CLIENTE: Gilberto Gil
VEÍCULO: O Popular - Goiânia
CLIPPING SEÇÃO: Magazine
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DATA: 13/11/2007
UMA TEIA QUE
DEIXOU INCERTEZAS
ENCONTRO DOS
PONTOS DE CULTURA
TERMINA COM
DÚVIDAS SOBRE SUA
CONTINUIDADE
COM A SAÍDA DE
GILBERTO GIL DO
GOVERNO EM 2008
EDSON WANDER
De Belo Horizonte
T
erminou no domingo,
em Belo Horizonte
(MG), a Teia, encontro
nacional dos pontos de cultura,
uma das principais políticas do
Ministério da Cultura (MinC).
Uma ampla e variada rodada de
debates, oficinas e
e apresen-
tações artísticas realizada em
seis endereços culturais da
da capi
tal mineira terminou semeando
dúvidas quanto à continuação
do
É
wo projeto que o ministro e
cantor Gilberto Gil confirmou à
imprensa que está de malas
prontas para deixar o ministério
no ano que vem.
Com a saída de Gil, infor-
mações de bastidores do próprio
MinC dão conta de que o
provável substituto será o dep-
utado federal e também cantor
Frank Aguiar (PTB/SP) ou a
senadora pelo Maranhão
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Roseana Sarney (PMDB). O
temor dos líderes dos pontos de
cultura, ONGs que recebem aju-
da financeira do Minc (R$ 60
mil/ano) para atividades de cul-
tura e educação, é que a política
dos PCs pode acabar. A dúvida
Grupo do ponto de cultura de Pirenópolis: Profusão, mistura de catira com o break, foi aplaudida em Belo Horizonte
circulou nos corredores e nas úl-
timas atividades programadas na
Teia. No sábado à tarde, Célio
Turino, secretário de Programas
e Projetos Culturais (SPPC) do
Minc, não escondeu a apreensão
dentro do próprio ministério so-
lolanda Huzak
bre o futuro do Cultura Viva, pro-
grama ao qual está vinculada a
política dos PCs.
Turino falou da possibili-
dade dele também deixar a pas-
ta. "Não espero pela minha saí-
da. Ela ſa saida) seria a morte
do programa e a minha tam-
bém. É só deixar no automático
do governo que acaba o progra-
ma", disse Turino enfatizando a
vontade dele de continuar inde-
pendentemente do novo co-
mandante do ministério. Turino
falou da mudança durante uma
reunião com representantes
dos pontos de cultura para
tratar das dificuldades opera-
do projeto Os dirigentes
cionais
dos PCs reclamaram ao se-
cretário do Minc sobre atrasos
nos
se dificuldades dos
hos repasses e
pontos na prestação de contas
por causa da estrutura insufi-
ciente do Minc.
Segundo balanço da organi-
zação, o evento atraiu cerca de
100 mil pessoas nos cinco dias.
A maior parte, cerca de 60 mil.
compareceu aos espetáculos de
dança, teatro e música, que en-
volveram nomes conhecidos
como Jards Macalé, Fagner,
Martinho da Vila Alceu
Valença e Netinho, todos apre-
sentaram-se como padrinhos
dos pontos de cultura de suas
respectivas cidades. Além deles,
uma infinidade de grupos e
artistas de diversas modali-
dades de dentro e de fora dos
pontos de cultura se espal-
haram ao longo do evento em
très dos principais palcos
cul-
turais de
Belo Horizonte (Pala-
cio das Artes, Teatro Francisco
Nunes e Serraria Souza Pinto,
além do palco montado na
Praça da Estação).
Uma
dessas
atrações foi o
ponto de cultura de Pirenópolis,
que mostrou uma bem entrosa-
da mistura de catira com o
break, a dança de rua surgida
do
hip hop norte-americano
Ainda segundo números da or-
ganização da Teia, 2.175 dele
gados e e representantes dos
pontos de cultura participaram
do evento,
que enfrentou muitos
problemas de
logística e aco-
modação. O evento consumiu
um orçamento de R$ 5,6 mil-
hỏes, 90% do total bancado por
empresas como a Petrobras,
Vale do Rio Doce e Usiminas.
O repórter viajou a convite da
organização do evento