). Para o autor acima citado, quando o estado de quiescencia praticado, o foco de atenção da pessoa amplia-se dos pensa- mentos instalados na cabeça para a ação com o coração, numa postura de vida sem julgamentos previos, cujo tema abordel amplamente em "Por uma escola do sujeito" (Demderito Ro cha, 2001). Numa terceira fase do mesmo trabalho, por mim iniciado há mais de uma década, a descoberta do silencio constituiu, hoje, o elemento primeiro da fase trans-subjetiva, no continuo da palavra calada plenitude em silêncio. Reacionário às formas de silencio impostas, a unica no condenada por Paulo Freire foi o silencio das meditações profundas em que os homens, nu- ma forma só aparente de sair do mundo, dele afastando-se para admir-lo em sua globalidade, com ele, por isto, conti- num". E prossegue o mesmo educador que muito me inspira, "daí que estas formas de recolhimento só sejam verdadeiras quando os homens nela se encontrem molhados de realidade e nlo quando, significando um desprezo ao mundo, sejam ma. neiras de fugir dele, numa espécie de esquizofrenia histórica". Portanto, resta-nos a experiência desse silicio fértil para Freire e tantos outros que vislumbram uma nova forma de transformação para o mundo. O Psicóloga. Mestrado em Psicologia da infor
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