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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    Brasil O TIME AGORA TEM Otávio Cabral E m 2003, quando tomou posse como presidente da República, Lula nomeou um ministério à imagem e semelhança do seu partido. Eram dos petistas os postos mais importantes, como Educação e Saúde, os mais sensíveis, como Casa Civil e Fazenda, e os mais endinheira- dos, como Cidades e Desenvolvimen- to Social. O resultado da partidariza- ção sem critérios, como se viu de- pois, foi o fracasso administrativo em vários setores e uma tragédia sob o ponto de vista ético em outros. Na semana passada, depois de cinco meses de negociações políticas, Lula praticamente concluiu a montagem de sua equipe para o segundo mandato. Dos 37 car- gos com status de ministério, o presidente já escolheu 33. Os úl- timos quatro serão definidos nos próximos dias. A primeira caracte- rística marcante que se observa no novo ministério é que a supremacia petista não existe mais. Numerica- mente, o partido ainda ocupa quinze pastas, mas perdeu influência. Ficou tão visível o afastamento entre o go- verno e o PT na composição da nova equipe que para a maior estrela petista no ministério, a ex-prefeita Marta Su- plicy, foi reservada a desimportante pasta do Turismo. Por mais que se tente, não se pode enxergar nisso um sinal de prestígio do partido ou da própria Marta Suplicy, ainda mais se se levar em consideração que ela é uma das aspirantes à suces- são do próprio Lula. O presidente não quer ver seu governo contaminado por disputas intestinas. O afastamento en- tre Lula e o PT, além de conveniente, é resultado de puro pragmatismo. Na nova composição do governo, o PMDB é a face mais visível. Dono da maior bancada do Congresso, o parti- do, com seu apoio, deve dar tranquili- dade ao presidente e sepultar eventuais problemas no Parlamento. No coman- do de cinco ministérios importantes, o partido já cumpriu sua primeira missão na semana passada ao ajudar a engave- 66 28 de março, 2007 veja MONTAGEM SOBRE FOTOS DE ELZA FIUZA, MARCELO CASAL JUNIOR E VALTER CAMPANATOIAG. BRASIL: GUSTAVO MIRANDA AG. O GLOBO ALAN MARQUES, RUY BARON, SERGIO LIMA FOLHA IMAGEM: ALADA FILHO, CELSO JUNIOR, DIDA SAMPAIO, ED FERREIRA, JOEDSON ALVES JOSE PAULO LACERDA TASSO MARCELO TIAGO QUEIROZ E VIDAL CAVALCANTE/AE: ANTONIO CRUZ, FABIO POZZEHOM, JOSÉ CRUZ LINDOMAR CRUZ, ROOSEWELT PINHEIRO E WILSON DIASIABR 12 tar a proposta de criação da CPI pa- ra investigar a crise do setor aéreo. Ao mesmo tempo, Lula sentiu ra- pidamente o gosto amargo do PMDB ao ter de cancelar a no- meação do enrolado Odílio Bal- binotti para o Ministério da Agri- cultura. Ainda se viu obrigado a analisar a ficha criminal de meia dúzia de candidatos, até escolher o nome de Reinhold Stephanes. O cri- tério foi a honestidade, como se is- so fosse uma virtude difícil de encon- trar no Planalto Central. É? Ministro de governos passados, Stephanes vai se juntar a Geddel Vieira Lima, um peemedebista que passou a amar o presidente Lula há pouquíssimo tem- po - mais precisamente quando co- meçou a vislumbrar a possibilidade de assumir o Ministério da Integração Nacional. Antes, Geddel gastava boa parte de seu tempo construindo frases de efeito para espezinhar o presidente e seu governo. Incompetente foi a for- ma mais educada como ele já se refe- riu a Lula. Mas isso ficou no passado. Em nome das alianças e do bem do
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