CLIENTE: Gilberto Gil
VEICULO: Diário de Pernambuco -
Recife
Viver
29/02/2008
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ENCONTRO Il Ministros Gilberto Gil e
Roberto Mangabeira Unger participaram
ontem em Olinda de evento que
versaria sobre "revolução" no setor
Cultura brasileira
com fome de futuro
LUCIANA VERAS
DA ROUPE DO DO
afirmação da originalidade coletiva e pela "busca de
um novo modelo desenvolvimento", de forma a montar
"um elenco de açoes que possa ser colocadas em prática
já, as primeiras prestações de um novo futuro". "A classe
média tradicional está fragilizada economica e espiritual
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encontro dos ministros Gilberto Gil Culturale
Roberto Mangabeira Unger Assuntos Estratégi
cos da Presidencia da República com a perfeitamente e tem sucumbido a ameaça vinda dos paises non
de Olinda, Luciana Santos, e os agentes e produtores cul dicas de um desencanto com a política. Não somos a Sui
Durais do município, na manhã de ontem, transcendeu firon cua Dinamarca, precisamos da politica", argumentou.
teiras e se transformou, de fato, em uma plenária setorial Suas ideias passeiam por conceitos inovadores para edir
com artistas da Regilo Metropolitana do Recife atraidos cação ou por uma conclamação rebeldia"-"devemos tro
pela oportunidade de ouvir as propostas do duo- que vem caro comodo pelo incomodo". Tho grave quanto a falta
percorrendo o !
o Brasil na Garavana de Debates e prind de justiça é a falta de imaginação", ponderou o ministro,
palmente, de se fazer ouvir. Marcada para 9h30, a reu- que enxerga nos estados do Rio Grande do Sul, do Acre e
nião só começou efetivamente uma hora depois quando
de Pernambuco os "laboratórios onde se pode começar a
Mangabeira Ungere Gil adentraram o auditório do pré revolucio". Se por um lado falou em agricultura e indus
dio da Aeso localizado na Cidade Alta (260 poltronas, qui tria, por outro citou as classes emergentes, a educação e
se todas ocupadas) e foram aplaudidos.
cultura como estratégia. "Seremos uma república de cida
Estavam lá tanto artistas plásticos de Olinda, como Lu- dãos quando formos uma nação de profetas", encerrou.
ciano Pinheiro e Raul Cordula, como cineastas do Recife, A saída dele da mesa para resolver assuntos ligados a
como Kátia Mesele Leo Falcão; mestre Salustiano, doma
Brasilia abriu a rodada de microfone franqueado ao pú-
racatu Piaba de Ouro, a galerista Mariana Moura e oarblico e, assim, um evento que se destinava a debater iddias
Lista Carlos Melo, os membros do Conselho Municipal de
Políticas Culturais de Olinda, o produtor Paulo André eo
misico Fred Zoutro. Namesa Gil, Mangabeira Unger
Luciana Santos e o viceprefeito do Recife, Luciano Siquei
a na platéia, o secretário de Cultura do Recife, Jolo Ro
berto Peixe, a secretaria de Cultura de Olinda, Marcia Sou
to, a delegada regional do Minc, Tarciana Portella, asses-
sores, produtores e afins
a curto e longo prazo virou um balcão de questionamen
to "Resolvi ser
mais complacente com o desgarramento
do tema principal por causa da ausência do professor
Mangabein Unger e assim a gente pode falar dessa nossa
pauta mais setorial", admitiu um Gil bombardeado por
suplicas de investimentos - Inez Oludé pediu "ajuda" pa
.
onde vive: Jolo Francisco pediu explicações sobre a corda
Gil, chamado por Luciana de baiano adotado por Per no carnaval de Salvador je ouviu como resposta de Gill: hi
nambuco", começou dizendo que o projeto de Mangabel dez anos face camavalnum trio sem corda, foi o primei
ra Unger de idealizar um novo conceito de desenvolvi- ro" Isabel Gonçalves, da Federação das Cooperativas de
mento aliase "ao sonho de manifestação expressiva de Artesanato de Pernambuco, foi cobrar "participação nas
uma alma por meio da cultura. "E o papel de Pernambu- políticas públicas e mais investimentos em sua causa.
co na confecção desse bordado que é a cultura do Brasile Somente quando o secretário Joao Roberto Peixe pediu
enorme", disse. Por "cultura ele entende tudo que liga a palavra para retornar ao tema, discorrendo sobre a im
do ao fazer, ao sentir e ao pensar humano, tudo o que os portancia da "microeconomia da cultura e sobre a cul
instrumentos fabricam para fruição cultural, seja o alimentum e seu papel estratégico" - "é papel da gestão publica
to que se come, a semente que se colhe, tudo para se che
e o incentivo à descens
gar a uma plenitude possivel a um estado de vibração" tralização, para que a cultura não seja a cereja do bolo
Temos que sair de uma posição de subalternidade, esbo é que ap
caruma outra pessibilidade de ser mais auténticos hasta pauta original foi restaurada. Mas al Mangabeira
Unger já tinha voltado, Gilberto Gil estava a se despedire
conhecimento mais pleno do corpo e da cultura no havia mais tempo para nada. "A cultura nos Estados
do Brasil", acrescentou, ressaltando que é apenas um par Unidos é primeiro lugareme
ceiro no trabalho de garimpo de ideias e do desejo bra
çamos com os Pontos
ne
does no PIB. Já come
La idea é espandir".
sileiro" perpetrado pelo colega de ministério
encerrou. Aplausos vieram, as pessoas foram la tirar fotos
como ministro artista, Mangabeira Unger saiu quase de
sapercebido e pairou no ar uma sensação de que aquele
encontro era para ter sido algo que não foi
do num
A explanação de Mangabeira Unger foi extensa, porém
interessante. Ele defendeu a transformação do Brasil pe
la "radicalização do impulso ao experimentalismo", pea
GIL FOI BOMBARDEADO POR PEDIDOS DE
INVESTIMENTOS DOS PRODUTORES; UNGER
PONDEROU QUE "TÃO GRAVE QUANTO A FALTA
DE JUSTIÇA É A FALTA DE IMAGINAÇÃO