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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

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Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
  • Transcrição:
    o frevo faz 100 anos! ção do frevo, bem como as quadri- lhas de origem européia. A gora em 2007, o frevo está fazendo 100 anos! E a animação a cada ano aumenta mais. Es- te ano, no dia 20 de fevereiro, milhares de foliões lotaram o Marco Zero, no Recife Antigo, em Per- nambuco, para se despedir da folia recifense e celebrar o centenário do frevo. E foi uma grande festa que reuniu desde blocos líricos, maraca- tus e grupos de frevo, a Alceu Valença, Elba Ramalho, Zeca Ba- leiro, Gal Costa, Nana Vasconcelos, Maria Bethânia e até o Ministro Gilberto Gil, que era a imagem da animação. A multidão delirou. E os 100 anos do frevo foram comemora- dos em grande estilo. cano, de Pereira da Costa. O univer- so cotidiano do trabalho serviu como inspiração para operários, esti- vadores, costureiras, lavadeiras e comerciantes se organizarem e for- marem os primeiros clubes e troças da cidade. "Pas", "Abanadores", "Lenhadores”, “Lavadeiras”, são alguns dos nomes dos grupos que saiam pelas ruas do centro e subúr- bios do Recife arrastando milhares de foliões de todas as idades. O pri- meiro Clube de Frevo do Recife foi o Caiadores, que já não existe mais, e o mais antigo, ainda em atividade, é o Pás Douradas, fundado em 1888 como um bloco, denominado Pás de Carvão. A primeira gravação do ritmo foi Frevo Pernambucano (Lu- perce Miranda/ Oswaldo Santiago), lançada por Francisco Alves, no final de 1930. O frevo era uma música tocada nas ruas e dançada pelas mul- tidões, pelo povo. Só em 1947 as orquestras dos grandes clubes, onde aconteciam os bailes carnavalescos, começaram a se apropriar deste rit- mo. A gravadora Rozenblit, cujo pri- meiro 78rpm foi lançado em 1953, é considerada um marco na história do frevo como produto comercial. De origem urbana, o frevo surgiu nas ruas de Recife nos fins do século XIX e começo do século XX. Nasceu das marchas, maxixes e dobrados. As bandas militares do século passa- do também contribuíram na forma- António Nóbrega e convidados no palco do Marco Zm 12 socinpro NOTicias O frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito exe- cutado durante o Carnaval, antiga- mente era comum haver conflitos entre blocos de frevos. Grupos de capoeira saíam à frente dos seus blo- cos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo, nasceu o passo, a dança do frevo. A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar "efer- vescência, agitação, confusão, reboli- ço" nas reuniões de grande massa popular, como o Carnaval, de acor- do com o Vocabulário Pernambu- Ases da era de ouro do rádio co- mo Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da Sapucaia, O Teu Lencinho, Vamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vá), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio Lá, Não
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