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CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO: O Estado do Maranhão - São Luís
SEÇÃO: Alternativo
DATA:
13/04/2008
Todas as flores para Dominguinhos
DIVULGACID
1ste ano os olhos (e os ouvidos) do Brasil se
Hvoltarão para o Nordeste como reconheci-
mento pela contribuição artistica prestada
pelo cantor e compositor Dominguinhos á cultura
nacional. Homenageado pelo Prêmio TIM de
Música, o artista pernambucano, que este ano
completa 60 anos de estrada, será o destaque na
cerimônia de entrega do prêmio, marcada para o
dia 28 de maio, no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro (RD).
Dono de uma discografia que contém sucessos
como Gostoso demais, De volta para o aconchego e
Lamento sertanejo. Dominguinhos vem sendo
homenageado ao longo de sua carreira, inclusive
por artistas maranhenses. É o caso da cantora e
compositora Flávia Bittencourt, que deverá lançar
em breve um CD com repertório totalmente volta-
do para a obra do artista. "Conheço a Flávia há
algum tempo, ela é uma menina lutadora, fez o
projeto do disco e fiquei muito feliz, ela tem muito
valor, por isso vou ajudá-la como puder", disse
Dominguinhos em entrevista concedida por tele-
fone a o Estado
Outra pitada de maranhensidade no trabalho de
Dominguinhos será dada pelo maestro José
Américo Bastos, que
está produzindo o primeiro
DVD do sanfoneiro. "O projeto é todo dele, será um
DVD instrumental e o Zé Américo está preparando
tudo. O trabalho deverá ser lançado ainda em 2008,
adiantou o autor de Isso Aqui ta Bom Demais.
concedida pelo Premio
TIM
Quanto à minuinhos afirmou ter ficado
muito feliz. "Não é toda hora que um artista recebe
uma homenagem como esta, especialmente os que
tocam música nordestina", ressaltou.
Esta será a sexta edição do Prêmio coordenado
por José Maurício Machline e que vem se consoli-
dando como o mais conceituado prêmio de músi-
ca brasileira desde a sua criação, em 2003. "O pre-
mio tem a preocupação de reverenciar grandes no-
mes. Dominguinhos merece a homenagem. É um
artista essencial para a música brasileira. Ele deu
alcance nacional aos ritmos nordestinos e aper-
feiçoou a arte de Luiz Gonzaga", analisou Machli-
ne, no material de divulgação
ENSAIOS
Na lista de personalidades homenageadas na
premiação que alterna artistas vivos e outros já
falecidos - figuram os nomes de Ary Barroso (2003),
Lulu Santos (2004), Baden Powell (2005), Jair
Rodrigues (2006) e Zé Ketti (2007). Durante a ceri-
mônia de premiação, Dominguinhos
deverá fazer
um belo show. "Já estamos ensaiando para que
tudo saia bonito", disse Dominguinhos, sem querer
entrar em detalhes sobre o grande dia.
Com mais de 40 discos gravados ao longo de
quase seis décadas, Dominguinhos também se
destacou como autor de grandes sucessos. Entre
seus parceiros, estão Chico Buarque (Tantas
palavras e Xote da navegação), Djavan (Retrato de
vida e Gilberto Gil Lamento sertanejo). Como
instrumentista, acompanhou Caetano Veloso, Gal
Costa, Rita Lee, entre outros.
"Tenho muitos parceiros, como Nando Cordele
Anastácia, com quem compus grandes sucessos.
Acredito que a música nordestina tem galgado seu
espaço. Hoje, já não é mais necessário os artistas
sairem para tentar a vida no Rio de Janeiro ou em
São Paulo, pois no Nordeste existem hoje muitos
estúdios bons", opinou o artista.
Nascido em Garanhuns (PE). José Domingos de
Morais, o Dominguinhos, com seu jeito simples,
encanta o mais exigente ouvinte. Sanfoneiro criati-
vo teve a música
Eu Só Quero um Xodó, de 1973,
regravada mais de 250 vezes em várias linguas, a
exemplo do inglés, holandês e italiano. Com uma
vasta discografia, Dominguinhos passeia por
vários ritmos e atualmente divulga o último CD,
Yamandu + Dominguinhos, gravado em parceria
com o violonista Yamandu Costa.
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O músico pernambucano Dominguinhos: "Não é toda hora que um artista recebe
uma homenagem como esta, especialmente os que tocam música nordestina"
MESTRE DO
FORRÓ SERÁ
HOMENAGEADO
NO PRÊMIO
TIM DE MÚSICA,
GANHARÁ
CD-TRIBUTO DA
MARANHENSE
FLÁVIA
BITTENCOURT E
LANÇARÁ PRIMEIRO
DVD, COM
PRODUÇÃO DE JOSÉ
AMÉRICO BASTOS
Inovações
no
ritmo
do forró
Discipulo de Luiz Gonzaga, Dominguinhos ino-
vou na arte do mestre, dando à sanfona sotaques
novos e diferentes. Não abandonou o baião do
padrinho, mas passeou por outras praias da músi-
ca brasileira.
Dominguinhos começou a tocar e compor aos
oito anos de idade, passando pela sanfoninha de 8,
48, 80 e 120 baixos. Em 1950, conheceu Luiz Gon-
zaga, indo para o Rio de Janeiro em 1954 e ganhou
do Rei do Balão uma sanfona de presente, passan-
do, em seguida, a fazer parte da vida de Gonzagão,
tendo participado, em 1956, da gravação do pri-
meiro disco do idolo.
Em 1964, lançou o primeiro LP, na Cantagalo,
gravadora de Pedro Sertanejo, pioneiro do forró
em São Paulo. Passou pelas gravadoras: Polygram,
RCA (hoje BMG), Continental, RGE e, atualmente,
está na Velas, tendo mais de 40 discos lançados.
A trajetória do sanfoneiro está registrada no
livro De nenem a Dominguinhos, que aborda a
história emocionante de Dominguinhos, de Ranil-
son Franca de Souza
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