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CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: A Tarde - Salvador CLIPPING SECAO; Caderno 2 SERVICE DATA: 08/03/2007 CECI ALVES calves@grupoatarde.com.br SEMINÁRIO I Secretário executivo de Lula, Juca Ferreira anuncia a retomada do Pólo Nacional de Cinema na Bahia Política de alinhamento O antigo projeto de se fazer na Bahia um Pólo Nacional de Cine- ma está prestes a sair do papel. A novidade foi revelada na noite de terça-feira pelo secretário execu- tivo do Ministério da Cultura, Ju- ca Ferreira, em entrevista exclu- siva que concedeu antes de co- meçar o Il Ciclo de Debates sobre Políticas Culturais, na Faculdade de Comunicação da Universida- de Federal da Bahia, do qual par- ticipou como palestrante. Ontem (segunda-feira) a tar- de acompanhei o ministro Gil- berto Gil a uma visita a José Sér- gio Gabrielli (presidente da Pe- trobras), com o secretário de Po- líticas Culturais, Alfredo Manevy, eo de Incentivo e Fomento à Cul- tura, Marco Acco. E, entre outros assuntos, reabrimos a discussão do Pólo de Cinema, pela neces- sidade de retomar essa conversa que, no governo anterior, não conseguiamos fazer avançar", re- lembra Juca, alegando que a ges- tão estadual que antecedeu Ja- ques Wagner "não aceitou discu- tiras condições da implantação", principalmente no tocante à na- cionalização do pólo. "Uma das reivindicações era a Os secretários Marcio Meirelles e Juca Ferreira: propostas conjuntas e discurso afinado entre os governos estadual e federal de que somente se beneficias- sem produtores baianos, e nós queremos lançar editais nacio- nais, com compensações como que parte da produção contem- plada seja filmada na Bahia, te- nha uma porcentagem fixa de equipe baiana e outras". De acordo com o secretário executivo, serão disponibiliza- dos R$ 50 milhões para o projeto, pela Petrobras, via lei estadual. "Mas nós, governo federal, esta mos nos oferecendo para entrar também neste projeto apoiando o pólo através da Lei Rouanet", afirmou Juca Ferreira. DISCURSO AFINADO-Eesta foi apenas uma das boas novas que surgiram durante o evento - um encontro esperado na Bahia por, pelo menos, 20 anos. Um alinha mento entre a esfera federal e es tadual, numa "conjuntura favo- rável entre os governos que, para os jovens, pode não significar Serão disponibilizados R$ 50 milhões pela Petrobras para a implantação do Pólo Nacional de Cinema PÁG.: 01 O governo federal se oferece para também entrar no projeto, apoiando o pólo com a Lei Rouanet. A valorização das TVs públicas também está na pauta do MinC para os próximos quatro anos. Auditório lotado para presenciar encontro histórico, de "conjuntura favorável entre os governos" tanta coisa, mas, para os que já viveram mais, significa muito" como disse Albino Rubim, emo- cionado, ao apresentar, para um auditório superlotado, a mesa de debates na qual se sentaram o atual secretário da Cultura, Mar- cio Meirelles, e o secretário exe- cutivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira E, a julgar pelo evento de on- tem, a criação do pólo não será a única interlocução entre os go- vernos federal e estadual. Além de alinhamento de políticas e de forma de condução da coisa pú- blica, Marcio e Juca - que, além de tudo, são amigos de longa data têm projetos em comum, tais como valorizar a TV pública para transformá-la em mais do que um canal de difusão da esfera go- vernamental. "Queremos fortalecer as TVs públicas, não para competir com as TVscomerciais, mas, sim, para qualificá-las. Por sorte, aqui na Bahia, temos um dos poucos ca- sos em que ela é ligada à Secre. taria da Cultura, o que facilita avançarmos rapidamente nessa intenção de que a cultura fomen- te estrategicamente essa mu- dança de perfil", disse Juca. "O Instituto de Radiodifusão Edu- cativa da Bahia - Irdeb será um organizador do audiovisual, não será só da radiodifusão", arrema- tou Meirelles. Outro caminho já trilhado pe- lo governo federal e que Marcio Meirelles usará de modelo em sua gestão será a descentraliza- ção das políticas e do pensamen- to da secretaria. "Queremos levar a Secult para todos os municí. pios, e estamos trabalhando muito com a Fundação Gregório de Mattos para que ela possa as- sumir seu papel realmente de um órgão da cultura em Salvador, Porque o certo é que o município assuma seu trabalho com o mu- nicípio e a secretaria com o Esta do, não só com a capital", desta cou Meirelles. Continua na página 3 II CICLO DE DEBATES SOBRE POLÍTICAS CULTURAIS | Hoje, 19h, como tema Novas diretrizes para os institutos e fundações culturais da Bahia Auditório da Faculdade de Comunicação da Ufba Campus de Ondina Somente para inscritos