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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil
Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
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    CLIENTE: Gilberto Gil VEÍCULO: Correio SEÇÃO: Politica 25/02/2007 CLIPPING SERVICE DATA: Braziliense - DF PÁG.: 06 PERFIL || GILBERTO GIL Único colaborador confirmado por Lula, cantor ainda disputa verbas para a cultura Músico, ministro exodó do governo GUSTAVO KRIEGER DA EQUIPE DO CORREIO ministro que as pessoas pagamin- gresso para ver. Ao longo dos últimos quatro anos, Gil e seu violão renderam ao governo Lula uma série de grandes imagens, Emelhor, com repercussão internacional. A mais marcante foi a de sua apresentação na ONU, em se tembro de 2003. O ministro brasileiro colocou 2 mil pessoas para dançar no auditório das Nações Unidas e ainda convenceu o então secretário-geral da ONU, Koffi Annan, a entrar na banda como percussionista Ele tem muito prestígio na Euro- pa, especialmente entre os intelec. tuais, e aproveitou essa projeção. Via- jou como nenhum outro ministro Foram mais de 30 países durante o primeiro mandato de Lula. Uma agenda eclética, que incluiu 13 pas sagens por Paris, mas também foi a países pobres como Cabo Verde e An- gola. As viagens renderam críticas. Gil foi acusado de usar a pasta para reforçar sua carreira de cantor e com- positor. A acusação é uma das poucas contas dele não há nenhuma dúvida de que o ministro prejudicou o artis- ta. E não apenas porque ele teve de D esde que foi reeleito, o presi dente Luiz Inácio Lula da Sil- va mantém sob sigilo as deci- sões sobre o novo ministério Não confirmou publicamente a per- manência de ninguém e chegou a di- zer que só ele e o vice-presidente, Jo- sé Alencar, tinham emprego garanti- do no governo. A ruidosa exceção a essa lei do silencio foi o ministro da Cultura, Gilberto Gil. Bem cedo ele contou para todo mundo que foi con vidado a ficar e disse que ia pensar no assunto. Depois, anunciou a própria permanencia. Se fosse qualquer ou- tro ministro, teria irritado o presi- dente e colocado em risco o empre- go. Com Gil é diferente. Ele sempre foi um ministro diferente. Gil foi chamado para o governo em parte como ministro e em parte como símbolo. Não há dúvidas de que deu um go- no segundo certo que abaterem seus integrantes mais des tacados, como José Dirceu e Antonio Palocci, é inestimável o valor de um KLERR. ção de conteúdo para cinema e tele visão no Brasil. Enfrentou cartas de protesto e abaixo-assinados de inte lectuais contra a proposta, que aca- bou engavetada. Causou um barulho ainda maior quando centralizou no Ministério da Cultura a decisão sobre patrocinios culturais das empresas estatais. Até então, cada empresa tinha poder para decidir sobre suas verbas. Com a cen- tralização, o dinheiro passou a a ser distribuídos em concursos controla- dos pelo ministério. O primeiro efeito çao de pernil dos beneficiados. Proda ções do Norte e Nordeste do país ga nharam espaço em uma área antes dominada pelos grandes realizadores reduzir sua agenda de shows, mas porque praticamente deixou de com por. Desde que tornou-se ministro, escreveu apenas duas músicas, am- bas com Jorge Mautner. Mais que a queio é fisico. Gil costumava compor madrugada adentro. Com a agenda cheia de reuniões e audiências, as noites ficaram mais curtas e a inspi. ração prejudicada Orçamento Como ministro, Gil teve uma passa. gem mais atribulada. No início da cas. Foi acusado de "dirigismo cultu- ral" ao propor a criação da Ancinay, uma agência para regular a produ- do Rio e de São Paulo. O segundo efei- to foi a chiadeira Logo que tomou posse, Gil promo- veu uma reforma nas instalações do ministério. Foi acusado de desperdi- çar dinheiro público ao investir R$ 789 mil em móveis e R$ 674 mil na instalação de divisórias mais baixas, que permitiam aos funcionários des frutar "da paisagem marítima de Bra- justificar a despesa. Depois da poll- mica, dedicou-se a reformas mais profundas. Dessa vez nas estruturas da pasta. Revitalizou a Funarte, uma instituição que estava paralisada. Criou novas iniciativas, como os "Pontos de Cultura", que reúnem vá- rias iniciativas e programas educati- vos e culturais. De todas as brigas, a mais dura foi dentro do governo para ampliar o orçamento da pasta. Na campanha de 2002, Lula prometeu destinar 1% do orçamento do governo para a Cul. Quando Gil assumiu, a fatia era subiu para 0,6%. Confirmado no car. go, terá mais quatro anos para atin- gira meta.
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