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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

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Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
  • Transcrição:
    EINA ESTAMPA Nossa casa dos pais se respeitarem os horários e não interferirem demais na nova rotina. Devem fazer o possível para ajudar - com pequenos serviços e até mesmo nas despesas se a estada for mais prolongada. Só em último caso: já os pais, em uma emergência, também poderão passar algum tempo na casa dos filhos. Sempre que tiverem certeza de que serão bem recebidos pelas noras abemos que a convivència entre pais e filhos nem sempre é fácil. Mesmo quando os filhos já estão casados, POR CLAUDIA MATARAZZO S os atritos podem continuar, ainda que de forma mais silenciosa. Para que a vida continue em uma convivència sadia, algumas atitudes podem ser tomadas e respeitadas. Para os pais: nem sempre palpitar na casa do filho é bom negócio. Pais e filhos casados devem respeitar os ambientes domésticos de cada um. Filhos: depois que saem da casa dos pais, constroem a sua rotina. Não têm o direito de criticar o funcionamento da casa deles ou como vivem. Por isso, tome cuidado quando for necessário interferir. Eles estão mais velhos e fragilizados. E, portanto, mais suscetíveis a interferências agressivas. Não deite e role: uma coisa é o filho ir à casa dos pais e deitar na cama deles. Outra é o pai se deitar na da filha que acabou de casar. Não pega bem. Procure deixar saudades, para que o convidem sempre Com o pé na cozinha: não comente sobre os seus eletrodomésticos modernissimos fazendo pouco dos quase jurássicos que sempre serviram lindamente aos propósitos na casa de seus pais. Em visita, se for para a cozinha, que seja para ajudar. Não é pensão: embora amem seus filhos, os pais não são obrigados a adotar seus amigos que, às vezes, passam de cinco para o jantar. Posso dormir em casa?: os filhos podem, com aviso prévio, se instalar em alguma emergência na casa dos pais. E serão bem recebidos, e genros, e ante convites insistentes Senão, é preferível ir para a casa de um irmão ou até do sobrinho. Controle remoto: respeite os programas de TV preferidos dos velhos. Depois que você saiu restaram-lhes poucos divertimentos. Procure participar Nem loja, nem depósito: pegar utensílios domésticos ou objetos decorativos emprestados sem avisar ou pedir é imperdoável. E se eles fizessem isso com você? E O contrário, deixar todo o tipo de entulho para os pais, também pode ser muito inconveniente. Quem manda: cada um manda e desmanda na sua própria casa. Nada de palpitar no serviço, na cozinha, dos empregados ou qualquer tipo de interferência. A menos que sua opinião seja pedida. É uma forma eficaz para uma convivência pacifica. Finalmente, casa dos pais é para uma visita. Ou seja, para chegar, ficar e, o mais importante, conversar. Também pode deitar no colo, pedir aquele doce especial e passar a tarde sem fazer nada. Pode ter certeza que eles vão adorar a sensação de poder - mais uma vez - dar colo ao querido (e eterno) bebê. AT REVISTA 12 9/MAR/2008 você pergunta claudia responde Tenho lido muita coisa sobre as comemorações do centenário da imigração japonesa e estou curiosa para saber se hoje os japoneses ainda têm o mesmo comportamento conservador de antigamente, pois os relatos da época de quando chegaram são realmente impressionantes. Selma Souza, São Vicente Realmente, hoje, os japoneses - principalmente os de lá - mudaram um pouco seus hábitos. Mas um pouco só. Continuam sendo um povo muitíssimo respeitador de tradições, das pessoas mais velhas (muito mais do que nós) e costumam ser mais tímidos no trato. Ninguém fica íntimo de outra pessoa em um dia de conhecimento, como muitas vezes acontece no Brasil. Com a visita em junho do Príncipe Herdeiro Naruhito ao Brasil, você terá oportunidade de ouvir e ler mais sobre a cultura japonesa, e vai ver que, embora sejam conservadores, não quer dizer que não gostem de novidades e lancem uma porção de modas no campo visual e dos eletrônicos. Dúvidas sobre comportamento podem ser enviadas para o e-mail claudia tribuna@uol.com.br CLAUDIA MATARAZZO é jornalista, autora dos livros Etiqueta Sem Frescura e Gafe Não é Pecado e ministra palestras na área de comportamento Para mais informações www.claudiamatarazzo.com.br ILUSTRAÇAO ALEX PONCIANO
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